-Aiyayayayayayayai esse amor é bom demaaaaais!
-Olha, vou falar pra vocês que foi melhor que o esperado, foi até bom esse final, mesmo ficando em aberto e dependendo de vendas para arrecadar o bastante para uma possível segunda temporada. Claro, ficaria horrível tentar encaixar uma batalha final contra o Magnus no meio do arco da Charlotte. Como fim de arco chega a superar os outros, mesmo inconclusivo, visto que as melhores cenas se dão após o término da luta.
-E dessa vez foi bem rápido. As justificativas que Machine Doll apresenta no tocante a estratégias de batalha em geral se baseiam em informações inerentes ao universo da série que não haviam sido apresentadas antes, logo o espectador pode não racionalizar junto com as personagens e ter uma reação de “Oh, isso foi bem inteligente”. Se você bater em um automaton por bastante tempo, ele ficará sem mana e seu titereiro/manipulador será forçado a aparecer de forma a reabastecer a energia. Ainda é melhor do que derrotar um automaton por ele ser fraco contra explosões (?), mas ainda assim essa necessidade que o autor tem de precisar surpreender o leitor pode virar pela culatra. O bom disso tudo é que ao menos o loirinho não foi derrotado como os outros, e como ele fugiu a Yaya virou Super Sayajn a toa.
-Ok, retiro tudo o que disse sobre essa personagem, TUDO. Quer transformar um personagem chato e sem graça em popular e carismático? Muito simples, é só falar que ele era mulher o tempo todo, é tiro e queda! Pra que gastar tempo em um vilão psicótico que vai morrer de qualquer jeito se você pode transforma-lo em uma garota usando os recursos narrativos a sua disposição? No último episódio então o combo tem ainda mais hits, pois é como se eles estivessem aliciando quem assiste a comprar os Bds/DVDs para que na próxima temporada eles possam usufruir de tudo que essa gatinha dos teleportes tiver a oferecer, e quem sabe uma cena no banho, hmm.
-Quem eu também gostaria de ver aprofundado na segunda temporada é o Magnus. Acreditem se quiser, mas não falar ou falar pouco é um atributo que cai muito bem em certos casos. A indústria está tão saturada de mocinhos e bandidos vazios de personalidade e diálogos clichê que falam mais do que deveriam que ver um cara que só abre a boca quando necessário é uma benção. Magnus é o Itachi de Machine-doll. Só espero que suas motivações não se resumam a meramente “lutar pelo progresso e pelo futuro da ciência” (Bandolls então tem um algorítimo aleatório que pode fazer com que nasçam Machine Dolls ou não, acho que já vi isso em algum lugar), e caso isso ocorra, que haja uma história de fundo decente por trás.
-A Frey já tem a dela, inclusive. De acordo com o que ela disse, peitos grandes são difíceis de lavar e deixam os braços pesados, alguém confirma (eu sei que ninguém irá)? Charlotte (“não devo lembrar de IS2, não devo lembrar de IS2”) atacando as inimigas na cara de pau foi mto “wtf”e a Frey (que poderia muito bem ser uma heroína de visual novels da Key) foram dignas de nota nesse mini-epílogo. E o harém está aumentando…
Nota: 73/100
-Numa perspectiva geral, Machine doll é um anime agradável e divertido, apesar de as partes fanservice/piadas nem sempre funcionarem (não é um problema grave) e as lutas não serem lá muito empolgantes por limitações de verba, uso de CG, e táticas de última hora com pouco impacto. O que faz a coesão dele como um todo é o sentimento de que toda hora algo está acontecendo, equilibrando bem o slice of life com os mistérios. O elenco é mediano e se destaca mais nas cenas de comédia que nas de ação. Em suma é uma adaptação de light novel satisfatória como conteúdo.
Nota final: 60.5 (média aritmética de todas as notas)