Sekai no Owari no Encore – Um Falso Herói, um Anjo, uma Garota Dragão e uma Maou | Impressões
Sekai no Owari no Encore, como boa parte dos mangás que acabo pegando randomicamente, me atraiu inicialmente pela arte, que achei bonita (é originalmente uma Light Novel, o mangá é adaptação). Histórias medievais também são minha praia, por mais que a maioria delas acabe meio decepcionante pela repetição excessiva dos mesmos clichês.
Nesse não é tão diferente, temos o protagonista que parece inicialmente fraco, mesmo que seja esforçado, mas logo vai ganhando um arsenal de compensações por parte do autor. A personalidade dele é comum, sem nenhum destaque ou carisma, apenas não desagrada, já que demonstra coragem e se esforça.
A história começa com ele em uma academia, aonde sofre bulling constante dos alunos e professores, por ser idêntico ao herói de 300 anos atrás, mas não ter nem perto da habilidade do mesmo. Ele não é abaixo da média, mas acaba sendo punido por não mostrar nenhum diferencial. Achei meio exagerado esse ponto até, principalmente vindo por parte dos professores da academia.
Pouco depois do início ele acaba saindo da Academia em uma jornada com o Anjo e Garota Dragão que faziam parte do grupo do herói de 300 anos atrás, com elas passando a treina-lo.
O destaque acabam com as garotas a sua volta. Um trio de seres sobrenaturais que fez par com um famoso herói 300 anos atrás, e se juntam a volta do garoto por ele parecer um clone desse herói, pelo qual elas descaradamente eram apaixonadas.
Não temos grandes inovações nas personalidades, mas elas ao menos não parecem tão superficiais a ponto de parecerem irreais. O Anjo é a garota madura e pervertida, que dá bons concelhos. A garota dragão a tsundere, mas que se mostra estranhamente compreensível e direta a maior parte do tempo (a mais apaixonada pelo protagonista também). A ex-Maou a “troll”, gerando boa parte do humor da obra.
A interação entre elas e com o protagonista são o charme que me fez ler a série até acabarem os capítulos traduzidos. O senso de aventura também ajuda, mas o mundo não lá tão bem feito ou interessante assim para acompanhar só por ele.
A arte é bonita e os combates bem desenhados, de fácil compreensão. O ponto negativo acaba no autor, assim como o de Dungeon ni Deai, transformar seu protagonista fraco, mas esforçado, rapidamente em alguém acima da média, dando a ele aptidões e poderes únicos. No final do primeiro arco ele já está enfrentando um demônio de alto nível, o que me pareceu meio exagerado, mesmo que o demônio em questão não estivesse levando ele muito a sério.
Em suma, dá pra se divertir com a leitura, desde que não se espere muito dela além de uma fantasia medieval com um trio de mulheres bonitas e com interações divertidas, em uma jornada ao lado de um protagonista relativamente comum. Para quem quer algo mais dark e protagonista mais interessante, eu indicaria Goblin Slayer, que já comentei aqui como “recomendação”. Esse aqui só li a poucos dias e resolvi comentar sobre.
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