Abril de 2013 – Resumão de séries
-A temporada começou mês passado e nesse meio termo muita coisa foi assistida. Vamos conferir os títulos?
-Lembrem-se, ordem de entretenimento. Há alguns animes cujos episódios subsequentes já foram assistidos, porém só considerei aqueles do mês de abril.
1) Sakurasou no Pet na Kanojo
-Sakurasou é daqueles que você só percebe o quanto gosta nas vésperas de terminar. O episódio 23 aglomerou todas essas emoções e sentimentos com uma execução digna de louvor e apreciação. Toda vez que algum personagem experimentava uma crise ou esbarrava em uma pedra ao trilhar o caminho tortuoso do crescimento, eu me sentia ali dentro e partilhava de toda a sua frustração. Ao mesmo tempo, quando se reconciliavam, toda a felicidade transpunha o mundo da ficção e chegava até mim. O anime tocou num ponto que muitos tratam com desdém. A inveja, como todos sabem, não é um sentimento fácil de controlar e irá sim destruir o potencial de muitos por aí. É instintivo, é humano, nos corrói por dentro, e é muito bom ver que alguém leva o assunto a sério. Não existem soluções fáceis e a turma tem que ralar muito para realizarem suas metas ao mesmo tempo que tentam manter suas emoções equilibradas. É assim que um character-driven deve ser.
PS: O Sorata tem mais química com a Nanami do que com a Shiina.
2) Smile Precure o filme
-Você sabe que um filme é bom quando consegue se emocionar mesmo sem estar familiarizado com os personagens. Eu não assisti Smile Precure, mas a premissa e roteiro foram criativos fazem deste um filme que pode ser assistido por qualquer fã de anime. A narrativa dá um foco poderoso na infância através de contos de fadas, e nossas heroínas tem a oportunidade de viver seus personagens prediletos. Tudo parece lindo e maravilhoso, mas o caos vai tomando forma sutilmente até chegar a um ponto em que explode, e tanto as Precure quanto os vilões dos contos infantis cooperam para colocar tudo em ordem novamente, não havendo distinção entre bem e mal, com os rótulos sendo deixados de lado. Me emocionei ao término do filme, realmente tocou meu coração. Eu recomendo com firmeza que assistam quando tiverem tempo livre. Se não gostarem, podem me xingar.
3) Maou-sama (episódios 1-4)
-Falar dos que eu blogo semanalmente aqui é difícil, pois me parece redundante. Não obstante, vou tentar destacar os aspectos mais notáveis. O primeiro é o bom trabalho da direção que consegue resgatar os conceitos do original e executa-los de forma sólida e metódica. O segundo é a comédia relativamente incomum e criativa para um anime, mesmo que do episódio 1 para cá tenha perdido um pouco o fio. O terceiro é como a narrativa consegue intercalar fantasia e realidade para tratar de assuntos contemporâneos. O quarto é o elenco carismático que protagoniza essa história doida, e o quinto é a progressão que se faz fluir sem arruinar o clima, dando espaço para as palhaçadas. Acho que é só isso.
4) Little witch academia
-Little witch academia é algo que deveria ser feito mais vezes. É o exemplo perfeito do que eu considero o ápice da animação japonesa, principalmente no que diz respeito à quebra de certas limitações, como quadros estáticos, cabeças falantes e principalmente movimento. A história ser simples não atrapalhou em nada a experiência, muito pelo contrário! Tivemos fluidez, diversão e bom humor do início ao fim, e tudo sem perder o ritmo ligeiro e aprazível que o anime oferece.
5) Shingeki no Kyoujin (episódios 1-4)
-A própria premissa de SnK é algo que se sobressai entre todo o resto da temporada, e sua execução não fica muito atrás. O roteiro é pautado, desenvolvendo os personagens gradativamente e sabendo separar os momentos tensos dos momentos mais amenos e rotineiros. Se nota também que não há distinção de sexos, um ponto que é imensamente relevante em se tratando de uma mídia japonesa. Direção boa, animação consistente, ação e gigantes, é claro. Querem mais o que?
6) Majestic Prince (episódios 1-4)
-Considerado por muitos como o retentor do melhor CG da temporada, Majestic Prince é exatamente o tipo de anime que eu recomendaria para um iniciante. Por quê? Ele é simples e prático, a atmosfera é bem descompromissada e os personagens nos brindam com suas interações sempre divertidas e seus trejeitos facilmente identificáveis, não sendo necessários mais do que 2 episódios para se afeiçoar aos mesmos. E o melhor de tudo é que eles tem seus defeitos, não sendo de maneira alguma invencíveis ou imortais. Eu só tenho que reclamar do fim do segundo episódio, visto que não fez sentido algum o inimigo recuar estando claramente em vantagem, e isso quase me fez dropa-lo. Entretanto, as reações do Asagi enquanto assistia suas acrobacias vergonhosas no início do terceiro episódio meio que compensaram essa falha, e a partir dali MJ está sendo só alegria.
7) Dokidoki Precure (episódios 9-13)
-Os eventos essenciais para o desenvolvimento da trama estão começando a ficar mais esparsos, mas em contrapartida os episódios agora se encontram carregados de mensagens e as personagens se tornaram o foco da vez. Até então, havia uma certa centralização em torno de Mana com uma contribuição mais sutil em torno de Makopi. Agora foi a vez de Rikka e Alice ganharam mais espaço com seus episódios individuais. Destaque para o episódio 10, que foi um dos melhores de toda a temporada de animes.
8) Hentai Ouji to Warawanai Neko (episódios 1-3)
-Henneko vem se apresentando como algo mais do que uma simples comédia romântica. Os personagens tem motivações próprias, os diálogos e interações são construídos metodicamente sem perder o charme e o melodrama desnecessário é praticamente inexistente na obra. O único problema é que ainda temos 9 episódios pela frente e apenas duas heroínas restantes para preenche-los. E agora, José?
9) Suisei no Gargantia (episódios 1-4)
-Gargantia nem parece obra do Urobuchi (justificável, pois alguns episódios não são escritos por ele). Por falta do que falar, vou dizer que o anime está se saindo bem nisso que está tentando construir, sem cenas desnecessárias até agora. Você sabe que é o Urobuchi no comando quando o personagem principal permanece em um ponto fixo por três episódios seguidos sob risco de ser alvejado caso faça algum movimento desnecessário. Qualquer outro autor teria lançado o Ledo no meio da tripulação já no segundo episódio.
10) Valvrave the liberator (episódios 1-3)
-Valvrave é um bebê que ainda está engatinhando e por vezes não sabe que caminho seguir e acaba tropeçando. Uma coisa é certa: todo episódio seremos contemplados com alguma reviravolta e um ou dois momentos estúpidos. Não é a melhor coisa do mundo, mas por enquanto estou entretido. O maior fator de desistência é justamente o Haruto, mas a sua contraparte (L-elf) meio que compensa sua personalidade patética. Eles ainda precisam desenvolver os outros personagens em vez de apenas joga-los em nossa cara como os estereótipos que são. Vou continuar acompanhando, até porque esse tipo de série demora mais ou menos uns 8~10 episódios para pegar no tranco.
11) Ga-rei zero
-Ga-rei zero se aproveita de um recurso narrativo muito comum para gerar impacto, que é alavancar o enredo no clímax e retroceder a um estado inicial de forma a destrinchar o que está por trás de tudo daquilo. Entretanto, esse recurso pode acabar se tornando prejudicial por tornar o espectador muito ansioso para retornar aos eventos atuais, e confesso que esse foi um problema que eu tive. Não se enganem, não é como se o anime cometesse vários erros graves até porque a proposta é demasiado simples. O problema é que o anime coloca muita fé na sua curiosidade e por vezes testa sua paciência. A experiência pode ser tornar massante se levarmos em consideração que o anime gira em torno de uma única linha narrativa cujo resultado já é conhecido. Os únicos personagens que realmente tem presença no anime são Kagura e Yomi, visto que o restante é composto por ferramentas de roteiro disfarçadas. A despeito de ser um anime de 1 cour, este poderia comportar perfeitamente sua história em 7 ou 8 episódios. O ritmo é lento, quase como se o autor se precavesse em excesso para ter 100% de certeza de que o drama não ficará forçado, e isso se traduz em um relacionamento bem desenvolvido entre as duas personagens que por outro lado põe o lado espiritual meio que para escanteio. O conceito de disputa entre famílias é algo na minha concepção ultrapassado e ninguém mais usa praticamente. Há todo um conflito entre o conceito de acatar um dever herdado por gerações e exercer o livre arbítrio, e isso o anime faz bem. Há apenas dois itens que eu poderia classificar como erros técnicos:
1) A história do primeiro time (aquele em que todos morrem) ficou em aberto, apesar de o flashback insinuar que isso seria explicado uma hora ou outra.
2) O vilão veio de onde? Ele quer o que? Qual é o passado dele? Ninguém sabe.
12) Pyscho-pass (episódios 3-11)
-“POLÔNIO: Os atores acabam de chegar, príncipe.
HAMLET: Lará, lará…
POLÔNIO: Palavra de honra.
HAMLET: Então, cada um veio montado na sua besta.
POLÔNIO: São os melhores do mundo para tragédia, comédia, história, pastoral, comédia pastoral, pastoral histórica, pastoral trágico-histórica, trágicocômico-histórica, cenas sem divisão ou poesia sem limite.”
-Hamlet, Shakespeare
-Hamlet, Shakespeare
-Como série policial, seu modus operandi apresenta poucas falhas, apesar de passar a sensação de que o método foi previamente decorado e que o autor não tem as manhas para desenvolver o gênero de uma forma mais consolidada. Não obstante, minha experiência de maratonar o anime não foi lá das mais aprazíveis. Eu não conseguia afastar o pensamento de que havia algo de terrivelmente errado na execução, e isso me incomodou bastante. Em uma série policial, é importante que o espectador fique curioso para saber o que vai acontecer em seguida, e isso decorre de uma direção que realce o suspense, o imprevisível, e nesse aspecto Psycho-Pass me decepcionou. Eu esperava algo mais sério, bem trabalhado, e não essa mistura absurda de seriado policial+esteriótipos de anime+tragicomédia. Primeiro, de onde vieram aqueles vilões? Eu senti como se estivesse assistindo um Mirai Nikki alternativo em que a ação desenfreada era substituída por discursos filosóficos. Existem maneiras mais sutis de retratar um psicopata de forma a simular aquela sensação que poderia ser descrita como um misto de passividade e insegurança. Não era muito difícil de interpretar como o enclausuramento e circunstâncias dos mesmos se assemelhavam ao sistema sibila, mas por algum motivo alguém teve a idéia de estender as cenas essenciais com retóricas do Makishima, e isso culminou no episódio 7, definitivamente o mais chato que eu assisti. Era necessário que o telespectador acatasse certas coisas também, como por exemplo o fato de que todos os sub-vilões eram incompetentes (vide o hacker que precisou da ajuda do Shougo para escapar e esperou o Kougami desativar os hologramas ao invés de fugir e a feminista incompreendida que pintava quadros das suas vítimas na sala de arte e permaneceu imóvel ao ser alvejada por Kougami). Outra coisa que me incomodou foi a falta de desenvolvimento dos personagens, principalmente a Akane, que mesmo que não estivesse em condições de assumir efetivamente uma posição contra o sistema, poderia ter dado mais sinais no que concerne sua insatisfação. Havia também essa distribuição desequilibrada de tempo de tela e participação na resolução dos casos. Vamos ser realistas: o Kougami ofuscava o brilho de todo o resto da equipe, deixando pouco espaço para os outros mostrarem a que vieram. Até o momento, essa é minha classificação não oficial dos personagens e suas funções:
Akane- orelha da equipe.
Masaoka- pintor e figurante nas horas vagas
Ginoza- palestrante
Kagari- lelek e figurante nas horas vagas
Yayoi- figurante o tempo todo
Shion- Analista e médica
Kougami- Faz tudo/quebra-galho/action man/detetive/delírio das donzelas
-Concluindo, a primeira metade de Psycho-Pass me leva a crer que talvez ele não seja o “Pica das galáxias” (como diria o Marco) que tanto achei que fosse. Melhorou a partir do episódio 10, mas ainda pede um pouco de suspensão de descrença (sim, o Shougo deliberadamente arrastou a amiga da Akane para que ela o interceptasse no caminho e padecesse de um colapso nervoso após aferir que a dominator não é perfeita). É uma festa esse enredo. Com exceção do Marco e daqueles randoms narcisistas com complexo de superioridade que apareciam nos posts da Roberta raramente e eram prontamente ignorados por não saberem se expressar, ao menos no círculo de blogs conhecidos ninguém mais julgou Psycho-Pass sob uma ótica pessimista.
-Ao menos eles estão se divertindo.
13) Arata Kangatari (episódios 1 e 2)
-Alguém no twitter afirmou que Arata é similar a um filme da sessão da tarde, e acho que ele descrição se encaixa bem nessa descrição. Eu sei, todos estamos cansados desse clichê de “o escolhido” e tribos antigas, mas vi um bom potencial para aventura nesse aí. Quantos animes do gênero foram lançados nos últimos 5 anos, além de Magi? Se bobear, dá pra contar nos dedos. Meu único motivo para ter parado no segundo é o hábito aleatório de parar animes para depois continua-los (Jojo, Magi, Suteki, Kaibutsu-kun, Shinsekai Yori e Cowboy Bebop que o digam). Até mês que vem alcançarei os episódio atuais.
14) Date A Live (episódios 1-3)
-“Mas Tanaka, você não tinha dito que era horrível no seu post?” Sim, mas passadas as primeiras impressões, certos incômodos se tornam menos relevantes. Bem pensado o sistema de “Visual Novel” da nave. É como se fosse um Fate Stay Night live-action, onde a frase errada pode fazer a heroína te matar. O protagonista continua naquele estado de permanente descaracterização, mas ao menos as garotas são bonitas, certo? De vez em quando o comportamento da espadachim fica meio forçado (vide os “baka,baka,baka”) e a animação é “meeeh”, mas não é como se alguém esperasse muita coisa.
15) Oregairu (episódio 1)
-A discussão do primeiro episódio foi interessante, mas essa temporada está boa demais para eu escolher um anime em que os personagens passam 90% do tempo na sala de um clube. O Adramalesh foi mais crítico do que eu apesar de ainda estar assistindo até agora. Confira as primeiras impressões dele aqui.
16) Saki achiga-hen (episódios 2-4)
-É…Saki é algo bem peculiar, e até agora não me decidi se gostei ou não. São apresentados cerca de 15 oponentes por episódio para no seguinte nunca mais serem vistos, e as meninas não passam de estereótipos. O anime é realmente muito centrado em sua premissa, ressaltando aspectos como o espírito competitivo e o trabalho duro, mas ainda não consigo ter aquela imersão que tinha em animes como Tsubasa Champions ou Yu-gi-oh. Pior que tem outras temporadas que vieram antes dessa, e não sei se posso atribuir parte do meu descontentamento a esse detalhe. É uma versão de AKB0048 (alguém me diga que eu não fui o único a assistir, por favor) com menos desenvolvimento de personagem.
17) Hunter X Hunter (episódio 76)
-Após quase 5 anos desde a última vez que assisti Hunter X Hunter em formato anime, voltei para ver a adaptação do arco favorito do fandom, Chimera Ants. Foi um episódio bem parado esse e a direção poderia ter sido mais criativa na passagem em que todos sentaram em volta da fogueira, mas no geral gostei da aparição do Gin e do passado de Kaito. Eles tiveram que alterar o roteiro para estabelecer coesão narrativa e ficou bem meia-boca, mas a essa altura não importa mais. Ele tem resenhas semanais em sites parceiros.
18) Muromi-san (episódios 1 e 2)
-Provavelmente o anime com a abertura mais criativa da temporada. É engraçadinho e me lembra Nyaruko-san. Infelizmente hoje em dia já me é um tipo de entretenimento “desgastado”. Depois de assistir Dokuro-chan eu parei com essa vida. O fidalgo Netotin está fazendo resenhas semanais no blog dele. Você pode lê-las aqui.
19) Dansai Buri no Crime Edge (episódios 1 e 2)
-Crime Edge se situa em uma intersecção não muito palpável de romance e terror. A narrativa é “jogada”, com os eventos ocorrendo antes mesmo de os alicerces que possibilitam a inserção natural dos mesmos serem erguidos (“Neto, percebi que tem algo de errado contigo, então antes que você pergunte, vou te revelar que na verdade você é descendente de uma família de assassinos”) . Algum dia talvez eu volte a assistir, mesmo que apenas pelo romance e o fetiche por cabelos. Não se esqueça, entretanto, que existem opiniões mais otimistas por aí.
20) Devil Survivor the animation 2 (episódio 1)
-O ponto forte de Persona (jogo) é a dinâmica entre o mundo real e o mundo surreal e a liberdade de ação oferecida ao jogador. Só era necessário batalhar em dias determinados e no restante do mês havia mais tempo para aumentar os pontos de afeto de vários personagens NPC’s. Em uma adaptação para anime, grande parte disso irá consequentemente ruir, o que me desmotiva a continuar.
21) Aiura (episódio 1)
-Três garotas loli com inclinação para refeições em que hajam caranguejos ou associados no menu. A abertura só perde para Muromi-san em termos de criatividade. São 4 minutos por episódio, então quem tiver um tempinho poderá, ao término da série, maratona-la em 1 hora, imagino. Por ser curto, é mais difícil de alguém ficar entediado, pois antes de você pensar em fazer outra coisa, ele já terminou. Leia outra opinião aqui.
22) Yuyushiki (episódio 1)
-Três garotas loli que ficam o episódio inteiro de conversa fiada, com ocasionais cenas sugestivas de caráter Shoujo-ai. É um anime com cenário econômico (bordas brancas nos vértices da tela, como em animações de flash) mas que ao menos conserva um bom ritmo de animação. Tem alguns enquadramentos bons e um fetiche por pernas por parte do(a) diretor(a) iniciante Kaori. Para quem gosta de Lucky Star, é uma boa pedida. Como não faz o meu gosto, não irei continuar.
23) Leviathan (episódio 1)
-Três garotas loli são escolhidas para salvar o mundo. É um anime que não entende o conceito de “progressão” e faz uso de várias cenas descartáveis que não contribuem nada a história a esmo acertando somente no final. Até Mushibugyo tinha uma noção básica de “introdução-desenvolvimento-clímax-desfecho”. Aqui não vemos nada disso. Tem até umas vibes Mahou Shoujo na transformação da Leviathan, mas também não chega perto de nenhum que eu tenha assistido. Dropado por desinteresse.
24) Mushibugyo (episódio 1)
-É bem provável que poucos de vocês tenham visto essa estréia. Em suma, é a história de uma garoto andarilho que acaba viajando até Edo no lugar de seu pai (que atravessou a espada no seu próprio pé para não ter de viajar), e ele acaba encontrando uma garota com peitos grandes. A garota com peitos grandes é sequestrada por uma aranha capaz de liberar um líquido branco, viscoso, elástico e pegajoso e é salva pelo protagonista (com direito até a flashback dos dois únicos momentos que ele passou com ela nos 10 primeiros minutos de episódio) com o decote o tempo inteiro à mostra. Então outros samurais chegam para ajuda-lo blablabla…a garota fica em perigo e ele lembra do que seu pai lhe disse e renova sua determinação blablabla, chega outro samurai e acaba com tudo e termina o anime. Imaginem o filme Kung Pow se levando a sério e vocês terão Mushibugyo. Não é nem o caso de ser incompreendido, ele é apenas ultrapassado, típico e os personagens são muito rasos, o que não dá ânimo nenhum pra continuar. Dropado. Mas se você gostou, pode ler análises semanais aqui.
25) Photo Kano (episódio 1)
-O protagonista é um saco de batatas que ganhou uma câmera nova e agora irá se deleitar tirando vários fotos de garotas atraídas automaticamente por ele de ângulos eróticos variados. Se tem uma coisa em que a execução me chamou a atenção foi a retratação verossímil da fascinação de uma pessoa por um “brinquedo novo”, principalmente quando se fala em eletrônicos. A animação foi bem distribuída entre os enquadramentos sensuais e o movimento em si, mas fora isso é algo muito genérico e não vejo muito futuro nesse aí.
26) Arve Rezzvle
-É um OVA que não sabe trabalhar com o pouco tempo que tem, o que de certa forma prejudica muito a execução. Este apresenta bons conceitos, mas não sabe como coordena-las de modo a realizar uma construção gradativa de universo, e ao invés disso vai jogando informações aleatórias na tela e situações que fazem pouco sentido. Dessa forma, o que deveria entreter acaba confundindo.
27) Aku no Hana (episódios 1 e 2)
-Os primeiros capítulos do mangá já deixam claro que a temática abordada é a subversão humana. Infelizmente, os problemas dos personagens são jogados na nossa cara antes mesmo de a narrativa nos fornecer uma razão pela qual deveríamos nos importar com os mesmos. Isso não acontece em Punpun, por exemplo, onde vemos uma construção rebuscada e gradual do personagem à medida que este vai sendo destituído de sua inocência e demovido de sua projeção idealizada da realidade. Kasuga é apenas um pé no saco que cavou a sua própria cova e agora vai pagar por isso. Não obstante, eu entendo o motivo de vocês gostarem disso. Pode ou não ter a ver com ser cult, psicológico e blablabla, mas esse tipo de justificativa ainda é simplista e abrangente demais, então vou bolar uma definição sagaz: Aku no Hana é uma história sobre gente fazendo merda direcionada a um público que gosta de ver gente fazendo merda. Tenham em conta que só li o mangá até o capítulo em que a Nakamura “fez aquilo” com o Kasuga (episódio 3 do anime, acho), logo é possível que minhas impressões mudem continuando a leitura a partir dali. Por enquanto essa é a visão que tenho da obra.
28) Sparrow’s Hotel (episódio 1)
-Um anime sobre a Staff de um hotel protagonizado por uma mulher peituda que enrola os clientes. Me lembrou Rio – Rainbow Gate, e isso já é motivo suficiente para dropar. Alguém aí viu Rio? Se viu, entende como me sinto.
Personagem do mês – Maou Sadao
-Maou é um personagem fácil de se apegar justamente pela sua simplicidade e honestidade, e este não abdica destas características mesmo que isso signifique se meter em enrascadas. Humilde e esforçado, Maou é funcionário exemplar do MacRonalds e é fácil perceber o porquê de Chi-chan ter se apaixonado por ele. Nesse momento, se eu quisesse que um personagem de anime viesse para o mundo real, com certeza não hesitaria em receber o imperador de Ente Isla, um amigo confiável para todas as horas.