Impressões semanais: Zankyou no Terror 02 e Aldnoah.Zero 03

Um dos nossos protagonistas agiu, e o outro só observa.

Mais uma semana de bons episódios, apesar de eu ainda achar Zankyou se sobressaindo muito mais na sua execução que Aldnoah, que mesmo conseguindo ficar acima da média não surpreende por enquanto, terminando seu primeiro arco (escrito pelo senhor Urobuchi) de maneira correta mas morna. Mas no fim, ando gostando de ambos.

“Desde quando eu nasci (até a morte)

Vou perguntar o que você quer fazer 

Por que seu sorriso é como o de um anjo.”

Essa letra da abertura é muito bonita, não acham? Quando comecei a prestar atenção na mesma, fiquei imagino o sentimento de qual personagem ela retratava e para qual ele a expressava. Pelas pistas da própria abertura, imagino que seja de Arata/Nine para Touji/Twelve visto que ambos se conhecem a tempos e Lisa no meio é um tanto improvável (mas não impossível). No entanto, se o sorriso dos anjos for desse jeito, imagino que eles sejam assustadores.

Indo direto ao ponto, outro capítulo sem falhas relevantes, mantendo o fôlego da estreia mesmo soando teoricamente como o “episódio de transição”. A animação foi menos elaborada por questão simples de necessidade, afinal, enquanto a estreia falava por ações, essa semana tivemos um enfoque maior nos diálogos. 

E mesmo que a animação não tenha se destacado mas continua acima do comum, senti que a fotografia estava ainda melhor que a do episódio anterior. O anime brinca muito com o fato de se passar no verão, que é uma estação tipicamente associada com as cores vivas e radiantes e optar sempre luz clara que cega a visão (destaque para a cena de Twelve caminhando e a no seu diálogo intimidador com Lisa). Trillers costumam estar sempre associados com cores e ambientes escuros (o que também é exemplo aqui, já que a maioria do episódio se passou num ambiente fechado, com iluminação ou artificial ou vindo da janela, forte o suficiente para que não pudêssemos ver o cenário lá fora), então acho interessante uma da cenas mais impactantes e de certo modo, assustadoras, se passarem em céu aberto.

Admito ter rido da primeira parte charada da Esfinge. Não é culpa do anime em si, mas essa o “O que é, que é?’ mais velho que existe (eu mesma já ouvia desde os 7 anos). No entanto, a segunda versão me pegou de surpresa, junto com reviravolta (que já era esperada para os mais atentos). O episódio serviu para criar ainda mais expectativas para os rumos de nossos dois protagonistas terroristas juvenis. Quem são? O que querem? Esses ataques, mesmo não sendo fatais, seriam apenas um aviso para um desastre maior que poderia estar por vir? Ah, teve a Lisa brigando com a mãe… mas perto dessas questões, quem liga para ela mesmo?

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Como uma flor se desmanchando ao vendo, o sangue cobre o ar…. E MARTE SAIU COM O RABO ENTRE AS PERNAS, É ISSO QUE EU QUERO VER! ESSA GENTE TEM QUE APANHAR PRA APRENDER MESMO.

Então, aconteceu a minha primeira  opção: o protagonista fez o que era sensato e pensou com calma. Vejo muita gente não gostando de sua personalidade, admito que seu jeito inexpressivo soa mesmo artificial demais às vezes, mas francamente, falta de naturalidade não é problema só dele (falo desse cara mesmo, o senhor marciano maligno). Bem, é inegável que sua habilidade de manter a calma e raciocinar foi decisiva na vitória do lado da Terra.

Aldnoah segue com um apelo mais popular que Zankyou, mesmo que continue muito mais sério e menos “colorido” que obras do gênero. Inclusive, usaram mais uma das musiquinhas de j-rock típicas do Sawano para dar o fator “cool” ao episódio (o que funciona para alguns, mas pra mim continua muito anti-climático).

Houveram algumas explicações quanto as tecnologias dos mechas inimigas, o qual algumas pessoas apontaram furos mas eu com meus conhecimentos leigos fui convencida. O plano de Inaho não foi nada de surpreendente ou que faça ele ser um gênio, foi até simples, funcionando principalmente pelo fato do soldado de Marte na sua arrogância estar tão confiante na sua tecnologia superior.

Com um leve plot twist, a princesa Vers aparece diante todos e tenta demonstra que sua vontade de apoiar os terráqueos. Mesmo que tenha aparecido pouco, ela já demonstrou ter força e convicção, apesar de que sua ideologia ser bem sonhadora. Ansiosa para ver seu desempenho daqui para frente. 

Por fim, a cena final mostrando o primeiro passo de Slaine contra sua submissão aos superiores. Ele sendo muito mais fraco e emocional acaba contrastando muito com o protagonista. Agora que ele viu os podres de Vers, torço para tentar se aliar novamente a sua princesa e lutar pela Terra, deixando o “time principal” mais interessante. E EU NÃO QUERO TORCER CONTRA ELE!

Comentários Extras:

Eu ando falando brincando que Terror e Aldnoah são os Death Note e Code Geass, respectivamente, da temporada. Mas não é que faz sentido? Um é uma revoltada contra a sociedade (ou melhor, as autoridades responsáveis por sua segurança) e o outro contra um povo opressor. 

Adorei o conceito desse fanart (arte por harrup).

Eu observando os comentários do site.