Dororo #13 – Impressões Semanais
Depois de uma pausa na semana passada, Dororo volta com um episódio mais calmo, focado em desenvolver outro conto envolvendo um demônio, e apenas deixando algumas nuances de como tudo ficou depois do grande encontro em família.
Respondendo uma das dúvidas que ficou, o anime já mostrou logo de cara que a mãe do Hyakkimaru não morreu, pelo menos não até aquele momento, e que o Tahomaru parece não ter ficado muito bem depois de perder um dos olhos.
O interessante desse inicio é notar que até mesmo o Hyakkimaru ficou meio perturbado depois de tudo aquilo, e passou a caçar os demônios de uma forma mais agressiva.
Pode parecer que não mudou muita coisa, mas ele meio que levava esse jornada de caça aos demônios na esportiva.
Os demônios iam aparecendo, e ele ia matando, mas nunca foi de se sobrecarregar com isso, como a própria Dororo ressaltou, então acaba sendo uma leve evolução para o personagem essa mudanças de postura, já que indica que ele enxergou algum objetivo maior depois de encontrar sua mãe.
Sobre o conto envolvendo a estátua sem rosto… De início eu gostei bastante. O demônio assumir a forma da mãe da Dororo deixou um clima de tensão bem interessante.
E a forma como ela se deixou levar emocionalmente pela mulher acaba deixando um clima de drama relativamente pesado.
A Dororo ainda é uma criança, e ver ela se comportando como tal, pedindo para ser mimada e tudo mais, acaba fazendo com que você sinta pena dela.
Fora que, em vista do clichê que estava sendo usado ali (criatura usando a aparência de alguém para enganá-lo), as história conseguiu manter um nível de interesse bem alto em mim, sem ficar parecendo que os personagens estavam sendo inocentes demais.
O final, no entanto, acabou sendo um pouco a baixo do esperado para mim. Tudo estava indo muito bem, com a Dororo se envolvendo emocionalmente com o monstro, mas em certo ponto tudo começou apenas a acontecer.
Parecia que a criatura queria afastar a Dororo de lá, mas ao mesmo tempo não deu para sentir que elas construiram aquele tipo de relação.
Por mais que não tenha nenhum problema em fazer a Escultora perceber os erros que estava cometendo naquela forma de demônio, ainda é uma solução relativamente simples, que somada ao que falei no paragrafo de cima, acaba soando meio fácil demais.
A luta contra a estátua gigante também não trouxe nenhuma cena marcante, e a coreografia em cima foi bem mais simples que o de costume, terminando tudo com um ataque direto.
O ponto alto dessa parte ficam no momento em que a Dororo escolhe o Hyakkimaru, mesmo tendo a mulher com a aparência da sua mãe por perto.
Como falei, essa seria a típica situação em que personagens ficariam inseguros, e até mesmo cogitariam ficar com a criatura, mas Dororo mantém o pé no chão e não abandona o Hyakkimaru.
Resumindo, o episódio como um todo é interessante, e acrescenta alguns pontos necessários em vista do que aconteceu na semana retrasada.
Mas, quando você para para pensar que o último evento envolveu o reencontro do protagonista com a mãe, inclusive tomando a forma da mãe da Dororo.
Acaba parecendo um pouco de desperdício não aproveitar melhor todo esse cenário e criar momentos de tensão e drama mais elaborados.
Nota do Autor: 4.25/5
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