Impressões semanais: Valvrave the liberator 3 – L-elf, o novo Lelouch
My Waifuuuuuuuu |
-Após um segundo episódio relativamente inconsistente, dessa vez eles decidiram criar algo mais inofensivo.
-L-elf é na verdade conhecido pela alcunha de “exército de um homem só”, título concedido a ele após obliterar um batalhão de 5000 soldados por conta própria. Não me perguntem como ele deduziu a estrutura interna da nave, plantou bombas e hackeou os portões em menos de 15 minutos, porque eu não sei. Aposto que ele é o produto de várias pesquisas nazistas de aprimoramento genético, assim como os outros 4. Isso explica em parte o motivo pelo qual adolescentes conseguem executar missões militares ultra-secretas com tanto primor e eficácia. Por que despachar um exército inteiro se você tem a disposição um esquadrão de elite? Eles são equivalentes a bombas nucleares ambulantes, e podem explodir caso ARUS resolva não acatar as exigências do império Dorssia. O Valvrave provavelmente foi construído no intuito de fazer frente aos mesmos, dada a incompetência e negligência das partições militares de ALRUS e seu poderio armamentista inferior. Eles são tão incompetentes que perderam a chance de assassinar um soldado inimigo de elite. Sim, eles tem um tratado similar à convenção de Genebra (acordo de Nova Guinea), mas convenhamos que esses acordos não são sempre respeitados, e há sim muitas mortes de prisioneiros não registradas.
A professora só pode ter arrancado algumas costelas para ficar assim |
-Grande parte desse episódio foi gasta com interações mundanas de personagens que mal nos foram apresentados e cenas de pouca importância cuja finalidade foi de encher linguiça. Tentar abordar vários personagens ao mesmo tempo exige mãos capazes (destaque para Durarara! e Baccano, que conseguiam sustentar 3 linhas narrativas ou mais se intercalando), e nesse caso a maioria do elenco não passa de puro clichê, o que remete aos revolucionários de Guilty Crown. Temos aqui o geek viciado em armamentos, a ojou-sama, o delinquente, a professora com peitos exagerados, e alguns outros. Não faz sentido apresentar novas caras sem um propósito, elas tem de vir conforme a necessidade e relação com a trama vigente, e é assim que se cria vínculos entre os mesmos e o espectador. L-elf é o único elo consistente do anime até agora, e posso dizer que este continua sendo o único motivo pelo qual ainda assisto. Eu citaria a garota hacker e a Saki como exemplos um pouco acima dos demais também por terem tido um papel no desenrolar dos eventos.
-Haruto se tornou um ídolo para os estudantes em consequência de sua performance contra os dorssianos, e ficou responsável por guia-los e auxiliar em sua fuga. Claro que ele é visto apenas como ferramenta política, e a decisão de recuar é a melhor no momento, tendo em vista que o Valvrave é uma arma secreta do governo e não deve cair em mãos erradas. Falando em Valvrave, já não está na hora de aquele cientista que sobreviveu explicar o que exatamente ele é? Claro que eu ficaria muito feliz se eles conseguissem nos fazer deduzir por meio de exposição ao invés de colocar personagens se perdendo em retóricas e fazendo alusões a Shakespeare em um sofá (Mostre, não fale), porém imagino que a gravidade da situação os põe em xeque e necessita de urgência. Eles ainda terão tempo para isso, esperarei.
-O Yamada foi estúpido, e a cena também. Quem se importa com esse indivíduo? Qual o sentido de ele estar ali? Nós nem conhecemos o maldito, e ele já chega jurando vingança por outro cara que nem sequer apareceu e dizendo que vai pilotar o Valvrave sem a mínima noção de nada.
-Quando tudo parece despencar, chega L-elf para colocar ordem na casa. E novamente, temos um plot twist. L-elf planeja formar uma aliança com Haruto para trazer revolução à Dórssia, e essa atitude o faz ganhar mais pontos de carisma comigo e com o público. Quem admirava L-elf pelo seu caráter, rápido pensamento lógico e talvez por ser apelão agora ficou sabendo que além de tudo isso, ele também é um revolucionário. Repentinamente, o fato de ele ter sido capturado e relutado em atirar em alguém no Valvrave faz muito mais sentido. Provavelmente ele já estava plotando isso há tempos, mas não lhe surgia a oportunidade para tal. Agora que encontrou um ser vivo tão irregular quanto ele mesmo, acaba por ter mais confiança para proceder com com seu esquema de rebelião. L-elf é Lelouch, e Haruto o seu Geass. Valvrave pode até estar fraco por enquanto, mas atirem em mim se eu disser que não verei o quarto episódio após essa cena.