The God of High School #05 a #06 – Impressões Semanais

Depois de dois episódios  tortos, GOHS voltam com novos episódios mais controlados, por mais que, ainda assim, tenha seus problemas de narrativa.

Pelo menos não teve casamento nesse.

Servindo de gancho do episódio quatro, o drama envolvendo o Daewi teve seu destaque e eu até que gostei. Um pouco da relação entre ele e o amigo ainda é meio rápida, já que compilar tudo em cima da hora não vai me impactar muito, principalmente por não sentir muito bem os efeitos que o amigo teve na vida do Daewi, mas eu diria que foi um drama aceitável.

Pensei que o motivo da raiva dele era o amigo ter morrido, mas acabou sendo um “plot twist” o cara ainda estar vivo e tudo aquilo que ele estava fazendo ser para tentar ajudar o amigo nos últimos minutos que tinham, além de ter achado curioso o cara realmente morrer no meio da luta.

Terem explicado um pouco melhor essa motivação para bater na Mira daquela forma ajudou a deixar o episódio mais “assistível” para mim, até porque, os motivos foram ok, e justificam a forma violenta que ele lutou.

Ironicamente, o rush funcionou a favor da obra aqui, porque eu não sinto um grande laço de amizade entre os três, então não ficou me soando como uma grande traição ou coisa do tipo.

Explicado.

Já em relação a luta, fiquei feliz de não terem seguido para uma rivalidade, como eu tinha imaginado pelo final. Não sei se de novo isso é mais culpa do rush por ter ignorando parte dos confrontos de moral que o Mori teria ao enfrentar o Daewi em “vingança”, mas, de certa forma, funcionou e não foi uma luta chata.

Teve bastante movimento e rendeu o episódio. A única coisa que achei estranho foi terem usado imagens estáticas justamente quando entrou no clímax da luta.

Depois do Daewi perceber que poderia lutar a sério eu achei que ia rolar uma luta ainda mais movimentada, mas foi o contrário, tiveram apenas algumas cortes soltos e aquela tentativa de estilizar o confronto.

Eu até que acho legal mudar para fundo branco com aqueles golpes em tinta. Dá meio que um ar de pintura clássica japonesa que eu gosto, mas, para uma obra que veio emplacando lutas bem coreografadas, isso não impressiona muito, ainda entrando como o grande momento.

Primeira parte foi bem boa.

Para finalizar esse quinto episódio e o drama do Daewi, as coisas não são como eu gostaria. Para mim os dramas tem que serem construidos com o tempo para causar algum impacto, e quando se trata de motivações eu cobro ainda mais isso, já que ninguém muda de pensamento do dia para noite.

Esse “bola para frente” do Daewi é legal para o personagem, mas em termos de desenvolvimento para mim ficou bem abaixo do que gostaria.

Não vou entrar em muitas críticas porque já foi algo que comentei na última review, e meio que é um consenso de que o anime está estragado esses desenvolvimentos de personagens, então fica assim, apenas como uma ressalva de que mesmo achando que o episódio interessante, as conclusões em si estão abaixo do que eu esperava.

Não foi tão ruim quando o da Mira, mas ainda assim…

Já o sexto episódio para mim também ficou naquele meio termo. Foi legal finalmente terem entrado em um pouco mais de explicações sobre o sobrenatural, e finalmente os personagens se questionaram sobre os espíritos que apareceram nas últimas lutas, então acabou me entregando algo que queria ver.

O problema fica em cima das novas organizações que surgiram. Parece que era algo que eu deveria conhecer de antemão, mas que foi colocado agora na história sem levar muito bem isso consideração.

Não sei se é para fazer um certo mistério e tentar puxar o interesse do espectador, mas o tal dos The Six foram uma adição confusa para mim.

É interessante o velho lá dizer que quer treinar o Mori, mas eu não entendo muito bem as dimensões de importância que o grupo tem, ou o personagem em si.

O dono do torneio também ser um membro desse grupo não me disse muita coisa, e eu confesso que não fiquei curioso para tentar saber mais. No fim, é apenas uma informação adicionada ali que não me diz muita coisa.

Famoso clichê do mestre sábio barbudo.

A adição da outra organização também foi meio aleatória, na minha opinião. Aparentemente eles são o culto religioso que vinha sendo mostrado, ou pelo menos foi assim que interpretei.

A questão é que ainda é confuso os planos dele, e vê-los caçando outros personagens em paralelo ao enredo do torneio não colabora muito para explicar isso, já que eu não entendo muito bem o objetivo da história, e quando eu digo objetivo da história, eu digo saber o que o autor quer escrever.

Para tentar exemplificar melhor, Dragon Ball tem como objetivo fazer o Goku enfrentar inimigos fortes, e não tem nada de errado nisso. Você percebe bem como o autor construi essa ideia ao criar os arcos com inimigos poderosos e tudo mais.

Já GOHS até tem seus objetivos, mas a adaptação tem feito isso de forma vaga, o que faz parecer que nada importa muito. O torneio parecia ser o foco, mas foi passado por cima e agora é a fase dois mencionada nesse episódio o  novo destaque.

O culto religioso também está agindo por ali, mas não desenvolve muito bem o que quer além do “vamos mudar esse mundo” típico de coisas do tipo.

A organização do torneio também é outra coisa que está sendo mostrada, mas sem muito plano de fundo, o que vai complicado criar interesse pelas coisas que podem acontecer, já que vira um belo tanto faz sobre o futuro da obra.

Deveria me impressionar? Ficar curioso? Eu não sei.

Eu sei que esse episódio em si é voltado para mostrar a transição entre  o final do torneio e a próxima etapa, então o que falei mais acima não é exclusivamente sobre ele.

Como já estamos no sexto episódio, acho justo também aproveitar para dar uma impressão parcial, e por isso entrei nessa questão de ter um objetivo mais definido, coisa que tem sido o maior problema para mim até aqui.

Eu espero que agora que o roteiro chegou onde aparentemente queria chegar comece a ir com mais calma e construir melhor as ideias da história, até porque, como já li várias vezes nos comentários, o problema não está em The God of High School em si, mas sim na forma em que ele está sendo adaptado.

Extra

Ainda não entendo bulhufas do que muda nesses “escolhidos”.

Cara fez incríveis nadas… Duas vezes…

Não sei porquê dou risada dessas ideais malucas dele.

Como é que é?

Ok, eu sei que não é impossível explicar isso com algum coisa envolvendo super sensibilidade, mas é muito bizarro dizer que o narrador do torneio era cego.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.