Impressões Semanais: Gundam Iron Blooded Orphans e Concrete Revolutio 9

Casos em família.


Gundam: Iron Blooded Orphans – Episódio 9

Ok, esse anime tá legal e tudo mais,  mas acho que to cansando.

Nesse episódio: Tekkadan faz uma aliança com os Turbine, Kudelia se acerta as contas e vamos lá para a Terra (agora vai, AGORA VAI).  Enfim, já deu para perceber que o anime tá começando a ficar um pouco arrastado. Não necessariamente lento, só que está me dando a sensação de estar batendo sempre na mesma tecla. De certo modo, eu gostei de terem continuado o tema sobre família do episódio passado mas… tem umas coisas dando deja vu.

Kudelia por exemplo, é uma personagem que eu ainda gosto, mas o que parecia um desenvolvimento dela como líder está começando a parecer um andar em círculos. Ela descobre que as ações dela são ingênuas, fica insegura, conversa triste com alguém sobre o assunto e volta lá com uma decisão. Funciona? Sim, mas estão repetindo demais a fórmula, de maneira que a personagem nunca avança. Ainda espero que ela melhore, mas tomara que não insistam nisso por muito mais tempo.

Ao menos Orga parece estar crescendo, e estão deixando claro que ele também tem inseguranças e sente o peso da própria responsabilidade como líder do grupo. A cena dele dando doces para os membros do Tekkadan mais novos, depois saindo num bar com os mais velhos e por fim ficando bêbado (!) foi bem simpática, e mostrou outra faceta do personagem.

E por ultimo: eu queria mais foco nos outros membros da Tekkadan e… sério que a justificativa para o harem foi “certos homens tem muito amor pra dar”? Sério? Que desculpa do caramba é essa pra pular a cerca? POXA

Concrete Revolutio: Episódio 9

Uma família como todas as outras, só que viveram um pouco mais.

Concrete Revolutio consegue de novo pegar mais uma ideia interessante de super-humanos e trabalhar ela direitinho dentro de outro episódio auto-conclusivo gostoso de assistir. Fora que além disso, ele se curiosamente se passa pouco tempo depois do Jiro deixar a organização por diferenças ideológicas.

De qualquer forma, a história dessa semana se centrou numa família de imortais cujo o pai foi separado na segunda guerra e estava até então preso pelo governo americano, que pesquisava a sua anomalia. Haveria a possibilidade de reunião, mas com a condição que a família seria registrada e pesquisada numa parceria entre EUA e Japão. Como o esperado, Jiro ficou com o pé atrás por temer os abusos que eles sofreriam no processo.

Acho incrível como Concrete Revolutio trás esses comentários sempre com uma ideia interessante por trás. Na prática, apesar de terem vivido centenas de anos, os familiares não agiam ou pareciam ser diferentes de qualquer outra, o que realmente torna o uso de experimentos tão brutais usados pelos americanos. O conceito da imortalidade, vendo a família não como apenas pessoas com super poderes, mas sim algo muito maior, foi bem bacana. Afinal, eles eram seres que deveriam ser protegidos por não serem assim tão menos vulneráveis que seres humanos normais ou não, por que nem a ultima tecnologia bélica poderia matá-los? Isso fez com que o clímax ficasse ótimo.

Enfim, tudo muito legal, mas cada semana o risco desse anime não acabar bem se não confirmarem um segundo cour aumenta. CRUZEM OS DEDOS.

EXTRAS

Esse robô me fez um pouco dos outros animes da dupla Seiji Mizushima e Sho Aikawa (diretor e roteirista), que são o primeiro Fullmetal Alchemist e UN-GO. O episódio se posicionou de maneira bem clara contra o militarismo e abuso de recursos humanos para o mesmo. Isso é tema recorrente em Fullmetal, e UN-GO se passa num período pós-guerra traumatizado (lógico quem em FMA é adaptação, mas tem muito conteúdo original e a visão da própria staff).

Eu ia falar, mas tá tarde e quero dormir.