Kumo Desu ga Nani ka #01 a #03 – Bem melhor do que eu imaginava! | Primeiras Impressões
Depois de ter ficando sem esperanças com os rumos que a adaptação de Kumo Desu ga Nani ka parecia estar levando (limbo de informações, staff pouco confiável e CG everywhere), eu tenho que dizer que o anime está se saindo muito melhor do que eu imaginava.
Por mais que tenha algumas coisas que poderiam ser melhores, a adaptação é competente e vem me surpreendendo de forma bem positiva, em especial, o roteiro, que tem entregado uma experiência diferente do mangá ( foi o único que li).
Em essência, ainda tem boa parte daquilo que me cativou tanto na obra, mas as mudanças e, principalmente, as adições, fazem com que assistir o anime seja bem divertido.
Uma dessas ditas mudanças que me agradou é já terem introduzido os outros alunos da sala da protagonista.
Eu não sei com a Light Novel segue, mas o mangá não mostrou eles, pelo menos não até onde eu tinha lido, então foi algo que me pegou bastante de surpresa, porque não fazia ideia de que tinha mais personagens iguais a Kumoko (aranha).
Está certo que os trailers diminuíram um pouco disso para mim, mas o resultado ainda é positivo, porque me deixou curioso para saber como vai ser quando a protagonista encontrar seus velhos “amigos”, se encontrar, claro, e o que pode acontecer nisso tudo.
Fora que, uma ponto que me deixou bem satisfeito nesses três episódios é que esses personagens adicionais não são apenas para contrastar com as desgraças da protagonista e gerar meio que um alívio cômico no fato deles terem reencarnado bem.
Por mais que de forma menos detalhada que a Kumoko, todos os outros alunos tem um plano de fundo interessante.
Tem o garoto que reencarnou no corpo de mulher, a garota que voltou como um dragão e a professora que tem um certo ar de mistério com os seus recrutamentos paralelos dos alunos perdidos naquele mundo.
Todos ali tem uma funcionalidade e dilemas que vão além de só servir para mostrar que a protagonista foi a mais ferrada na história e está passando por problemas de graça.
O terceiro episódio, em especial, foi de longe o que mais desenvolveu esse aspecto, focando um bom tempo na vida dos alunos e mostrando que existem pessoas ali também, como é o caso da inveja do Hugo e aparente influência que o Shun sofreu na mudança de vida (irmão e irmã pesando nas escolhas).
Fora que a garota-dragão rendeu uma cena muito boa com ela questionando se a forma atual não era um punição por ter praticado bullying justamente com a Kumoko, que está em uma condição pior do que dela.
São por conta desses detalhes, que antes não existiam para mim no mangá, que a adaptação vem se mostrando cada vez mais surpreendente, já que incrementa a experiência ao invés de só repetir um exemplo que já estava pronto.
Porém, claro, não dá para não falar sobre a protagonista. O mangá conseguiu me cativar muito por conta da forma como faz a evolução dela através dos níveis e tudo mais.
Isso é algo meio que particular para mim, já que vai para aquela linha de bater com os meus gostos e parecer ainda mais divertido, então não vou assumir que seja algo incrível ou original. Diria que é apenas divertido, sem grandes porquês por traz.
Até certo ponto, o anime tem conseguido entregar isso de forma ok. Por conta do rush eu não consigo sentir tanta tensão nos primeiros confrontos que a Kumoko teve, como foi no mangá.
Lá até as lutas contra os sapos pareciam mais complicadas, e a sensação de urgência, no caso, ver ela procurando comida e recursos, era melhor.
A própria introdução do dragão de terra cai nisso, já que não tem aquela pega de “Aí meu Deus, se ela já tava sofrendo com sapos, imagina com esse bichos”. Só acontece e pronto.
Não significa que está ruim, mas é o preço que o anime tem pagado para manter um maior fluxo de informações ( os outros alunos), o que até então vem sendo uma troca justa para mim.
Já em relação ao CG, no geral você não sente muito uso dele, porque não tem muitas coisas para se comparar com os monstros durante as partes da Kumoko.
O problema é quando acontece como foi no terceiro episódio, onde o CG se mistura com o 2D, ou trocam ele pelo traços tradicionais.
Fica bem nítido a diferença, mesmo que individualmente ambos estejam bem feitos, então acaba causando aquele estranhamento por ver algo muito destoante na cena.
Ainda não é a pior coisa do mundo cof cof Arifureta cof cof, mas também não parece natural.
Em resumo, para quem esperava a pior das coisas vindo da adaptação, o anime de Kumo Desu ga Nani ka tem se mostrado bem surpreendente, com adições que deixando a história mais interessante, trabalhando vários aspectos, não só da reencarnação da protagonista, como também dos demais alunos.
Pode valer a pena dar uma chance e acompanhar esse isekai que mistura de forma original as ideias de um jogo e a reencarnação.