Dororo #17 a #18 – Impressões Semanais
Antes de mais nada, gostaria de informar que as reviews de Dororo, por questões de tempo, passaram a ser bi-semanal.
Dito isso, vamos ao que realmente interessa: falar sobre esses dois episódios dá reta final de Dororo.
Em vista de como as coisas estavam indo, eu não tinha muitas expectativas sobre o reencontro do Hyakkimaru com o seu pai adotivo, talvez por isso o décimo sétimo tenha sido mais agradável para mim.
Gostei de como esse reencontrou foi encaixando em um momento oportuno da narrativa, aproveitando os dilemas do Hyakkimaru com a família para reintroduzir esse personagem que é bem interessante.
Por mais que tenha sido um desfecho mais simples, conseguiram desenvolver relativamente bem o pai do Hyakkimaru, mostrando um pouco mais dá autopunição que ele se deu pelos anos que passou na guerra, e de como o Hyakkimaru enxerga a relação entre os dois.
Uma das cenas que gostei dessa parte foi a dos saqueadores pegando as peças dos cadáveres, e ele voltando logo para colocá-las mesmo sabendo que seriam roubadas novamente.
Isso mostra bem como ele se condicionava aquela rotina, não por altruísmo, mas sim como uma espécie de punição.
As ações dele ali não era uma busca por redenção ou algo do tipo. Ele fazia aquilo porque foi a forma que encontrou para existir no mundo usado uma espécie de obrigação com os mortos.
Outro ponto legal desse reencontro foi ver ele negando o pedido do Hyakkimaru, e criando um sentimento de culpa sobre ter o salvado.
Considerando tudo o que aconteceu, ter mantido o Hyakkimaru vivo, do ponto de vista dele, acabou sendo um atitude cruel também, já que fez com que ele fosse atrás dessa vingança e se ferisse ainda mais.
O bacana em tudo é ver que no final o Hyakkimaru reconhece ele como “mãe”, e isso trás uma bela mudança nas perspectivas do personagem.
Certamente teriam pontos que poderiam serem melhores aproveitados ali, mas, de maneira geral, esse episódio conseguiu apresentar um desfecho interessante para o pai do Hyakkimaru, assim como ter uma pouco de relevância para o emocional do personagem.
Por outro lado, o décimo oitavo episódio já foi um pouco mais disperso que eu gostaria.
Novamente, o inimigo de destaque, por assim dizer, acaba não sendo tão impressionante.
Depois daquela transformação no final do episódio, eu esperava algo mais interessante em cima do tubarão, mas acabou que foi pelo básico mesmo.
Pelo final dá a entender que o garoto ficou vivo, então pode ser que não tenha terminado ali, mas eu não gostei muito da luta, e de como ele se explodiu.
Outra coisa que me incomodou um pouco foram as ações do Hyakkimaru. Ele chegou no timing perfeito para salvar a Dororo, e ainda recuperou a perna justamente naquela situação.
Se a perna seria a próxima parte recuperada, poderiam muito bem ter feito isso quando ele derrotou a árvore, porque assim ficaria parecendo menos conveniente para o momento.
Além disso, o espaçamento de tempo de um ponto ao outro ficou bem estranho. Parecia que virando a esquina tinha um campo de guerra devastado e cheio de corpos, e na outra uma costa pronta para levar para uma ilha.
Isso si pode não ser tão impossível assim, mas se levar em conta que a gangue do Itachi teve um jornada de cavalo para chegar ali, acreditar que o Hyakkimaru apareceu tão rápido de um ponto ao outro é meio forçado demais.
O lado positivo fica por conta da luta contra o Tahomaru, que teve um pouco mais de coreografias, além de apresentar essa nova versão do personagem com um lado mais sombrio depois do que aconteceu.
Por mais estranho que seja, eu também gostei de como aconteceu a morte o Itachi, onde ele acabou morrendo pelas circunstâncias ao invés de algum tipo de ataque repentino do Hyakkimaru.
Isso que, de certa forma, também está ligado ao encontro do tesouro deixando pelo pai da Dororo, que na verdade não teve nada muito além do esperado.
Agora é ver com isso tudo vai ficar, e se o dinheiro vai ser usado para ajudar o Hyakkimaru chegar até o seu verdadeiro pai para poder derrotá-lo.
Nota do Autor para os episódios: 3.75/5
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