Mushoku Tensei #10 a #11 – Impressões Finais
Mushoku Tensei chegou ao final da sua temporada com dois episódios interessantes. Por mais que eu não tenha achado o décimo episódio também impressionante, o anime teve um encerramento bom, fechando alguns relacionamentos importantes e prometendo uma aventura maior para a sua segunda temporada.
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Um final simples, mas bom.
Resumindo, esses dois últimos episódios são voltados em construir a relação da equipe do Rudeus, com o Ruijerd sendo a bomba relógio que poderia colocar tudo a perder, e a Eris, bem… Sendo a Eris.
Em termos de história, o décimo episódio foi bem modesto, mostrando como funcionam as cidades na região dos demônios e o sistema de guilda, onde, claro, o Rudeus acabou enxergando a oportunidade conseguir dinheiro e um jeito de se manter vivo até voltar para casa.
O mais curioso nessa introdução foi, novamente, a aparição do Deus dos humanos, que deixa bem claro estar meio que jogando com o destino do Rudeus.
Se não fosse pela sugestão dele de aceitar a missão, o desfecho do último episódio poderiam ser bem diferentes.
Basicamente ele fez com que o protagonista agisse de acordo com seus planos para movimentar o Ruijerd, ou até mesmo o próprio Rudeus, para uma direção que ele gostaria, levando a um desenvolvimento mais importante, como foi aquela cena do final.
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Foi um desenvolvimento legal.
Outra questão bem pontual do décimo episódio é o fator bomba relógio do Ruijerd. A forma como ele mata o trambiqueiro por dar um chute no Rudeus era o que eu queria ver a respeito da imprevisibilidade dele quando se trata de crianças.
Se for para proteger uma, ele faz o que for necessário, e ali a gente tem uma boa amostra disso, com ele jogando todo o planejamento do Rudeus fora por conta desse detalhe.
Vale ressaltar também que foi bem interessante ver a reação do Rudeus ao notar que ele não consegui entender o que estava fazendo de errado, dizendo que não queria sentir medo dele.
Coisas assim acrescentam bem ao personagem e a sua personalidade, dando uma toque legal para o que pode acontecer no futuro se esses impulsos de raiva não foram controlados.
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Ruijerd não tava para brincadeira.
Seguido disso, o décimo primeiro episódio tem uma cena que achei muito boa. O grupo de demônios crianças não teve tempo de tela o suficiente para te fazer criar empatia, mas a forma como a cena te faz pensar “puts, já era” passa bem a sensação que o Rudeus deve ter sentido.
Ele ainda parece um pouco perdido sobre como agir em situações mais complexa, o que eu acho muito legal, porque esse seria um cenário mais realista para uma reencarnação em outro mundo.
A gente pode estar a acostumado a ver acontecendo, e até pensar no que faria no lugar, mas a realidade é diferente (como reagir a assaltos), e é meio que isso que o Rudeus tem sentido nos últimos episódios.
Mesmo que o conhecimento dele possa ser útil para tomar vantagens, o funcionamento do mundo não é igual ao dos mangás/animes que ele acompanha, e imprevistos simplesmente acontecem, como foi o caso do garoto sendo morto por ele ter hesitado demais.
Vale notar também que ele estava disposto a destruir a cidade para manter a Eris segura, o que não é lá tão diferente assim do que o próprio Ruijerd disse há algum tempo.
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A vida tem dessas.
Outra coisa interessante do final do anime foi ter uma ideia do que aconteceu com o povo da região em que o Rudeus vivia.
O Paul conseguiu ficar bem, mas as garotas também foram levadas para outros lugares, incluindo uma das crianças.
Por mais que sem muitos detalhes, dá para entender que o problema foi bem maior do que apenas jogar o Rudeus com a Eris para outro continente, e que mais pessoas também estão desaparecidas, algumas até mortas, como dá para ver pelo mural.
A volta da Roxy, com os dois novos membros do grupo, também é interessante, mas isso é mais para criar hype na segunda temporada, já que a aparição deles foi bem pontual.
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Mas a elfa já tem minha atenção.
Por fim, o último episódio fechou com um pouco de desenvolvimento na relação entre o Rudeus e o Ruijerd. Gostei de ver o diálogo entre os dois sobre ter alguém para proteger, e como isso mostra uma boa determinação para o protagonista.
Ele não tinha objetivo algum na vida passada, então encontrar esse tipo de motivação é bem legal para o desenvolvimento dele, já que vai mostrando que está deixando para traz aquela mentalidade que tinha (será que vai passar a se ver como criança na frente do Deus dos humanos?)
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Devagar, mas está indo.
Concluindo, Mushoku Tensei teve seus altos e baixos, mas até que foi um bom entretenimento. Existem problemas técnicos, e certas decisões do autor/roteirista são bem questionáveis, porém, ainda não foi uma obra que me fez sentir desperdiçando tempo.
Não diria que estou com o mesmo hype do inicio para a segunda temporada, mas daria um chance para ver até onde o anime pode ir com esse novo arco de aventura.
Extra
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Eris god.
Mas falando sério. Eu não acreditava que ela fosse fazer nem metade do que tem feito nas lutas. Ela batia de frente com a Ghislaine, mas pensei que fosse sofrer mais nas lutas contra monstros.