We Never Learn #13 – Impressões Finais
Atrasado, mas antes tarde do que nunca! Tive uns problemas que me impediram de escrever essa semana (já solucionados), pois bem, vamos as nossas impressões finais de Bokuben. Começo dizendo que a notícia do anime ser um split cour já me pegou de surpresa, particularmente falando, eu gostaria de esperar um pouco mais (para ter algo, quem sabe, até com maior qualidade); embora a ideia de ter Bokuben de volta cedo seja reconfortante.
Desde antes de seu lançamento, eu já conversava com alguns amigos meus (leitores do mangá também) tentando supor por onde a adaptação terminaria, e chegamos a conclusão de que um excelente momento seria esse da pousada, dito e feito, sem dúvidas, é um dos maiores hints do mangá inteiro (perdendo o posto para outros momentos com a própria Fumino), não vou entrar em detalhes.
Se isso não foi uma surpresa, o modo como a direção chegou até aqui foi. Antes da estreia, só com base nas previews, eu estava com muito receio, felizmente, Yoshiaki deu a resposta ao público nas telinhas, fazendo uma ótima mescla de capítulos na reta final; resgatando e/ou adiantando momentos para que tudo culminasse no hint da Fumino com o Nariyuki.
Esse episódio 13 de longe é o meu preferido, porém, não é pelo service das yukatas (vai muito além disso). Uma das coisas que eu mais admiro no protagonista, Nariyuki, é a backstory que ele dispõe. É um rapaz simples que quer dar um futuro bom para sua família, porém, que tem um sonho um tanto quanto pessoal (sem spoilers) que vai contra isso que ele se obrigou a fazer, e o diálogo dele com a Fumino foi o ponto de ignição para esse conflito interno do personagem, que acompanha ele até meados do capítulo 100.
A Fumino é outra que tem uma backstory muito boa, um passado pesado, e que leva a um dos (se não) o maior hint da obra até aqui no capítulo 85 (não sei se a segunda temporada irá chegar até aqui). Ele perdeu o pai, ela perdeu a mãe, backgrounds densos para uma obra que preocupou-se tanto em proporcionar risadas, mas é devido a isso que eu elogio o trabalho do Tsutsui Taishi, quando ele consegue sair do service, ele entrega umas histórias com uma profundidade ótima.
Em síntese, esse episódio adapta os capítulos 38 e 39 do mangá, mas retoma um acontecimento do capítulo 23 logo no início, sim, a festa do pijama na casa da Ogata. No mangá acontece uma baita confusão na qual o Nariyuki até vai para lá, mas a preocupação da direção em trazer esse evento antes do festival foi única e exclusivamente para mostrar a importância dele para as meninas, e para frisar algo que a Sawako diz: “o Nariyuki é muito bonzinho, se continuar prestativo desse jeito, terá problemas no futuro.”
A fala dela não é só para ficar nas entrelinhas, pois o episódio inteiro se preocupa em mostrar essa prestatividade dele. Ele ajuda a Ogata com a entrega dos udons, carrega a sensei depois que ela se machuca na escada (cuida dos ferimentos dela), fica de plantão na barraca de primeiros socorros da Asumi, ajuda uma criança perdida, e acaba perdendo o trem. Total alinhamento com o que a Sawako disse no início do episódio.
Sobre a cena da pousada, ela foi ótima, um ótimo fechamento de plot que é um grande cliffhanger para todos os eventos à frente. Seja no amor de Fumino por Yuiga, ou nas escolhas da vida pessoal dele.
Yoshiaki entregou o que tinha de melhor nesse episódio final, repito, meu preferido até aqui; a mensagem das entrelinhas foi ótima, e o momento com a Fumino igualmente.
Nota do Redator para o episódio: 4.8/5
Rápida resenha sobre o anime
Talvez possamos chamar Bokuben de “sucessor espiritual” de Nisekoi, seja por acontecimentos parecidos ou simplesmente pelo fato de seu autor, Tsutsui Taishi, ser pupilo de Naoshi Komi (criador de Nisekoi); em algumas partes, We Never Learn chega a ser melhor que sua inspiração, e uma das coisas que eu mais gosto (e que difere de Nisekoi) é a boa divisão de momentos com as garotas (já que na obra de Naoshi Komi o grande foco era a deusa Chitoge).
Apesar de pontuar em muitos aspectos, o anime também desagrada em outros, pois há muitos episódios nos quais o roteiro acaba sendo conveniente demais (como todas as heroínas indo comprar lingerie no mesmo dia), e isso é um fator que pode afastar os mais críticos. Entretanto, apesar de algumas falhas de narrativa, a comédia de Bokuben aproxima o telespectador devido ao ótimo timing cômico, além de uma ótima direção, e bons storyboards, o que já faz o anime sair na frente de seu principal concorrente no ano, Gotoubun no Hanayome, que também apresenta uma história bacana, mas que contou com uma direção muito ruim.
Em outras palavras, We Never Learn não é uma comédia romântica que muda padrões ou inova, tampouco é a melhor no mercado (na minha opinião, como um conjunto de fatores, não chega a superar nem mesmo Nisekoi) mas compensa com um dos principais propósitos de uma obra audiovisual: entretém. Para aqueles que buscam assistir por pura diversão, o anime não deixa de entregar um bom material, com personagens carismáticos e acontecimentos igualmente engraçados.
Nota final: 7.5/10
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