SAO: Alicization S2 #02 – O despertar de uma heroína.
Sirlene – E mais uma vez após uma fadiga jornada, a Cavaleira Sirlene e o Cavaleiro Breno voltam para fazerem mais fofocas de Alicization com nossa heroína que ama um discurso e uma pose de saber predileta mostrando que se não fosse os hacks poderosos do Kirito, ela poderia roubar o protagonismo dele.
Breno – Facilmente, afinal, Alice apresentou ótimos momentos de imponência e habilidade, tudo digno de uma boa protagonista. Acho que serviu para mostrar a quem não gosta dela do que a menina é capaz.
Sirlene – Como disse no nosso bate papo anterior, ela é uma boa personagem, possui bons conceitos e bons dilemas que se fossem bem explorados desde a temporada anterior, não faria o povo implicar tanto com a moça, mas infelizmente o rush cobrou o seu preço, um dos momentos que poderia ser gloriosos para ela, foi seriamente resumido a poucos segundos que era seu embate com Kirito e Eugeo e posteriormente contra o Kirito, então infelizmente, ainda não foi mostrado no anime o potencial que a cavaleira tem.
Breno – Mas mesmo com os rushs, eu diria que o potencial dela (e da Amayori) foram provados de uma forma muito digna nesse embate. Trilha sonora épica (sempre boa em SAO), alguns cortes interessantes de animação, e tu, o que achou?
Sirlene – O embate contra a incursão foi bem feito, diferente do episódio anterior, a narrativa estava mais fluida e as transições foram bem colocadas. Não houve aquela sensação de deslocamento, que isto não deveria ter sido introduzido neste momento ou esta ordem de quadros não caiu bem, a sequência de quadros foi funcional, inclusive eles fizeram uma boa divisão de tempo entre o que acontecia em Underword com o que estava acontecendo no mundo real, casou bem. Os diálogos também foram bem resumidos para o roteiro da animação. Contudo, meu digníssimo companheiro, não concorda que certos vícios ainda incomodaram nesse episódio? desde a temporada anterior eu venho dizendo que estes cavaleiros amam uma boa falação e são exibicionistas.
Breno – Isso acaba sendo padrão desse tipo de obra, é difícil encontrarmos exemplos que provem ao contrário, às vezes, os personagens “deitam” em cima desses títulos que eles têm – tipo o Jink – “hur dur” eu sou o chefe de armas da vila, vocês devem ficar aqui por que eu mandei “hur dur”… nada contra se gabar, mas se vai fazer isso, faça jus ao que disse depois (como foi o caso com a própria Alice).
Sirlene – Na verdade este exibicionismo das casas nobres , principalmente da classe guerreira é algo comum as classes aristocráticas, afinal existe toda uma tradição, hierarquia e posição social, um orgulho por ser de tal família ou de tal Casa, mas o problema como citado é o personagem gastar horas em um discurso só para dizer “aha” sou um cavaleiro, me obedeçam e morram por mim, ou, como a Alice, me temam orcs sou a protetora da humanidade, me desculpe, mas tu acredita mesmo que o inimigo iria ficar lá escutando você falando que é a muralha do império humano e bla bla bla? Mesmo as hordas marchando contra ela, pareciam estar em câmera lenta só para que ela terminasse de fazer a sua apresentação magnífica.
Breno – Realmente, isso é meio tosqueira, mas já até acostumei de tanto que é comum, como você mesmo disse. Negócio é chegar com o dragão tacando fogo logo de uma vez haha, mas é entendível que é necessário pro plot da personagem aquela cena de “eu sou foda”
Sirlene – Olha a cena do eu sou foda para mim deve ser com um inimigo a altura, ao meu ver aqueles orcs e goblins eram minions de level 10-20, o que desperdiça o momento de brilho que todo o personagem deve ter, por isso acaba sendo compreensível que um uma cavaleira no nível da Alice facilmente se livre daqueles inimigos, pense que aquilo ali eram os mobs normais do MMORPG e você ainda não pegou o World Boss. Por isto nem reclamei de toda a ação ser rápida, porque faz sentido, no nível de artes e habilidades que ela tem, acabar em um piscar de olhos com a invasão a vila.
Breno – Sim, seria estranho se demorasse, mas mais do que isso, também era importante para dar tempo a toda aquela explicação sobre o motivo do Kirito estar catatônico, certo?
Sirlene – Certo, se demorassem muito com a invasão teriam que resumir mais a explicação para o estado do protagonista, apesar de que fico imaginado como o Kirito conseguiu a façanha de se odiar tanto ao ponto de autodestruir o self, sua própria imagem. Explicando rapidinho a psicologia, o ego citado pelo Higa é o núcleo da personalidade de uma pessoa, responsável por ser seu eu limitante, ele é o que impede de você com vontade de sair dançando pelado, saia dançando pelado no meio da rua, já que é a sua consciência de ser e barra o seu ID, que são os desejos , sem ele, você seria uma besta e nem poderia ser considerado uma pessoa passível de viver em sociedade e já o self é sua imagem, sem o Self (imagem de si mesmo) você não teria nem o conceito de eu, pessoas que tem problemas com o self acabam tendo personalidade conflitante e vários distúrbios sérios.
Breno – Sim, achei meio forçado essa parte dele se odiar ao ponto de ficar daquele estado. Sobre o ego, foi legal, até falei sobre isso nos meus textos de Kaguya, teve um episódio que trabalharam com isso, gosto bastante dessas analogias.
Sirlene – E eu gosto bastante da complexidade da tecnologia de Alicization, mas francamente, acho que realmente forçada a ideia que aquele pico desligou o ego do Kirito, já que tecnicamente isto é impossível, você pode diminuir a ação do ego por causa de um trauma cerebral, mas não desligar, você não desliga agentes de personalidade, o que poderia acontecer é ele perder as conexões cerebrais, como assim Sirlene? Olha teu cérebro é um computador avançado que tem milhares de conexões, cada neurônio guarda uma parte dos dados de quem é você, como ele estava com o cérebro avariado a imersão dele era pra construir as conexões perdidas, então pra mim seria mais lógico que com o pico, ele ficou preso no estado real dele, e você Breno?
Breno – Vou pela mesma linha, mas Sirlene, será que na próxima semana teremos a apresentação do passado bizarro do Gabriel?
Sirlene – Olha o mais bizarro foi a direção ter cortado o passado dele, era pra ser introduzido diretamente no episódio um, mas simplesmente não colocaram nada nele. Então eu espero que sim, porque é a explicação para a obsessão doentia que ele tem por uma certa pessoa.
Breno – Ele é um psicopata, como todo vilão do Reki Kawahara, vamos ver. Mas e aí, algo mais a destacar?
Sirlene – Acho que talvez o fato dos habitantes do Dark Territory ignorarem Alice como ameaça por ser mulher, isto denota que realmente o Império Humano em relação a eles possui uma sociedade mais isonômica mesmo sendo medieval, já que diversas mulheres foram apresentadas como guerreiras espadachins, então mesmo que ainda haja a diferenciação, elas possuem papeis de destaque e são denotadas com potencial, já os dois chefes das hordas deste episódio demonstraram que pelo menos aquelas tribos ali veem as mulheres apenas como o gênero mais frágil e portanto são vetadas de papéis como de guerreiras. Isto é claro, pelo o que foi mostrado com os diálogos. Percebe-se um certo menosprezo por alice ser mulher.Mas mudando de assunto, e aí, Breno o que achou da Ending?
Breno – Muito boa! A música da LiSA já entrou para a minha playlist. Visualmente falando, ficou bem bonita também, como podemos dizer, ending lindona!
Sirlene – O storyboard da eding realmente ficou bem feito, espero que eles sejam criativos assim nos quadros do anime também, já que o que está faltando nessa staff é realmente caprichar mais nas coreografias e estender as lutas, além de se dedicarem mais nos quadros subjetivos do anime em si. Então até mais um fofocas de Underworld.
#Extras
Da ultima vez que falaram que voltariam pra esta vila, voltou um e meio … então :/