Impressões semanais: Gundam Iron Blooded Orphans & Concrete Revolutio 4

Quantas receitas você sabe fazer usando milho?

Gundam Iron Blooded Orphans: Episódio 4


Um pouco de descanso, para variar.
Esse episódio, diferentes dos anteriores, não teve nenhuma sequencia de ação ou algo dramático do tipo, mas sim um pouco mais de build-up e chance para personagens mais secundários darem as caras. Não foi uma quebra brusca do ritmo, no entanto, já que a série continua com muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. 
Orga não está relacionado com o texto, mas não dava pra deixar essa piscada passada em branco.
Primeiramente, começaram o planejamento para ida à Terra como escolta da princesa, a primeira missão formal do Tekkadan, ou seja, um primeiro sinal de independia (que segue com o novo símbolo do grupo, mostrado no final do episódio). Uma pena que eu achei que a tomada do poder das “crianças” iria afastar um pouco do esteriótipo de adultos malvados que existe desde o começo do episódio, mas o Todo (o barrigudo com bigode) começando a conspirar prova que eu estou enganada. (Ao menos o mecânico do grupo continua como um personagem simpatizável). Esse trecho foi interessante, ainda assim, por ver um pouco do plano em si, mas mais que isso foi mostrar alguns aspectos sociais de Marte ao longo do episódio.
Kudelia aprende mais sobre a vida dos soldados e mesmo da pobreza de Marte: mesmo uma plantação daquele tamanho não pode sustentar uma família sozinha, e então precisam usar outro jeito de subsistência, mesmo que arriscado. Enquanto isso. ela pode pagar por proteção. Ainda no episódio foi deixado explícito que um grupo de personagens viviam ali praticamente escravizados. Esses extremos de desigualdade social podem deixar a série um pouco melodramática para alguns, mas por enquanto funciona e entretém.
Concrete Revolutio: Episódio 4
E então, quem são as verdadeiras bestas da história toda?
Concrete Revolutio mais vez vem desmistificar um clichê de super heróis, no caso um bem comum na cultura popular  japonesa: monstros gigantes (kaiju). Fazendo relação com o primeiro episódio, a sumida de um herói fez com que houvesse um surto de bestas pelo país, e cabe ao time de proteção de super humanos resolver isso. 
Como questionamento desse episódio tivemos se os monstros são realmente um problema para a sociedade ou se é possível conviver com o mesmo e que eles  não tem culpa dos danos que causam. A culpa seria dos próprios humanos que causam situações para que os monstros se formarem. Isso não é um tema novo, na verdade, existe desde que esse tipo de trope começou a ficar conhecida, com Godzilla. No entanto, questionar a crença de seus personagens é uma característica típica do diretor desde o Fullmetal Alchemist (o de 2003) e UN-GO que eu gosto bastante.
Jirou fica firme quanto a sua posição de que bestas precisam ser eliminadas, Kikko se sensibiliza com elas e ainda como terceira opinião temos o Raito que suspeita do uso das criaturas como meio de fazer propaganda positiva para os super humanos (o que realmente estava acontecendo). Para criar simpatia com os kaijus, acrescentaram um bebê de kaiju cujo o irmão mais velho foi morto anos atrás.
Uma coisa diferente desse episódio dos demais foi o fato de que ao invés do futuro, dessa vez voltaram no passado,  mostrando um pouco do passado do Jiro mas ainda mantendo o mistério sobre que ele é exatamente e o que diabos ele tem selado no braço. É algo relacionados aos kaijus e talvez aos yokais, mas não dá para ter certeza por enquanto. No final do episódio, isso desencadeia uma perda de controle desse poder trancafiado. Estaria isso ligado ao que fez ele ganhar a inimizade dos seus colegas depois?
Concrete Revolutio ainda tem alguns problemas. Ainda é difícil se relacionar com os personagens, simpatizar mais com eles. No entanto, os questionamentos, manipulações e conflitos de ideologias continuam mantendo o anime interessante, ainda que não sejam assim tão profundos. Vamos ver se essa vai conseguir se superar.
EXTRAS

Isso foi engraçado, de algum modo.
Mikazuki novamente se mostrou frio, e até um pouco psicopata… mas nessa hora… ele tava prestando atenção na conversa? Não! Você teria medo de um cara assim?
Ok, eu não vou mentir: está semana eu estava re-assistindo (e lendo a novel de) NO.6, outro anime da BONES. É ficção científica focado numa cidade distópica, quem é fujoshi deve conhecer. Então, no meio disso esqueci completamente de Gangsta. Mas semana que vem, eu comento sobre, sem falta! Fiquem com esse screenshot legal do Nezumi com a cidade ao fundo até lá.