Kusuriya no Hitorigoto – Harém, mistérios e… Venenos? Esse mangá premiado é tão bom assim? | Review

Kusuriya no Hitorigoto é uma obra que esteve aparecido bastante na minha vista nos últimos tempos. O mangá vem vendendo bem, a obra já apareceu como uma das que os japoneses tem mais vontade de ver animado e, recentemente, até mesmo ganhou o prêmio de melhor mangá.

Sendo assim, acabei sentido curiosidade sobre a obra e, sim, ela merece todos os elogios que vem recebendo, assim com o sucesso que está fazendo.

Por esse motivo, além de dar aquela leve hypada em uma mangá que fiquei simplesmente apaixonado, vale a pena falar sobre para, não só apresentar o mangá para quem não conhece, como deixar em mente o nome de uma obra que pode surpreender bastante, caso recebe um anime (que espero ser em breve).

Maomao animada para ontem!

Kusuriya no Hitorigoto é uma daquelas obras que te fisgam facilmente logo de começo. A proposta da história é simples, mas bem interessante, onde você tem uma garota que foi vendida para o harém de um imperador, e precisa viver/se adaptar ao lugar até que possa sair de lá.

O motivo de dizer que o mangá é um daqueles casos que já te prende logo de começo, é porque um dos grandes pontos fortes dele está justamente na protagonista.

A Maomao é extremamente divertida e simpática, além de ter uma inteligência nas medidas certas. Ela consegue fazer coisas além da capacidade média das outras pessoas, mas isso é resultado do seu estudo e treinamento, e não de um simples talento natural.

Além disso, ao decorrer da história você começa a perceber que o conhecimento dela não é inabalável, onde, em certos momentos, ela fica em dúvida, e até comete pequenos erros no seu raciocínio.

Esse equilíbrio nas capacidades da Maomao ajuda a manter o desenvolvimento da história de uma forma mais interessante, com você acompanhando as explicações e aprendizagem da personagem com bastante curiosidade.

Não somente por isso, outra fator que faz com que a Maomao seja divertida, é o fato dela ser completamente maluca.

Essa maluquice é uma das melhores coisas nela.

Por conta da obsessão com ervas e medicamentos, a protagonista passou por um longo treinamento com venenos, onde acabou criando hábitos malucos, como testar as drogas em si mesma, chegando ao ponto de querer experimentá-las apenas para ter a sensação do corpo falhando.

Esses momentos mais cômicos são bem encaixados dentro da história, onde até mesmo em situações mais sérias consegue funcionar sem atrapalhar o desenrolar do enredo.

Sem contar que, mesmo servindo como piada, essa obsessão por venenos é algo que faz parte do enredo, muitas vezes servindo como ponto de partida para os mistérios serem resolvido.

Habilidade bem útil como degustadora da corte.

Aproveitando para falar dos mistérios, eles são algo bem recorrente no mangá. Pelo começo da história eu imaginava que a obra seria mais voltada para explicações e apresentações de certas substâncias e o uso que elas podem ter, o que por sinal, é muito bem feito dentro da história, diga-se de passagem.

Mas, acabou que, aos poucos, mistérios cada vez mais profundos começaram a aparecer, onde tiveram mortes, assassinatos e alguns outras coisas mais voltadas a situações dentro do harém.

Esses mistérios são sempre levados por aquilo que falei sobre a protagonista, com ela tendo de lidar com a situação através do seu conhecimento, mas fazendo isso de uma forma que te deixa bem satisfeito em acompanhar.

As resoluções seguem uma linha bem condizente com o que foi apresentando, tendo, claro, algumas que se sobressaem mais do que as outras em termos de impacto. Mas no geral, são sempre soluções que te deixam satisfeito com as explicações.

Respeita a moça, porque ela é demais.

Por fim, temos a questão do harém. Esse foi outro ponto do mangá que me deixou bem satisfeito quando li, porque ele consegue se desdobram em vários aspecto relevantes para história.

A ascensão da Maomao dentro do harém é bem interessante, onde te deixa curioso para saber onde ela vai parar, já que parte dos objetivos dela era se manter sobre as sombras e não chamar atenção, então acabar servindo a uma das líderes do lugar acaba indo completamente contra o que ela queria.

Além disso, a forma como a história aborda o harém de um jeito mais realista, trás algumas boas reflexões sobre as mulheres vivendo lá.

Roubando uma das frases que a própria protagonista usa, não existe uma diferença entre as mulheres vivendo no harém e as prostitutas do bairro da luz vermelha, ambas são belezas presas em uma gaiola da qual não podem escapar.

Esse tipo de coisa faz uma diferença bem interessante, trazendo situações, principalmente quando o passado da Maomao começa a ser mostrado, onde você tem toda esse contraste entre o luxo do harém com a vida da protagonista, já que ela cresceu em um lugar cercado de prostituição e violência.

Questões de sobrevivência… Para ambos os lados.

Resumindo, Kusuriya no Hitorigoto foi uma obra que me prendeu muito quando fui ler. Os elogios recebidos não são exagero, e certamente vale a pena dar uma chance para o mangá.

A obra é relativamente recente, então as traduções em português pararam no capítulo 20, enquanto que a em inglês está no capítulo 29.

Extra

O medo de pedir um anime é ter essa belezura de traço estragado.

Mais Maomao sendo badass.

Mais Maomao sendo badass².

Só para não passar batido…

Existe romance na obra, e ele é bem legal. A relação da Maomao com Jinshi é extremamente divertida, e por mais que ela não demonstre muito interesse, as coisas se desenrolam relativamente rápido por parte do Jinshi, então, mesmo sem o casal ser formado, o shipp é bem forte.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.