Mushoku Tensei #05 – Impressões Semanais

Depois de ter terminando o último episódio de uma maneira meio solta, essa semana Mushoku Tensei começou explicando o porquê da decisão de mandar o Rudeus para longe de casa.

Por mais que eu ache precoce a decisão do Paul, já que eram duas crianças e daria para tentar discutir um pouco mais, ou até mesmo esperar para ver se a maturidade faria seu serviço (O Paul não sabe que tem um cara de 30 poucos anos dentro do filho dele), os argumentos são validos.

O Rudeus e Sylphie estavam muito dependentes um do outro e isso poderia prejudicar ambos no futuro, ainda mais levando em consideração que os tempos ali são outros, e eu duvido que ver o filho tendo uma vida de fazendeiro, ou coisa do tipo, fosse a vontade do “guardião” daquela vila.

Em um contexto mais geral, essa decisão do Paul também é interessante porque força um certo desenvolvimento em cima do protagonista.

Por mais que a situação ali fosse totalmente diferente, ele estava meio que se apegando de novo a uma zona de conforto, igual na sua vida passada.

Motivo válido.

Seguindo, temos o encontro com a Eris que, sem sombra de dúvidas, foi memorável para o Rudeus. A troca de amores entre os dois me deixou até meio surpreso, porque a garota é filha de um nobre, então o risco ali era alto, mesmo que ele fosse parente do prefeito.

De qualquer forma, depois de perceber que conversa não ia levar a lugar nenhum, o plano do protagonista foi até inteligente.

Forçar a garota a ter confiança nas habilidades dele ajudaria a deixar os ensinamentos mais fáceis, mas tinha o grande problema de ter alguém esperando a oportunidade para agir.

Uma amor de pessoa.

Tudo bem que a gente acabe pensando vez ou outra que crianças birrentas mereçam levar uns tapas para aprender, mas o negócio ali foi para outro nível.

Desnecessário dizer que o espancamento da Eris foi brutal, e marca bem o que está acontecendo. Os caras não estão seguindo o plano do Rudeus.

Sorte da Eris que magia de cura existe e isso diminui o estado crítico que ela estavam, mas… A cura pode recuperar os machucados, porém, não conserta o psicológico, e é bem isso que eu espero ver daqui para frente.

Ela não me pareceu aquele estereotipo de garota com talento, e por isso esnoba os professores, tanto que nem tentou bancar a heroína e lutar, então a violência que sofreu deveria ser algo marcante para ela, não só como uma forma de criar um laço com o Rudeus, mas também para mostrar que o mundo fora do castelo é bem diferente do que ela imagina.

Descobriu do pior jeito que não é legal ser babaca com todo mundo.

Por fim, temos a luta contra o grupo de sequestradores. Para quem estavam esperando para algo mais movimentando, o episódio deve ter cumprido as expectativas porque é uma boa sequencia de lutas.

Não é nem por serem super bem animadas e coreografas, mas por manterem um bom balanço e a tensão em cima do que vai acontecer.

Gostei de ver um pouco mais das habilidades do Rudeus, que até então eram mais focadas em fazer coisas do que em combates.

Ele se mostrou bem experiente em como usar magia para atacar, e deu para ter uma ideia melhor de como luta, diferente do que foi com o Paul, onde foi um combate mais unilateral.

Uma luta mais elaborada.

Falando nisso, deu para ver novamente que o Rudeus não é nenhum grande talento daquele mundo.

Os sequestradores não pareciam ter ninguém com habilidades notáveis e, mesmo assim, conseguiram ficar de frente com protagonista e, teoricamente, ter vantagens na luta.

Ele até manteve uma boa postura durante o combate, mas, se não fosse pela entrada da Ghislaine – que fez uma senhora entrada, diga-se de passagem – o Rudeus poderia ter morrido ou ficado gravemente ferido, deixando claro que ele ainda precisa de mais treinamento para poder se destacar ali.

Se já foi complicado aqui, imagina com os vilões de verdade.

Para completar, uma última coisa que achei bem interessante nesse episódio foi a reação do Rudeus ao ver o corpo decapado.

Isso me remeteu muito ao que o autor tinha comentado a uns tempos atrás, sobre ele ainda enxergar aquele mundo como um jogo, e não como a sua realidade.

O choque que ele tem ao ver o sangue e o corpo jogado no chão passam um pouco dessa sensação, de que foi ali que a ficha dele caiu, que finalmente percebeu que mesmo atirando bolas de fogo para todo lado, ele pode terminar em uma situação do tipo.

Não sei o quão mais disso vai ser usado, mas se na semana passada o anime tinha dado uma derrapada nas minhas expectativas, essa semana conseguiu recuperar boa parte dela, me deixando curioso para saber como os personagens vão seguir depois desse evento com os sequestradores.

Extra

Personalidade ela tem.

Gostei muito de como introduziram ela. Mesmo sendo, com o perdão da palavra, escrota no comportamento, isso é o que dá personalidade para ela ser interessante.

A forma como age durante o episódio, tendo que engolir o orgulho para ser salva, e mantendo a promessa de não gritar até em situações como essa, mostraram que ela tem uma personalidade bem forte e única.

Jurava que ele ia considerar mais vender a menina.

Galhada da Zenith já não passa na porta.

Só coloca essa mulher para lutar de verdade.

Ele até que tentou…

…Mas o cara tava de hack.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.