Impressões: Akame ga Kill #03 – Mate a sua compaixão

Chegou a vez da power ranger pink assassina tsundere obcecada por rosa se apresentar.

A estrutura desse episódio é parecida com a do anterior, o que muda é a personagem em foco. A comparação é até engraçada: a Akame ficou de roupa de banho na frente do Tatsumi sem problemas, já a Mine quase matou ele por motivo similar (isso foi original do anime inclusive). Akame levou Tatsumi para caçar, Mine levou ele as compras para carregar as coisas pra ela. No final Akame cumprimentou o Tatsumi e os dois se entenderam, enquanto a Mine quase matou ele e os dois acabaram brigando no final. Tsunderes, as ame ou odeie.

Deu pra dar uma olhada no tão falado rei nesse episódio. Um garoto mimado pelo ministro que acredita – de modo meio infantil/ingênuo – em tudo que ele diz (deve ser a figura paterna que ele tem).

O Oficial – aparentemente honesto – sendo condenado a morte por ir contra as políticas do rei é basicamente um recurso para mostrar o quanto o Ministro é um filho da mãe maligno e porque o império está do jeito que está. Quase todo mundo no poder é corrupto e quem não é acaba do modo que vimos nesse episódio: morto e com a esposa….melhor deixar pra lá.

Possivelmente alguém pode se interessar por um desenvolvimento político mas já aviso que Akame não mexe praticamente nada com política. Ele mostra essas partes de modo bem superficial e normalmente com propósito de fazer um build up pra alguma luta, explicar o passado de alguém ou coisa assim. É um aspecto bem secundário na obra.

Essa luta não faz sentido no mangá e como eu esperava não foi concertada no anime. Reparem que o Tatsumi segura um cara que é “mestre” em artes marciais. Como ele não consegue se livrar de um garoto da metade da altura dele? Fora que um soco bem dado no pescoço já iria matar ou debilitar o Tatsumi completamente.

O que o Tatsumi fez é valido mas só serviria como elemento surpresa por dois ou três segundos – o tempo que o cara levaria para se livrar dele – que a Mine poderia usar para atirar. Agora o Tatsumi ficar um tempão segurando ele e a Mine ainda fazer graça é duro. 

Sei que esses episódios do início são mais lights e a comédia é usada para fazer parecer que aquilo é moleza para a Night Raid (não são inimigos a altura deles) mas o autor pegou pesado nessa capítulo.

A coreografia e animação das lutas continua terrível, é nível adaptação “normalmente” visto em J.C Staff e TNK. A alguns anos eu não notaria mas hoje em dia me incomoda bastante ficar vendo esses quadros estáticos com linhas de movimento e os outros recursos sacanas usados para simplificar a animação das luta. Sei que Akame tem muita luta mas não esperava que o nível fosse descer muito comparado ao episódio 1 (me enganei). 

Foi outro episódio mais ou menos. O nível de entretenimento ainda é bom para quem não leu o mangá, com lutas frequentes e personagens que dificilmente ficam parados por muito tempo, mas essas comédias no meio das lutas me irritam e quebram qualquer tipo de tensão que possa existir na cena (ainda bem que o autor decidiu parar com isso depois, se não me engano esse é o último capítulo com essa dinâmica). As lutas tanto do início quanto do final foram bem meh, mas quem não é muito exigente ainda pode acabar gostando. Os quadros estáticos estilizados não incomodaram nesse episódio – o da Mine com a arma ficou legal até.

Eu podia reclamar que por enquanto só teve inimigos “super malvados” e sem o mínimo de background ou qualquer tipo de exploração como personagem, mas sei que isso vai ficar mais variado com o tempo, então não vou gastar linhas com isso. Esse é um dos problemas da análise semanal inclusive, uma visão da obra inteira é sempre superior a sua impressão de um único episódio.

Episódio que vem embora não seja um “episódio chave” tem uma luta mais longa (e séria! finalmente) aonde é possível explorar muitas coreografias originais no storyboard. Dar copy/paste no mangá como eles fizeram no episódio 2 e 3 no episódio que vem vai ficar horrível, então espero que ao menos nele possamos ver uma animação mais acima da média. Se não ocorrer esperem resmungos no próximo post (além de perder minha fé que eu vou ver uma animação descente em algum momento).

PS: Deram um preview dos tengus (“Armas imperiais”, que o pessoal do Crunchiroll traduziu como “Farda Imperial”…..) nesse episódio, mas vou deixar pra tocar no assunto só no próximo episódio, aonde eles vão ser explicados com mais detalhes.

O armário é rosa, o bau é rosa, a roupa de cama é rosa, a roupa intima é rosa, o cabelo é rosa, o olho é rosa, a bochecha é rosa……pqp Mine! Ainda não sei como ela não tentou pintar a arma dela de rosa.

Teve gente reclamando que ele tinha um buraco no peito e ainda conseguia falar (mesmo que mal e por pouco tempo). Olha, até onde eu sei dá pra falar com um pulmão só – ele ainda tinha o do outro lado – e a garganta intacta. Deviam se preocupar mais é com um garoto conseguindo imobilizar um mestre de artes marciais, isso sim.

Da-lê expressões faciais.

Parte irônica desse anime: enquanto a animação das lutas é bem medíocre, eles praticamente nunca utilizam de formas de animação mais econômicas nas partes do cotidiano, e o traço, embora simples, é até bem definido. Até mesmo no passeio na cidade eles colocam um bocado de gente andando em volta da Mine e e do Tatsumi. Em animes mais baixo nível é comum sentar um quadro estático atrás com um bando de gente parada nessas partes. 

O que falta em Akame não é mais animadores ou verba, o que falta são animadores experientes em cenas de ação e storyboarders experientes com coreografia de lutas. É isso que aparentemente a staff de Akame não tem (na verdade teve um cara acima da média trabalhando no episódio 1, mas ele não foi confirmado como membro permanente) e isso está resultando em lutas meia boca. Agora, animadores medianos pra animar cenas comuns eles parecem ter sobrando.

O inicio do episódio foi de uma parte do capítulo 2 do mangá que eles pularam no episódio 2. Ficou bem parecida com o mangá, embora eles tenham mudado o final um pouco.