BOFURI #01 a #03 – Impressões Semanais
Diferentemente das últimas temporadas, eu comecei essa season de inverno um pouco menos frenético do que de costume, por isso, demorei para aparecer com as análises.
A grande questão é que eu queria um anime divertido para comentar (que tivesse um pouco de aventura também) — eis que me recomendaram BOFURI, vulgo anime da menina do escudo.
A premissa da obra é bem simples, mas depois de passar doze semanas escrevendo a respeito dos dramas familiares de Hoshiai no Sora, era disso que eu estava precisando.
A Maple é uma personagem muito carismática, e sua força defensiva absurda é o que chama à atenção no início. Muita gente brincou falando que o Naofumi tem que comer muito “arroz com feijão” pra chegar no nível dela, e foi engraçado de ver essa repercussão por aí.
Porém, além do Naofumi, também tive uma ligeira visão do Hajime de Arifureta nela… aí você me pergunta, mas por quê? Quem leu/viu a obra deve se lembrar que o Hajime devora alguns monstros — bem parecido com que a Maple andou fazendo quando comeu o primeiro boss que enfrentou.
Mas o grande ponto da obra é se divertir com a boa comédia que ela apresenta. A Maple colocando todos os pontos que ela tinha para distribuir no início em vitalidade foi hilário, principalmente, se somarmos a cena subsequente na qual ela se move em câmera lenta por estar com zero de agilidade.
Inclusive, eu comecei a rir de nervoso quando ela subiu de nível e não colocou nenhum ponto em agilidade; a moça simplesmente continuou upando sua vitalidade pra virar uma fortaleza ambulante.
A parte da comédia nesses três primeiros episódios ficou bem a par da Maple descobrindo sobre o jogo — tendo um leve upgrade quando a Sally entrou de vez para o elenco.
Outro ponto que eu achei legal foi ver a evolução da Maple no jogo — a progressão da resistência dela a veneno é um grande exemplo.
Começou fraca, passou para mediana, foi para alta; até se tornar imune (e adquirir um novo poder), isso foi bem bacana, pois mostrou como ela chegou ao status de “overpower”.
A propósito, são esses pequenos enfoques nos detalhes do New World Online e seu mundo que tornam a experiência ainda mais bacana. Normalmente, essas coisas ficam mais descritas no material original, mas a dupla direção de Mirai Minato e Shin Oonuma também tem se preocupado com isso.
Aliás, são dois diretores que talvez você conheça. O primeiro, Mirai Minato, é bem novo no mercado, tendo dirigido como primeiro anime o amado por muitos (e odiado por outros) Masamune-kun no Revenge.
Já o Shin Oonuma vem de uma ótima direção feita em Imouto Sae Ireba Ii, uma das minhas comédias preferidas de 2017 — além de diversas outras obras no currículo.
Voltando para o enrendo, tivemos um vislumbre do poder da Maple no episódio 2, no qual ninguém conseguiu causar dano nela no battle royale. Basicamente, a skill do escudo devorava qualquer ataque, fora outras vantagens absurdas dela. Nem em Isekais as pessoas ficam overpower tão rápido assim…
Para o jogo não ficar desbalanceado (como se já não fosse), os GM’s verificaram (e limitaram) os poderes do escudo da Maple, a deixando “nerfada”. Particularmente, não achei uma perda tão grande, basta ela usar essa skill com sabedoria agora.
Inclusive, achei que os GM’s iriam nerfar os status gerais dela, mas foi somente o escudo, então continua bem exagerado o negócio. Quer dizer, ela ainda pode matar 10 players um atrás do outro só de encostar o escudo neles… Qualquer desenvolvedor de games normal teria colocado limitações nessa skill, como por exemplo só funcionar em criaturas do mundo com level abaixo da personagem e não funcionar em players.
Um ponto que me agrada na Maple é seu estilo de luta, que é baseado em uma defesa absurdamente alta aliada à habilidades que causam debuff/status negativo nos oponentes.
Inclusive, há uma passagem bem engraçada da Maple na qual ela diz que bastava envenenar o inimigo e resistir até ele morrer — uma estratégia bem lógica, já que não vimos ninguém com tanta durabilidade (ainda) no anime.
E a Sally? Quer uma quebra de expectativa maior? Haha. O lógico a se pensar fazendo uma party com um tanque ambulante era uma classe como mago, por exemplo, mas a Sally escolheu espadachim, o que foi realmente uma surpresa.
Achei que por ela ser experiente seguiria mais regras e estratégias, mas ter as duas apenas jogando e vendo no que dá não é de todo ruim.
Em linhas gerais, este é um anime muito divertido — vale bastante como um entretenimento. É aquela ótima pedida para o fim de um dia estressante.
E vocês, o que estão achando de BOFURI?