Executivo acredita que Live Actions de obras japonesas seriam melhores como séries do que filmes

Durante a apresentação de seu painel no Project Anime 19, um grupo de executivos abriram uma discussão interessante a respeito da produção de adaptações Live Action por parte do ocidente.

Dentre os nomes presentes estavam: Maya Kambe, criador executivo da Paramount Pictures (responsável pelo Live Action de Kimi no Na wa), o vice presidente da Sony Pictures International Productions, Tony Ishizuka, e David Uslan, da Uslan Entertainment.

Um dos grandes focos do debate foi a dificuldade em adaptar o conteúdo japonês para algo mais comum aos ocidentais, mas sem que isso descaracterize o original.

Tony Ishizuka, por exemplo, ressaltou as barreiras físicas que algumas obras impõem, não só com seu humor caricato, como pela fidelidade ao character design dos personagens, que demandariam um alto investimento, coisa que a maioria produções não dispõem.

Outro ponto levantando por Ishizuka é o cuidado na hora de traduzir algumas ideias “inerentes ao Japão”, sem que elas se transformem em um problema para o público novato, ou atinjam o politicamente correto tão debatido nas redes sociais.

Por final, Maya Kamble concluiu dizendo que acredita que a chave para uma taxa maior de sucesso nas produções de Live Action pelo ocidente seja a mudança de mídia, já que outra das grandes barreiras de produção é condensar a história de um mangá em menos de 2 horas de filme.

A executiva cita como exemplo Game of Thrones, que teve uma boa construção de mundo durante as várias temporadas que foram produzidas, o que talvez não fosse possível, mesmo com uma série de filmes.

Complementando isso, David Uslan disse que tem dado prioridade a novas obras, já que séries mais antigas tem uma bagagem muito pesada com os fãs, onde acaba sendo mais fácil decepcionar esse público.

Ele ainda ressalta o fato de que já que possível ver algumas obras japoneses se atentando ao público ocidental na sua concepção original, o que facilita mais o trabalho de adaptação das produtoras.

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Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.