Hoshiai no Sora #07 e #08 — Impressões Semanais
Que abordagem legal que Hoshiai no Sora fez em seu oitavo episódio. Com o caso do manager Yuta em foco, o episódio teve seu ápice em uma conversa dele com o Maki.
E eu queria começar dizendo que o Maki é uma pessoa sem igual, sério, se o mundo tivesse mais pessoas com a forma de agir do Katsuragi, as coisas seriam melhores. Ele ajuda psicologicamente não importa quem, não importa o local; mesmo já tendo “milhões” de problemas pessoais para lidar — como o seu “pai”.
Mesmo assim, vemos um Maki que desde o início já tinha dado uma palavra de incentivo para o Yu: “— Seja o que você quiser”.
Eu achei que fosse ficar somente por ali mesmo, mas o Akane gosta de bons dramas, não é mesmo? O assunto foi aprofundado, e finalmente descobrimos que Yu se identifica como um não-binário.
Aos olhos de muitos pode parecer uma questão simples, mas só quem vive/viveu uma situação semelhante pode dizer com propriedade sobre a angústia interna que isso deve gerar.
O grande ponto positivo é que o Maki conseguiu encaminhar, mais uma vez, Yu a um caminho mais tranquilo, e o ajudou psicologicamente falando. Sério, o Maki merece um prêmio nobel de apoio psicológico. Méritos também para o Akane, que introduziu a conversa de uma forma bem natural.
Porém, a mãe de Yu o pegou no “flagra” no fim do episódio, o que provavelmente vai desencadear dramas mais à frente. Eu só espero que o Maki e todos possam continuar apoiando ele da melhor maneira possível.
O que gerou toda essa discussão foi uma missão de investigação dos próximos adversários do clube. Com a presença dos meninos perceptível demais, Mitsue fez a infiltração junto de Maki e Yuta (que foram em suas skins de menina).
Cenas para lá de engraçadas, porém, eu achei que a tal missão de investigação foi muito rápida, sério, eles fizeram algumas pequenas imagens do adversário e deram no pé. Foi uma preparação muito grande para um momento bem pequeno, na minha opinião, a investigação deixou a desejar um pouquinho neste aspecto.
Destaque para a Mitsue que “peitou” umas três garotas de vez para que Maki e Yu agissem, a propósito, foi bem fofa a cena subsequente, na qual o Maki mostra certa preocupação com ela, porém, a Mitsue, com seu jeito tsundere, lhe deu uma “bela patada” — triste.
A Mitsue apresentou seus conflitos internos também, e eles são uma verdadeira dor de cabeça para quem os tem. Sério, a menina só quer desenhar, mas aparentemente os pais dela dizem que é algo “que não dá futuro”, sinceramente, essas discussões conservadoras são um porre para qualquer filho.
Ninguém é obrigado a fazer medicina, direito, engenharia… cara, todos têm direito de fazer o que bem entender, de realizar uma atividade que te faça feliz. Eu me identifiquei bastante com a Mitsue, pois antes de eu fazer o curso que queria, eu não tinha apoio interno nenhum aqui, porém, hoje a situação já mudou, e minha mãe já tem outro pensamento.
Por que tantos adolescentes hoje em dia têm depressão/ansiedade? Eu falo por experiência própria, essa pressão interna acaba com nosso psicológico, e ficou bem claro na mensagem durante todo o desabafo da Mitsue.
Mas antes de todos os eventos do episódio 8, nós tivemos um acirrado jogo no episódio 7 — no qual vimos o Katsuragi e o Touma ficarem no quase… foi triste. O jogo foi muito bom, disputado demais devido a arrogância do adversário, mas tivemos ótimas cenas de movimentação nele.
Adversário que por sinal se mostrou bem gente boa depois. Na hora que ele “brotou” no churrasco da galera, eu achei que ele ia gerar alguma confusão, pelo contrário, foi tudo muito tranquilo.
Churrasco que, inclusive, gerou muitos problemas para o clube devido a outra mãe problemática que quer impor as frustrações no filho. Ninguém tem paz em casa nesse clube, essa é a verdade.
Em linhas gerais, foram dois ótimos episódios — em especial esse oitavo com seus dramas e dilemas. Stars Align continua sua maratona de boas histórias, vamos ver como elas irão se desenrolar daqui para frente.
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