Watashi Nouryoku wa Heikinchi – O Isekai das referencias | Impressões Finais

Watashi Nouryoku wa Heikinchi de tte Itta yo ne! foi um daqueles animes divertidos de se assistir para passar o tempo. A qualidade técnica não é das melhores, e alguns problemas na direção acabam não tirando um bom proveito da história, mas, no final, ainda é uma obra que pode servir para passar o tempo, então bora falar um pouco sobre.

Começando pelo lado não tão positivo assim, o grande vilão do anime é a parte técnica, como falei mais acima. Ela não está entre as piores da temporada, mas também não é tão acima da média assim.

A parte da animação não chegou a me incomodar muito, mas a direção já teve um certo peso, principalmente quando se trata dos dramas.

Desde o início o anime deixou meio claro que não tinha como foco trazer algo pesado, então eu tentei não cobrar muito disso, mas ainda me passou a sensação de que as coisas foram feitas um pouco de forma desleixada.

Um bom exemplo é o passado da Reina, um das garotas do grupo principal. Por mais que não seja ruim, já que você acaba criando uma certa empatia por ela durante o anime, ainda é o tipo de coisa que poderia ser bem melhor aproveitada com um controle melhor das cenas.

Outro ponto que também não é muito beneficiado por isso, são algumas  partes da história que parecem meio rushadas, como foi o caso do final, onde você tem a apresentação do passado da protagonista mais porque tem que aparecer, do que realmente como o forma de elaborar o personagem dela.

Tirando esses pontos mais críticos, o anime funciona bem como um entretenimento. Eu, particularmente, prefiro esses “isekais piada”, do que os que tentam fazer algo a sério, então acabo ficando bem mais receptivo para o que está acontecendo ali.

No anime, o maior destaque vai para a protagonista, que a todo o momento está pensando, ou fazendo, alguma maluquice que envolve a cultura otaku.

As caras e bocas que ela faz são ótimas, e acabam encaixando bem com o timing de algumas piadas e ajudando a deixar os episódios mais engraçados.

A história também costuma jogar bastante referencia a outros animes, e a coisas que acontecem em mangás e light novel, com a protagonista, literalmente, contaminando os personagens ao seu redor com essa manias de otaku.

Ela também brinca bastante, em especial no início, com os esquemas de RPG, onde ela fica surtando por ver criaturas de fantasia em tempo real, então tem sempre algo ali para você notar.

Isso acaba fazendo com que você entre naquele modo “Capitão América” e fique se divertindo por entender a piada, ou se lembrar que realmente é assim que as coisas acontecem na maioria dos animes.

Além disso, um coisa que achei legal durante o anime foi o uso do fator overpower. Por mais que a protagonista seja bem forte, e os problemas mais sérios sejam resolvidos por ela, a história consegue aproveitar bem a relação em equipe que as quatro garotas criam.

As demais integrantes acabam treinando com a protagonista, e meio que absorvendo o lado OP dela, e isso faz com que passem a ser personagens confiáveis dentro do grupo, e não apenas espectadores.

Então, por mais que a protagonista seja o padrão overpower de isekais, as demais garotas conseguem ter o seu espaço e trabalhar juntas para resolver alguns problemas.

Outro ponto interessante é que amizade que elas criam consegue funcionar bem, e fazer com que seja legal acompanhar as aventuras que passam durante as suas missões.

Cada uma delas tem seu passado explicado, por mais que alguns sejam melhores aproveitadas que as outras, e claro, tem também a questão que falei sobre a direção lá em cima.

Mas, ainda assim, dá para simpatizar com cada uma delas e aproveitar os minutos que o anime gasta apresentando os dilemas e problemas que elas passam.

No final, Watashi Nouryoku wa Heikinchi de tte Itta yo ne! é um anime divertido, que tem seus problemas de produção, mas que não chega a incomodar muito, principalmente para quem gosta apenas de passar o tempo vendo animes.

Talvez espante aqueles que preferem obras mais refinadas, ou que estão cansados dos constantes isekais que surgem por aí, mas, pode valer a tentativa dos três primeiros episódios, para ver se pelo menos as brincadeiras e referencias valem a pena.

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