Hoshiai no Sora #05 – Impressões Semanais

Finalmente o Maki contou para alguém sobre seus problemas – e isso deixou não somente uma sensação de alívio, mas também de preocupação. 

O passado traumático do protagonista!

Uma das coisas que o episódio mais se preocupou em fazer foi, exatamente, trazer a tona grande parte do passado do Maki. Já estava no contexto para o público, mas com ele contando ao Touma, pudemos entender ainda mais os motivos deste trauma que ele tem com o “pai” (entre muitas aspas) dele. 

Eu acho que esse ano só passei tanta raiva assim com um personagem de anime em Tate no Yuusha, que tinha a Myne e aquelas mentiras patéticas sobre o Naofumi. A torcida para que alguém acerte uma voadora nesse cara continua alta – e eu não duvido nada de que seja a Mitsue. 

Enquanto não temos “pancadaria”, vale ressaltar a postura do Touma, que “peitou” o malandro, jogou dinheiro nele e ainda ameaçou o cara. Esta cena pode soar um pouco “over” demais para algumas pessoas, mas é compreensível a atitude do Touma, visto a personalidade dele e toda a situação do amigo. A única coisa que achei bizarra nela foi a risadinha de psicopata do cara (??).

“É assim que começa, a raiva, o ódio, a sensação de impotência, que torna homens bons, cruéis” – Wayne, Touma

Black and blue, day vs night ~

A troca de ameaças foi um gatilho para o Maki conseguir dar o primeiro passo para enfrentar o bandido, creio que no decorrer das próximas semanas, o Maki comece a superar melhor e, quem sabe, até adquira uma confiança para tomar as medidas cabíveis contra esse cara. 

E o Touma não parou por aí, esse tem “nervos de aço”. Mal lidou com os problemas do Maki e já apareceu o Rintarou com uma crise de inferioridade devido a grande praticidade do Katsuragi nas tarefas do clube. E de todos os dramas até aqui, esse sim eu me arrisco a chamar de exagerado. 

Acho que o momento de introduzi-lo não foi propício, pois uma cena tensa do protagonista tinha terminado e qualquer outro drama introduzido subsequentemente tenderia a não descer.

Até acho bacana ele explicar que queria ser o melhor e tal, mas meio que alegar que os pais adotivos dele (que claramente já demonstraram afeto, pelo menos a mãe) desgostam dele porque ele não é o melhor (??). 

Outro “drama” introduzido foi o da presidente do conselho estudantil, vulgo menina que fala como se fosse um vilão de história seinen. Pois é, três nomes, conflitos familiares – é até engraçada a briga entre a mãe e a avó. 

Mas achei bonito o real nome dela, essa pequena sequência com o diário foi bem poética!

Este segue o mesmo esquema da história do Rintarou, está alocado no momento errado. Eu falo por mim, pós-drama do Maki, eu estava mais interessado em ver a partida do que saber de outros passados (e ó que eu gosto desse artifício). 

Em linhas gerais quanto a isso, eu não sou contra desenvolver os outros personagens, pelo contrário, quem me acompanha sabe. O que quero dizer é que esse tipo de cena tem que entrar em um timing certo para não comprometer o personagem em questão, pois se não for em uma “hora só dele”, melhor dizendo, em um “momento de impacto”, se torna esquecível. 

Sempre bom lembrar que o próprio anime já fez isso muito bem quando nos mostrou o passado do Itsuki no episódio 3, não dá para simplesmente esquecer daquilo. Muito pela história, mas pelo momento também, pois o episódio estava pouco movimentado até então. 

Para encerrar, eu gostei do clima pré-jogo. O encorajamento do Touma, a Mitsue agindo feito tsundere, o rapaz do outro colégio intimidando, pois é, uma ótima preparação para o episódio da semana que vem. 

Em síntese, foi um episódio ok. Tivemos uma ótima primeira parte, uma transição com Rintarou e presidente que, ao menos para mim, ficou deslocada, e uma terceira parte boa que fez o episódio “recuperar o fôlego”. 

Extra: 

Ela logo repara que o menino Maki sumiu hoho, perguntou do Touma também só pra disfarçar ~

 

Breno Santos

Editor, Filmmaker, 22 anos, amante de astronomia, café e cultura otaku no geral; além disso, é fascinado por cinema e pelo trabalho executado por uma staff de animação.