Araburu Kisetsu no Otome domo yo #07 – Impressões semanais
Bem, de maneira geral, esse episódio de Araburu não foi muito diferente do da semana passada. Alguns coisas interessantes aconteceram, mas no geral ainda é algo meio que, digamos, arrastado. Não no sentido de lentidão, mas de que a história continuou presa em pontos que já tinham sido falado antes.
O diálogo do professor com a Hongou foi bem estranho (para variar), e aquela história de estar usando uma tanga de sumô não funcionou muito bem para mim, porque, bem… É uma tanga de sumô. Não dá imaginar isso funcionando muito bem, mesmo para os gostos estranhos dos japoneses.
No final, acaba sendo outra daquelas interações que não vão muito longe. O abalo no emocional da Hongou ainda está sendo o ponto principal de tudo, mas, como falei na semana passada, já está na hora de ter algo mais concreto no desenvolvimento da personagem.
Seguindo o fluxo, acho que já podemos bater o martelo sobre a sexualidade da Momoko. Não é nada absurdo mulheres acharem outras mulheres bonitas, mas aquele finalzinho com a Sugawara, basicamente confirma que ela é lésbica, ou que pelo menos vai ter algum desenvolvimento em cima dessa dúvida sobre o que sente.
Seria interessante ver algo um pouco mais maduro sobre isso, já que normalmente essas mudanças na perspectiva dos personagens partem de um gatilho (beijo, declaração), então seria legal ver alguém passando por esse autodescobrimento sozinho.
Mas… Mari Okada, então não custa muito para ela jogar fora alguns bons personagens, apenas para manter o suffering nas cenas. O que seria uma pena, mas não impossível de acontecer.
Já em relação a Kazusa, acho que foi a parte que menos me interessou em todo o episódio. A relação feita no final com ela jogando o chaveiro para o Izumi, e isso remetendo ao passado entre os dois ficou bacana, e serviu para dar um pontapé nas mudanças dela, mas fora isso, não tem nada que me faça querer elogiar.
Aquela história com peitos foi engraçada no episódio passado, mas nesse já me soou um pouco boba. Talvez funcione como alivio cômico para alguns, mas no meu caso não acrescentou muito ao episódio.
Aquela transição de cena com um discurso bonito sobre peitos saltitantes foi bem… Sei lá. Me pegou de surpresa, admito, e a ideia em si é bem original, se parar para pensar, mas não deixa de também ser bem vergonha alheia.
Até tentei pensar em possíveis metáforas que toda essa história com peitos poderia ter, mas no final não consegui chegar em nada. Se alguém tiver um possível razão para aquele belo discurso da Kazusa, agradeceria o comentário.
Em adicional, temos alguns acontecimentos menores, como um pouco mais de destaque as mudanças que a Sonezaki está passando ao se apaixonar, com direito a ela revelando que não esperava ser pega justamente naquilo que considerava banal e fútil (ser conquistada com uma frase).
Além de termos a lenda urbana do festival que, sinceramente, estou curioso para ver como vai ser usada na prática, já que é quase certo que vai rolar o clichê das confissões com base nesses rumores, então vamos ver como fica, se isso vai servir para dar um empurram a mais na Kazusa, ou em algum outro personagem.
Por final, temos o reencontro entre a Sugawara e o seu antigo professor. Achei interessante ver que a Sugawara também está sendo afetada por toda essa bagunça que está acontecendo com a Kazusa, e que está até mesmo sentido alguma coisa pelo Izumi.
A química entre os dois não foi ruim, então, ao menos para mim, é uma situação interessante, que poderia até surpreender com um final onde a protagonista perde, mas, isso é coisa para se pensar no futuro.
Entretanto, um coisa que não dá para deixar passar batido é o professor da Sugawara e toda a situação. Araburu vem tentando entregar uma experiência com base na realidade, mostrando o cotidiano das garotas e suas descobertas sobre a adolescência/sexualidade.
Ter um personagem agindo de forma tão caricata pode acabar incomodando quem é um pouco mais crítico sobre certas coisas, como é um pouco do meu caso aqui.
A ideia de forçar a Sugawara a testar os seus sentimentos é interessante, principalmente por ela perceber que sente algo pelo Izumi, mas eu me senti assistindo um cena de battle shounen onde o vilão tentava manipular a mente do melhor amigo do protagonista para fazê-lo traí-lo no arco seguinte.
Foi surreal a dramatização que fizeram na cena, o que para mim diminui muito o impacto que aquele desenvolvimento poderia ter. Algo mais pé no chão seria mais interessante para mim.
Resumindo, esse episódio ainda mantém um certo ar de enrolação, só desenvolvendo a história de forma mais agressiva no final, com a Kazusa se libertando da paranoia e, aparentemente, ficando disposta a tomar uma iniciativa, e a Sugawara reencontrando seu professor e criando o desfecho para o começo do triangulo amoroso.
De resto, a situação da Momoko ainda está se encaminhando, enquanto que a Hongou com o professor Milo estão seguindo por esse mesmo caminho de brincadeiras e provocações, sem lá muitas coisas novas.
Vamos ver como tudo fica agora que a Kazusa se tornou mais ativa, e se a Sugawara vai realmente entrar para jogar, ou vai manter a postura distante.
Extra
Adorei esse discurso da Sonezaki sobre como elas, por serem do clube de literatura, deveriam entender melhor do que ninguém o peso que as palavras tem.