Granbelm – Uma surpresa da temporada | Impressões Finais

Granbelm foi um anime que não tinha me cativado muito no primeiro episódio, mas que, aos poucos, foi construindo a história de forma que me deixou quase boquiaberto com os momentos finais da obra.

O anime tem uma mistura bem interessante entre Madoka, Fate Series e aqueles mechas que você encontra por aí, trazendo um universo original onde as personagens tem seu valor.

Por mais que possa parecer uma combinação de ideia maluca, isso funciona, e funciona de uma forma que certamente te faz ficar curioso para ver mais.

Seja pela relação das personagens, ou pelo simples fato de querer acompanhar o desfecho do battle royale, Granbelm é uma obra que vale bastante a pena dar uma chance, por isso, vamos falar um pouco mais sobre ela.

Tudo parte dos planos.

Granbelm, de maneira geral, foi bem competente em distribuir sua ação junto do desenvolvimento do enredo. Inicialmente a história pode até parecer meio lenta, mas a combinação entre momento de exposição sutis, e as batalhas envolvendo os mechas, acaba por ir te convencendo a assistir os episódios sem grandes problemas.

Depois de passado essa fase de apresentações, com as regras das batalhas, introduções de personagens e nuances de problemas, o anime começa a ficar bem mais interessante, onde aquela exposição mais monótona dá lugar aos conflitos de personagens.

Esse ponto é algo que me deixou bem contente com o anime, porque logo você nota que ele não está ali para ser outra obra de “garotinhas brincando de lutar”.

Cada uma das personagens envolvidas no Granbelm (batalhas pelo título de Princeps e o direto a um desejo) tem seu plano de fundo. Alguma menos interessante, mas todas são competentes em trazer um problema para sua vida, e que poderia ser solucionado com a participação no dito Granbelm, o que as torna realmente candidatas ao cargo.

Não dá para entrar em muito detalhes sobre o que cada uma passa, já que alguns situações envolvem plot twists e até mesmo coisas que deveriam ser assistidas sem qualquer informação de antemão, mas eu adianto que são bons.

As ações tomadas pelas personagens tem suas devidas consequências, e isso acaba, por muitas vezes, ajudando a estruturar melhor o desenvolvimento de cada uma.

As consequências são pesadas, mudando a vida das garotas de forma brutal em alguns casos, e trazendo aquele clima de pressão psicológica que alguns obras mais dark tentam criar.

A direção também é bem competente nesse aspecto, o que junto de uma boa OST, faz com que as cenas mais dramáticas tenham o impacto necessário para te deixar surpreso e apreensivo ao que está acontecendo.

Algumas reviravoltas são bem interessantes.

As revelações feitas dentro da história também seguem o mesmo padrão. Os diálogos expositivos são encaixado de uma forma que puxam bastante para momentos de cliffhanger, e isso faz com que você fiquei interessando nas explicações que estão surgindo, principalmente quando começam relacionar com situações envolvendo as próprias personagens.

A protagonista, Mangetsu, entra aqui com um bom exemplo disso, onde o seu passado e sua identidade são revelados de uma forma bem chocante, mudando boa parte da visão que você tinha dela.

Aproveitando também, vale soltar alguns elogios para  a personagens, que inicialmente parecia ir para um versão clichê daquela construção de pessoa sem talento procurando reconhecimento, mas que no final acaba surpreendendo bastante por conta das ditas explicações que falei mais acima.

As demais garotas também consegue entregar momentos assim. A Shigentsu tem um episódio inteiro, basicamente, onde é pressionada pela “vilã”, trazendo uma direção bem legal, para não cair naquela monotonia de diálogos que nunca acabam.

Tão linda, mas tão doida.

Aproveitando para falar dos vilões, isso foi algo que achei legal dentro do anime. Não existe muito claramente essa questão. Tem personagens que se opõem a dupla de protagonista, mas em momento algum você tem aquela sensação de que as garotas ali estão querendo dominar o mundo, por exemplo.

A Anna pode ser extremamente exagerada, gritando Ernesta até no chuveiro, mas o seu passado, e a forma com viveu a sombra da protagonista de cabelos pretos, justificam essa obsessão que ela desenvolveu, e fazem com que ela seja uma personagem com objetivos fortes e obstinada, mesmo caindo dentro de um arquétipo tão caricato.

ERNEEEESTAAAA!!!

 

Por fim, temos as batalhas. Eu particularmente não gostei muito do visual dos mechas. O charecter design deles em si é até bom, mas o tamanho reduzido (parecem versões chibis dos mechas tradicionais), não é lá muito do meu gosto.

Felizmente, isso não interfere em nada no anime, e as batalhas são bem competentes, trazendo, não só boas lutas com golpes, explosões e tudo mais, como também fatores relevantes para o desenvolvimento da história.

Em nenhum momento a diferença de força se torna algo extremamente forçando, então as batalhas acontecem de forma natural, com personagens sobrepujando o outro sem parecer absurdo demais.

Dá para ficar bem curioso sobre cada rodada do Granbelm.

No geral, Granbelm foi uma ótima obra, trazendo uma história interessante, que só vai melhorando a medida em que as coisas vão se desenvolvendo no enredo. Para que gosta de reviravoltas inesperadas, o anime trás alguns situações bem interessantes, que podem garantir um bom entretenimento.

Para quem não deu muita confiança para o anime no inicio da temporada, vale a pena dar uma chance aos primeiros episódios, não demora muito para as coisas engrenarem, então pode acabar sendo um anime bom para alguns.

Extra

Kuon nadou, nadou, nadou, e morreu na praia.

Eu  amai ela <3

Cruel.

Um dos melhores episódios para mim.

Gif da Emilia morena sendo fofa.

Bye Bye T_T

Nunca pensei que fosse gostar de uma protagonista de cabelo rosa.

Esse gif é o que eu esperava da internet. Obrigado.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.