Attack on Titan 2 #29 – Impressões Semanais

 

A coisa mais impactante nesse episódio ficou nos segundos finais, não existe discussão quanto a isso. Mas não foi o “novo Eren” o que ficou na minha cabeça depois do episódio, e sim uma tendência estranha de Attack on Titan, que embora tenha pontos positivos, também desgasta a obra.

Qual o valor de alguém ser o segundo mais forte, ou muito habilidoso, se o autor logo após informar isso, mata esse personagem? É como se habilidade não tivesse real valor na obra. Levi não morre porque é forte ou porque o autor não quer? Cada vez mais a segunda opção me parece  mais plausível que a primeira, já que até o presente momento, o autor fez questão de mostrar que X e Y eram muito habilidosos, só para matá-los da forma mais humilhante possível 5 minutos depois.

Meritocracia em termos de experiência não parece fazer parte dos princípios do autor, e isso mata o valor de alguém ter mais ou menos habilidade, reduzindo tudo a quem o autor quer vivo e quem ele não quer.

Adoro o valor que mortes agregam à narrativa, a sensação de perigo real, que qualquer um pode morrer. Mas o modo como isso vem sendo usado na segunda temporada, só me dá a impressão de que o autor, além de sádico, não vê grande diferença entre alguém forte e fraco em termos de probabilidade de sobrevivência, o que é estranho.

Uma das mortes era pra ter humor misturado também, o que não funciona direito por estar misturado com tensão. Ou você ri ou fica tenso, os dois não dá. Se tem uma coisa que quase sempre achei deslocada na obra foi o humor. Não tenho certeza se o Reiner está furioso ou acanhado na cena que fala desejar casar com a Cristna por exemplo. É uma piada que você fica na dúvida se é mesmo uma piada. Assim como a cena do cara tentando beber o último gole de álcool sem sucesso, para ser esmagado por um titã logo depois.

Bem, explicada minha insatisfação, vamos ao que gostei: os mistérios continuam pipocando. Como Ymir sabia ler aquele enlatado em língua estranha? Ela pertence a uma civilização de fora da muralha que tinha aquela língua como padrão? Ela era o Titã que matou o amigo do Reiner. Porque ela fez isso? Por que se mostra tão legal com a Cristna? Como funciona essa gente que pode virar Titã? Dá pra criar um bocado de perguntas e teorias nesse episódio. Mas a única certeza é que a Ymir realmente gosta da Cristna e está disposta a qualquer coisa para protegê-la.

O recurso de volta no tempo para alterar o ponto de vista foi bem utilizado também, admito que não esperava por isso – mesmo com a frustração de adiarem a batalha da torre com isso.

Em termos de ação tivemos algumas cenas curtas aqui e ali, mas nada de grande impacto. O mistério e a cena final da Ymir foram o que acabaram por roubar o episódio. E claro, fica o “e agora?”, sempre de muito valor em histórias, para te deixar desesperado com o que vai ocorrer a seguir.

PS: Desculpem o atraso no post+vídeo. Estava viajando, o que complicou entregar ambos no domingo.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras

 

Muito legal esse corte de cabeça pra baixo.

 

Attack on Service! Mostraram um joelho! É essa a piada em que você fica na dúvida se é uma piada…

Deveria ter morrido aqui, seria menos humilhante que chorando por álcool.

Esse é o titã mais feio que eu já vi.

Os olhos de “quero te comer” da Ymir para a loira, ao menos não eram só desejo, ela realmente gosta dela.