Fate/Grand Order: Babylonia #08 – Impressões Semanais
Em relação a promessa feita na semana passada de entregar uma luta digna dos Deuses, eu diria que o episódio conseguiu, não só corresponder as expectativas, como também trazer algumas surpresas.
Para os jogadores, ter aqueles fanservices com os servos usando seus noble phantasm, e lutando com o máximo que tem, foi algo de tirar o fôlego e que marca a adaptação como algo memorável.
Para quem não está tão acostumando com FGO assim, o espetáculo visual que o anime trouxe, mantendo basicamente metade do episódio com cenas de ação e lutas, ao menos faz valer bem a pena e garantir aquele entretenimento do dia.
Em termos de desenvolvimento, eu achei que o episódio se saiu bem. Não foi uma luta unilateral, mas também não rolou nenhum protagonismo exagerado.
É meio triste ver alguns personagens que você já pegou um certo apego morrendo, mas, ao menos para mim, é uma daquelas mortes que vale a pena assistir.
A direção da luta conseguiu entregar um confronto digno dos personagens, e representar bem a ideia de “espíritos heroicos”, com cada um chamando a responsabilidade para suas ações e finalizando a luta de uma forma que te deixa satisfeito por não ser uma morte boba.
As cenas ficaram muito boas, e a trilha sonora, junto da sonoplastia e toda movimentação, faz com que as batalhas sejam frenéticas e empolgantes, até mesmo em casos como o do Leônidas.
Ele era o símbolo da proteção da cidade, a agiu como tal, segurando o ataque do inimigo e mantendo essa imagem de escudo, onde, mesmo não sendo tão ofensivo quanto a Ushi, consegue trazer ótimas cenas e um impacto legal para o seu confronto de forças com a Gorgon, que por sinal, foi ele quem descobriu quem era de verdade.
No caso da Ushi foi ainda mais interessante, porque ela vai para luta e consegue fazer frente ao tamanho da Gorgon, mas sem cair em um uso exagerado das suas capacidades.
A menina saltou por tudo quanto era canto do cenário, e entregou uma luta com cenas muito legais de ver, fazendo a Gorgon ficar perdida em meio a toda aquela velocidade.
Como falei na semana passada, aquela conversa com o protagonista encaixa muito bem por conta dos acontecimentos desse episódio.
A Ushi tem aquele lado fofo e tudo mais, porém, ainda é uma guerreira poderosa, e o episódio conseguiu entregar bem isso ao colocá-la em ação.
O desfecho final é algo que não vou dar spoiler aqui, mas serve bem com gancho para deixar curioso em saber o que vai acontecer, se vão conseguir resgatá-la antes de se transformar em uma das criaturas do exercito da Gorgon.
Já em relação ao desfecho da luta, talvez seja a parte mais complicada do episódio.
Não tem muito o que defender ali, e o roteiro apenas seguiu o clichê de um vilão burro que deixa seus inimigos terem tempo de reorganizar suas forças e encontrar um meio de derrotá-lo depois.
Justificativas para isso até tem, como o Enkidu, ou Kingu agora, dizendo que a matança descontrolada deixaria as outras Deusas irritadas e, como eles precisam de tempo, não seria inteligente fazer algo assim, além da própria afirmação da Ushi, sobre a Gorgon ser inexperiente em guerras, também cair como uma desculpa.
Mas, estamos falando de uma cidade onde tem um Gilgamesh de líder, e mesmo que derrotar dois dos principais membros do exercito dele seja algo grande, a história ainda vai para um clichê que acho fraco, com o inimigo recuando por conveniência.
Isso é algo que vem da história do jogo, então, infelizmente, não tinha muito o que a adaptação fazer aqui, mesmo tentando manter uma linha mais racional.
Por fim, novamente, o roteiro conseguiu trazer um pouco mais de significado e relevância para o protagonista. Com a perda da Ushi e, principalmente do Leônidas, o exercito sofreu um grande baque emocional.
O protagonista não pode lutar, e ficar entrando com os braços abertos na frente de ataques mortais não é lá muito inteligente, na minha opinião, então o que sobra é isso, servir como apoio moral.
Usar a referência do Leônidas para dar uma luz para os soldados ficou bem legal, por trazer esse apelo emocional e ainda servir como alavanca para o protagonista.
Agora é esperar para ver como vão ficar as coisas, qual será a situação da Ushi, e como o Gilgamesh vai lidar com tudo isso, já que, com exceção do Merlin, perdeu todos os servos que tinha invocado para defender a cidade.
Extra
Acho que não tem muito o que falar no caso dele… Não foi um personagem que tomou muito destaque durante esse 7 primeiros episódios, e só o flashback não ajuda a criar muita empatia. A justificativa dele é até aceitável, mas é um personagem que vai embora e apenas isso.