Impressões Semanais: Owar no Seraph Episódio 10 – Yu e Mika

…Bem, tá legal, mas… não tanto.

Nesses dois últimos tudo continuo lento, e parece que se esqueceram quase que completamente que o objetivo era ir para Terra. Gosto de estarem tentando mostrar um pouco mais dos outros personagens, no caso o Akihiro, mas a trama dele com o irmão parece que só foi colocada para ganhar tempo. Além do que os vilões piratas que introduziram parecem outro esteriótipo de adultos malvados. Além do mais, o próprio irmão do Akihiro dar as caras num timing desses é uma tremenda forçação de barra.

Sobre outros personagens: Kudelia continua contemplando a própria inutilidade, Mikazuki… tá lá, Orga continua bacana mas espero que a insegurança dele não acabe num ciclo repetitivo como a da Kudelia, Takaki acordando com os amigos no final do ultimo episódio foi legitimamente bonitinho. Eu teria mais coisa pra falar, mas economizar caracteres para o que me empolgou de verdade.

Eeeeeeeeeeehhhhhh mas o que?

Depois de dez episódios de casos episódicos-mas-não-tanto finalmente a série entra de cabeça no clímax. Não vou ficar comentando muito o episódio passado por que apesar dele ser bem interessante (focado no Jaguar, o viajante do tempo do grupo e nos paradoxos temporais criados pelo mesmo) mas não tem nenhuma conexão direta com o dessa semana. 

Num resumo bem básico: Claude, um novo “vilão” aparece. Ele acredita que todo superhumano por algum ideal nobre, e com isso, discorda do uso de suas forças em ações do governo e similares. Nisso, ele destrói o “primeiro submarino movido com superhumanos”, criado pelo governo americano (olha eles aqui de novo!). Como resultado, é revelado os podres envolvendo experimentos humanos que a arma escondia. 

Até ai, nada fora do esperado, mesmo antagonistas de ConcreRevo costumam ter alguma boa intenção por trás, e o episódio de hoje é um dos que mais reflete o clima da Guerra Fria: Japão sendo fortemente pressionado e influenciado pelos USA, saindo de um forte desenvolvimento depois da guerra. 

Apesar das intenções de Claude serem até semelhantes com as da Superhuman Berau, mas um acordo com o Secretário de Defesa aprovaria uma lei que protegeria os superhumanos contanto que ele fosse detido. Kikko se interessa por Claude e vai por conta própria atrás dele…

RAPAZ, O QUE FOI ISSO!? UM MONTE DE SANGUE, GENTE MORTA E EVIL KIKKO WAAAAAAAAAATTTTTHHH!!!!! FALARAM QUE O GEN UROBUCHI IA ESCREVER ESSE BAGULHO, MAS PRA QUE?! Sério, eu não esperava esse clima de sóbrio no final, caramba. Concrete Revolutio é com certeza uma série que tenta: ter conteúdo e surpreender. Talvez não funcione sempre, mas eles tentam! Claude tem alguma ligação com Jiro, como Kikko estranhou isso também chuto que ele seja o Raibow Knith, veremos. Doida para ver mais da série.

Achavam que eu tinha abandonado esse barco, hein?

Semana passada eu me atualizei com Seraph apenas por que sim, algo me disse para fazê-lo. E… me surpreendi? Essa temporada com certeza vai acabar bem melhor que a primeira por vários motivos, o que chega a ser meio triste já que o pico da série vai ficar nos terços finais (o famoso “quando fica bom, acaba”). Se tiver um final minimamente decente eu posso dizer que acompanhei o anime sem me arrepender e que até gosto da série. Provavelmente vai ser bem aberto, mas… ah, acho que vou ler o mangá.

É lógico que o anime ainda tem problemas, um bom pedaço deles nos personagens. O bando do Harumi por exemplo tem uma falta de carisma gigante e isso é um pecado bem grande. Por mais que não dê para trabalhar todos os personagens individualmente, acho importe que ao menos eles funcionem bem como grupo, o que não aconteceu. Ai se todo mundo morrer… eh, ok, tanto faz. Yu também está longe de ser um bom protagonista, por mais que ele tenha deixado de ser um babaca briguento, ele continua burro feito uma porta. Quer dizer, ele quase se matou por overdose sem querer. É uma das quase-mortes mais estúpidas que eu já vi, sério. A estupidez e impulsividade é uma característica do personagem, mas não deu para levar isso à sério. 

Ainda assim, essa temporada tem seus méritos por ter conseguido um produção muito mais estável que a primeira mesmo tendo teoricamente menos tempo. Não apenas as lutas ganharam uma animação decente, mas cenas mais dramáticas estão com uma direção mais marcante e character art mais expressivo. Isso combinado à linda arte de cenários do Estúdio Pablo faz o anime ficar visualmente invejável. Além disso, a ausência de elementos deslocados como a”escolinha” da primeira temporada fazem essa  mais atrativa para certos públicos. Somando ainda as qualidades, as intrigas internas, tanto dos humanos quanto dos vampiros são interessantes de observar. Temporada passada era muito obvio o quão os vampiros eram o lado ruim, egoístas, monstros de verdade. Nada mudou pra eles nesse sentido, mas os humanos a cada episódio vão se mostrando cada vez mais questionáveis, quase dignos do ódio do Mika que pareceu infundado no começo. 

O que me convenceu de vez à simpatizar com o anime no entanto foi a cena do Mikaela indo FEITO UM LOUCO  pra cima de todo mundo tentando “salvar” o Yu. É SÉRIO, ELE BATEU EM TODO MUNDO NO CAMINHO, ESSE MENINO TAVA INSANO! Eu tava quase pulando da cadeira vendo aquilo! Além da cena ser muito bem animada, não dava para ficar indiferente com a emoção do Mikaela. Enfrentar um pelotão inteiro é quase tão imprudente quanto os atos suicidas do Yu  mas passaram o quanto ele estava determinado, ignorando qualquer ferimento e distração e só seguindo em frente. É esse tipo de frenesi que a série precisava!

Com tudo em dia fui para o episódio dez e….

MEU DEUS DO CÉU ESSE EPISÓDIO EU NEM SABIA ONDE ENFIAR A CARA QUANDO ASSISTIA. ERA UMA INSINUAÇÃO À CADA DOIS MINUTOS, não, UMA POR MINUTO. EU TINHA QUE CUIDAR PARA VER SE NINGUÉM TAVA POR PERTO PORQUE CARALHO

AAAAHHHHH RAPAIZ, RAPAIZ!!!!!!!!!!!!!

REPAREM NOS DETALHES DA IMAGEM ACIMA:

>A mão do Mika no joelho do Yu

>A mão do Yu no cabelo do Mika

>D-Dat ass

>A porra da expressão do Yu

EU JÁ LI MUITO YAOI COM MENOS TEOR HOMOERÓTICO QUE ISSO!!!11!!

SEM BRINCADEIRA, se eu tivesse que ensinar alguém o que fazer para apelar para fujoshis eu mandava ele assistir esse episódio que seria um guia completo. A interação do Yu com o Mika, cheia de contato visual, toque com as mãos, conversas afetivas… basicamente qualquer coisa que não chegasse a um beijo ou similar tava rolando. Isso que o episódio inteiro foi praticamente só com os dois na tela. Tudo bem que a série sempre se vendeu forte para o público feminino mas… minha nossa, foram longe.

Isso não quer dizer que tudo seja um fanservise gratuito, pelo contrário: a relação do Yu com o Mika é importante, protagoniza a série desde o primeiro episódio, os dois são os personagens mais importantes de seus respectivos núcleos, além de serem a principal representação do sofrimento que tanto os vampiros quanto os humanos vem causando. A ideia de família que a série vem repetindo de maneira um tanto exaustante, da importância de valorizar os laços de confiança e afeto, mesmo que não sanguíneos, também partiu deles e vinha sido construída na série toda. Então, nada mais justo do que dar um episódio todinho só para os dois se reencontrarem.

Além do que, o episódio mostrou mais algumas qualidades em relação ao resto da série: a imaturidade do Yu provou ter seus momentos gostáveis. Se ele tivesse agido de outra maneira provavelmente não teria conseguido tirar Mika da própria miséria. E com certeza esse fosse o ápice da miséria dele até agora: quase morrendo da fome e dos ferimentos, a ponto de perder a razão, e ainda relutando para não machucar a ultima pessoa que ele consegue depositar alguma confiança. A inocência do Yu realmente deu alguma esperança para o Mika, foi mesmo mérito dele próprio e não de algum poder de terceiros. Mika, aos poucos, talvez retome a confiança nos humanos Yu fica tão mais gostável com o Mika por perto que eu quase queria que eles tivessem se encontrado antes.

Por ultimo, acho legal que aparentemente todas as OSTs dramáticas foram pra esse episódio. Praticamente todas as músicas tocadas nele eram de piano. Isso fazia uma tremenda falta nos anteriores, em que colocavam uma track que mais parecia de batalha que emocional e ficava tremendamente fora de tom. Já tava na hora, Sawano.

Enfim, Seraph depois desse tempo todo conseguiu ganhar a minha simpatia. Agora, é só terminar bem essa viajem. Vamos, Seraph, não jogue meus elogios fora!

Eu estava pensando que Claude talvez seja uma referência à Skull Man, mangá clássico do Ishimori. O período seria de acordo, além lógico do capacete de caveira, Eu nunca li a obra, só assisti um pouco do anime (que é muito mais recente) tempos atrás, mas o Gyabbo! fez uma review do mesmo.

Eu queria ter feito piada com esse preview semana passada, já comentava por ai que o armário não podia ficar mais transparente… incrível que superou todas as minhas expectativas.