Impressões semanais: Kamisama no Inai Nichiyoubi 09: A Terra Natal dos Hakamoris

Vou ser direto e perguntar o que sempre faço ao terminar um episódio: qual foi o propósito dele? Basicamente, era explicar um pouco mais sobre a origem dos Hakamoris e criar uma ligação maior entre o Yui, a Scar e o bebê. Infelizmente e novamente tivemos alguns problemas tanto na direção quanto no roteiro. É, lá vou eu reclamar mais uma semana. Sigh…

Primeiramente, vou falar da origem dos Hakamoris. Elas ou eles (algo revelado nesse episódio, Hakamoris podem ser de ambos os sexos) vieram originalmente de um ser divino com o intuito de enterrar os mortos que vagam pela terra. Até aqui somente informações que já havíamos recebido em episódios anteriores. A novidade fica para a questão das espécies de Hakamoris, eles podem ser únicos ou comuns, tendo o segundo um número de copias indefinido. Aparentemente esses anjos da morte caem do céu em um tipo de raio e ao se chocarem ao chão se transformam em formas humanas. Tudo é bastante fantasioso e nenhuma explicação mais detalhada é dita, algo que até posso aceitar tendo em vista que ninguém ali se quer sabia do modo como eles nasciam.

O problema fica para o segundo objetivo. Sinceramente, como raios (literalmente aqui) pode mudar a personalidade de alguém, ou melhor, adicionar uma personalidade para alguém? Seria ali apenas a etapa final de um processo que se iniciava desde o momento que ela começou a andar com o Yui e a Ai? Não, aquilo não faz sentido. Falta uma explicação. Não se sabe a razão dela ter mudado, ou o fator que a fez começar a ter essa mudança. O bebê e seu proposito ainda é um mistério e acredito que não se limite a apenas ser o elo que criará a família Yui. Falando nele, agora tive a confirmação de qual será o seu papel nessa história e era justamente o que eu suspeitava, um quebra galho. E a Scar se apegou a ele rápido para alguém que mal trocava palavras com o mesmo, é o raio milagroso ajudando em relacionamentos. 

Esse é o principal problema de KamiNai, as perguntas aparecem, as respostas também, mas sempre insuficientes, sempre gerando mais perguntas e até mesmo furos de roteiro. Ao menos comparado ao anterior esse foi mais bem direcionado, mesmo que metade dele tenha sido praticamente inútil. A Ai aceitando destruir o mundo porque aparentemente é a única solução me fez rir ao imaginar que alguém iria ver essa cena e não ficar perplexo com a contradição que ela tem. Legal loli coveira, é só matar todos aqueles que você conheceu e o mundo será salvo. Mas espere Adra, talvez ela esteja se referindo a destruir apenas esse sistema que Deus impôs e não a matar todo mundo. Quer saber, não me importo em qual resposta for a certa, o autor vai precisar de um verdadeiro Deus Ex Machine para eles conseguirem concretizar tão feito, algo que tenho plena certeza nem chegará a ser mostrando nessa adaptação. 

E só para terminar, reflitam: como a Scar chegou ali tão rápido? Ela tele transporta? Essa e outras questões serão respondidas no próximo episódio. Quem me dera se isso fosse verdade…