Fate/Grand Order: Babylonia #12 a #13 – Impressões Semanais
Dois episódios acumulados, então vamos direto ao ponto. O décimo segundo episódio, se manteve bem dentro do que vinha mostrando, por mais que eu tenha algumas ressalvas sobre certas decisões da adaptação.
A parte das explicações sobre a morte do Gilgamesh são a melhor parte em tudo. Além de ser um pouco engraçado ver o grande Gilgamesh morrendo por algo bobo como excesso de trabalho, isso dá o ponto de partida para uma jornada em um lugar mais interessante que as cidades que vinha aparecendo (o submundo).
Lembrando que essa versão do Gilgamesh é humana, então, mesmo sendo poderoso a sua maneira, ele ainda é passível desse tipo de coisa, e como já vinham falando da doença que colocava as pessoas em uma espécie de sono eterno, é simples entender o que aconteceu ali.
No geral, a adaptação conseguiu apresentar bem esses pontos, mostrando os motivos da morte do Gilgamesh por algo banal, e explicando como eles poderiam recuperar a alma dele, já que o mundo espiritual é acessível fisicamente na era em que eles estão.
O ponto que não gostei muito foi o sistema de portões até chegar na Ereshkgal. Não me incomoda muito terem mudado o esquema de respostas (no jogo só pode escolher uma, e isso te leva a diferentes lutas), mas eu esperava que tivesse algo pelo menos mostrando o que acontecia depois dessas perguntas.
Adaptar cada um das lutas seria exagero, mas dava para terem colocado pelo menos algumas imagens estáticas, ou algo que deixasse claro que o caminho até a Eresh não foi fácil.
Tirando os efeitos que apareceram no corpo da Ishtar, ficou parecendo que o protagonista, literalmente, passou por uma rodada do show do milhões, o que não é lá muito interessante para ser o sistema de defesa de um lugar tão importante, quanto o submundo da história.
Por fim, o encontro com o Gilgamesh e a aparição da Eresh são onde o episódio voltar a ter um pouco mais de drama.
Caso alguém tenha ficado confuso, aquela versão fantasma/esqueleto gigante é a verdadeira aparência da Ereshgkal. Como no submundo ela tem poder absoluto, não precisa de um receptáculo para assumir a forma física, então fica daquele jeito (Na verdade, aquele é o jeito dela, a versão Rin loira que é a transformação).
De qualquer forma, a parte visual ficou muito boa, e a forma como ela faz a sua entrada consegue criar um gancho interessante para o episódio seguinte, que para mim, foi onde as coisas se saíram melhor.
Ao menos para mim, a luta contra a Eresh é uma das melhores dentre as Deusas recrutadas, já que todas as outras foram derrotadas com um certo tom de piada.
Ishtar foi comprada, Taiga eu nem considero, e a Quetzal foi convencida depois de uma tentativa de suicídio, entretanto, no caso da Eresh as coisas tem um tom de drama que consegue te vender essa mudança de lado.
É legal ver como a personagem foi humanizada em cima da mitologia que se baseia. Ela é uma Deusa gentil, mas por conta de ser responsável pelo submundo e, naturalmente, sobre a morte, acaba carregando esse fardo de agir como “vilã”, além de ter toda a questão sobre não poder deixar os seus deveres.
As motivações dela eram boas, por mais que dentro de uma visão meio distorcida disso, já que estava aprisionando as almas no submundo para manter elas seguras.
Então, por mais que ainda cai em uma repetição por ser outra Deusa sendo recrutada sem terminar a luta, esse confronto contra a Eresh consegue ser um pouco mais impactante por conta dos contextos da personagem.
Vale destacar também que, novamente, conseguiram aproveitar a participação do protagonista, mesmo ele não tendo capacidades para lutar.
No caso da Eresh em especial, essa aceitação que ele transmite era importante para mostrá-la que existia outras formas de se fazer aquilo, poderia salvar os humanos junto dele.
A Mash também merece algumas considerações, já que a sua participação na luta foi bem interessante. Ela não é feita para combate, então ficar recebendo as porradas é o que faz de melhor.
Vê-la usando o Noble Phantasma para receber a determinação da Eresh, como ela mesmo falou, pontua bem essa conexão que ela tem com o mestre dela, e a sua relevância dentro dos combate.
Por fim, depois de ataque cardíaco e um overdose de fofura da Ereshkgal, o anime termina com o encerramento dessa arco do submundo. A Eresh relembrou bem que faltam apenas dois dias para o ataque da Gorgon, então é o que deve acontecer nos próximos episódios.
O pós-crédito também levanta algo interessante, com o Gilgamesh teorizando um pouco sobre o que aconteceu com o corpo do Enkidu original, e o que poderia ser aquela versão que apareceu dele.
Agora o anime deve entrar no que daria para chamar de arco final, com o confronto contra Gorgon e a resolução da singularidade.
Vamos ver se o anime consegue manter esse nível até o final, e se lutas finais vão conseguir surpreender tanto quanto as que já tiveram até agora.
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