Re:Zero II #11 a #12 – Impressões Semanais

Sem muitas delongas para começar a falar do que tem acontecido no anime, o décimo primeiro episódio de Re:zero me pegou um pouco de surpresa, não só por ter um ar mais pesado com aquele combo de acontecimentos na parte final, mas por também ir na linha oposto do que eu estava esperando ver.

Não imaginava que fossem resolver tudo agora, mas eu esperava que parte do problema fosse solucionado na mansão, porque já estamos no “final” da primeira temporada e tudo ainda está em aberto.

Isso poderia servir com um clímax intermediário para dar um “fechamento” para esses doze episódios, ou pelo menos, era o o que eu pensavam até ver tudo o que rolou.

Na parte das explicações, a situação da Beako foi como eu queria. Direto ao ponto, sem muitos rodeios e colocando tudo o que importava na mesa.

A situação segue aquela linha clássica de sofrimento por conta da imortalidade, mas as cenas ficaram boas e dá para sentir o peso que ela veio carregando até ali, principalmente após o livro deixar de dar as ordens para ela, o que indiretamente significa que a Beatrice perdeu seu motivo de existir.

O pedido para ser escolhida pelo Subaru meio que já faz foreshadowing de que os dois devem formar alguma espécie de contrato e ficarem juntos, então o episódio seguinte apenas confirma isso com o Subaru colocando em palavras.

As ações da Echidna em relação a Beatrice foram bem injusta, já que ela brincou com a garota por anos apenas para satisfazer a curiosidade de vê-la escolher uma pessoa.

Deixar o pedido de forma subjetiva fez com que a coitada ficasse esperando por alguém que nunca viria, e isso custou bastante do emocional dela.

A Echidna meio que planejou tudo para vê-la agonizando e desejando morrer com o passar do tempo, isso apenas reforça a conclusão que o Subaru chegou no final do décimo segundo episódio, sobre o quão fria ela.

Seguido disso vem a minha quebra de expectativas. Eu estava achando que iriam conseguir segurar um pouco melhor a Elsa, ou até mesmo resolver parte do problema, mas acabou que nada saiu do lugar e a Petra e Frederica foram mortas de novo.

Ainda não dá para dizer ao certo o porquê de estarem focando as duas empregadas, já que as coisas ficam meio bagunçadas quando a Rem entra na história.

As mortes encomendadas poderiam ser da Rem e Ram, mas como a Rem não existe mais, isso foi mudado para outra coisa, além de também ser possível que o alvo fosse a Frederica (empregada grande) e a Ram (Empregada pequena), mas a Petra está pagando a conta.

Eu também não vejo muito sentido na escolha delas como alvo, já que, mesmo tendo um pouco de background, a morte delas não me parece impactar muito coisa no mundo da obra.

A minha melhor suposição é que o Roswaal pode estar por traz disso para forçar o Subaru a tomar uma atitude e escolher a Emilia como prioridade e abrir mão das garotas da mansão (é o que deu a entender no final).

De qualquer forma, mesmo a Beako tendo mostrado que também serve para lutar, as coisas na mansão voltaram a estaca zero, e o Subaru tem que pensar novamente em como agir lá.

Continuando, a parte final do décimo primeiro episódio volta para a situação do santuário, já que, por alguma razão a Elsa não matou o Subaru nesse loop e ele ainda acabou voltando para lá de alguma forma.

A Emilia ter ficado doida de novo não é mais novidade, mas dessa vez adicionaram um pouco mais de camadas a isso, mostrando que não foi só a Bruxa que tomou conta dela, mas parte do problema é o seu próprio emocional  que foi quebrado nesse tempo que o Subaru se afastou e ela ficou fazendo o teste, e é aí que entra o que o Roswaal falou. É preciso tomar uma decisão. Deixar a Emilia ficar doida ou as garotas da mansão morrerem.

Se o Subaru vai fazer isso, ou se a própria história vai criar uma situação irremediável, só os próximos episódios dirão.

Falando no desgraçado do Roswaal, nesse episódio ele conseguiu superar as minhas expectativas e ser ainda mais filho da p…

Ter matado a Ram daquele jeito é uma baita de uma canalhice, e só mostra que ele está disposto a fazer de tudo para alcançar os objetivos que quer.

Mas o negócio mesmo é ele ter sacado que o Subaru consegue consertar as coisas refazendo os dias. Ter percebido isso sozinho é um feito e tanto, mas ainda não dá para saber se foi realmente dedução ou se o livro ajudou explicando algo.

A questão é que com isso ele pode até mesmo usar o Subaru para fazer as coisas que ele quer (como já pode estar fazendo), já que pode forçá-lo a resetar para salvar alguém e com isso apostar que o seu “novo eu” consiga fazer o que ele não fez.

Essa “briga” estratégica pelo uso dos poderes do Subaru é algo bem interessante de acrescentar na história, onde pode aparecer situações ainda mais complexa para resolver, já que mais pessoas podem estar se aproveitando do reset, então é algo que fiquei bem interessado em ver na prática daqui para frente.

Por fim, o Subaru acaba morrendo de novo e nos levando a situação do décimo segundo episódio.

Eu achei muito legal a nova perspectiva que mostraram das mortes, com os personagens sofrendo e gerando consequências piores, com o caso do Pack tentando destruir o mundo após a morte da Emilia.

Até então a minha visão dos loops era bem literal, com o Subaru morrendo, voltando na mesma linha do tempo/mesmo mundo para então refazer tudo.

Com essa nova possibilidade levantada pelo teste, o Subaru pode estar reencarnando em diferentes universos ao invés de voltar no mesmo, o que, como ele mesmo lamentou, significa que está deixando para trás mundos onde faz com que pessoas importantes para ele sofram.

Mesmo que isso nem seja bem uma verdade, ou que não chegue a ser tão relevante para o desenvolvimento do enredo, ainda é uma adição bem bacana para o funcionamento dos poderes do Subaru, deixando mais elaborado do que apenas o uso simples da magia.

Por fim, a segunda parte do  episódio é totalmente voltada para as Bruxas, ou melhor, para a Echidna. Acho que todo muito já estava meio que esperando por algo como o que aconteceu aqui.

Ela é divertida, possível waifu dessa temporada do anime, mas ainda é uma Bruxa. O Subaru estava precisando desse choque de realidade para entender que ele não está lidando com qualquer pessoa.

As Bruxas não adquiriram a fama que tem a troco de nada. Pode haver exageros, como toda lenda/mito tem, mas elas mesmas assumem os maus que fizeram, então era meio que óbvio que a Echidna não era tão gente boa quanto parecia ser.

Eu gostei justamente de como essa parte veio para meio que te puxar para realidade e mostrar quem ela realmente é. Me lembrou até um pouco de Kizumonogatari, quando você para e percebe que aquela personagem que você vinha admirando e simpatizando é, em verdade, um espécie de monstro.

A forma como ela quer tudo para si (Sabedoria, Subaru e tudo mais), e está disposta a fazer qualquer coisa para isso, mostra bem o título que ela tem de Bruxa da Avareza, que nesse caso em questão toma mais o lado de ganancia do que ser pão-duro.

O curioso também, é que as outras Bruxas ajudaram intervindo e atrapalhando o plano da Echidna de fazer o contrato com o Subaru sem ele perceber os perigos que tinha naquilo.

Elas já deixaram claro que tem seus próprios interesses no Subaru, mas a pergunta ainda é o que exatamente são esse interesse.

Por fim, o surgimento da Bruxa da  Inveja no chá da Echidna foi algo totalmente inesperado para mim, porque eu pensei que ela não fazia parte do grupinho das seis Bruxas que estavam ali.

Esse gancho para semana que vem me deixou bem curioso, não só para saber como o Subaru vai sair daquele lugar depois de recusar a proposta da Echidna, como também por poder ver um pouco mais da tão falada Satella.

Extra

Engraçado como esse é o exato sentimento do episódio. Eu mesmo não sinto com as mortes porque automaticamente penso que o Subaru vai voltar e consertar isso.

Uma salva de palmas pro menino Garfiel que priorizou curar a Ram ao invés de tentar se salvar.

Toda essa história de livros, roteiros e seguir o que está escrito, me fez ficar pensando que talvez o Subaru possa ser uma versão melhorada disso tudo. Ele tem que seguir o futuro escrito para ele, mas tem a diferença de que pode controlar certas coisas dentro disso.