Isekai Shokudou #04 – Impressões Semanais

Com direito a aula do Discovery, e uma elfa orgulhosa, esse episódio de Isekai acabou sendo o que mais me agradou até o momento.

Toda a questão dos clientes virem de outro mundo foi bem aproveitada, e de uma forma tão interessante, que se tornou divertido e relaxante ver o episódio, ao invés de só passar um pouco mais fome.

Homens Lagartos, onde vivem, como vivem, como comem…

Quando vi o preview do episódio, automaticamente pensei que não seria muito legal o “arco” do homem lagarto. Na minha cabeça, pensei que fosse ser só mais um daqueles casos em que alguém descobre o restaurante, tem suas impressões, e volta para o seu mundo com algum pensamento mudado.

Não que seja um problema, mas isso já aconteceu em dois, dos três episódios, então imaginar que seria o mesmo, só que com um homem lagarto para dizer que mudou, seria um pouco frustrante (principalmente para escrever sobre isso). Entretanto, diferente do que imaginava, as coisas foram bem melhores do que o esperado.

O início da narração me deu uma sensação de estar assistindo Animal Planet, com toda aquela explicação sobre os hábitos e características do povo lagarto, o que de certa forma,  me deixou com uma impressão de que iriam alongar a história com aquilo. Porém, quando entrou na explicação de como eles encontraram a porta, as coisas mudaram, e tudo ficou bem interessante.

A narradora explicando que o guerreiro mais forte da tribo se voluntariou para ir até o restaurante pela primeira vez, e depois disso, quando voltou com a comida, acabou sendo aclamado, e  criando uma espécie de evento, onde a porta é quase cultuada, deixa uma ideia bem legal sobre o restaurante.

Escolherem um campeão entre os homens lagartos, para que ele seja o representante da raça, e traga comida para os outros, quase funcionando como um esquema de sacrifício x recompensa, dá uma característica única para o Nekoya, e foge do tradicional ponto de vista, que não afastava muito de uma visão humana sobre a porta.

Além de ter uma breve explicação de como funciona a comunicação entre eles.

Enquanto que o conto do homem lagarto cria uma ambientação bem mais elaborada para o restaurante, por conta de explorar a visão da porta de uma maneira diferente. O segundo conto vai em uma linha mais particular, porém, funciona da mesma forma.

A garota era uma elfa da floresta, logo, ter uma dieta mais “consciente” (tem o nome certo para isso, mas não me lembro…) do que carnívora, parece natural. E isso acaba sendo refletido na personalidade dela, o que fica bem legal.

Ela desdenhando do restaurante, por conta do modo que visualiza a comida humana como algo “primitivo”, faz a presença dela ali, valer a apena e ser interessante, além de diferenciar bastante do ponto de vista dos outros cliente que vão lá.

A elfa sai daquela questão de apenas ver o sabor da comida de forma diferente e novo, e cai mais na parte de avaliar toda a “cultura” do lugar.

Os pensamentos dela ao desafiar o chef a fazer algo dentro dos limites da sua dieta também ficaram legal, e o jeito orgulhoso de não querer abrir mão da sua opinião, chegando ao ponto de criar um objetivo particular de aprender a cozinhar algo melhor que as comidas do restaurante, acaba a tornando uma personagem bem expressiva, e deixando o episódio bem divertido.

Podia até voltar mais vezes…

O desenvolvimento da história ainda segue como nós últimos episódios, focando mais na relação dos cliente ao encontrar o restaurante, do que usando o chef e a Aletta como protagonistas. Porém, a forma como conseguiram aprofundar um pouco mais os efeitos do restaurante no outro mundo, acaba sendo o destaque.

Seja pela parte cultural do povo lagarto, onde eles desenvolveram um ritual e eventos em nome do restaurante, ou pela diversidade de pontos de vista e personalidades que a elfa cria ao ser apresentada, o quarto episódio acaba sendo bem divertido e interessante de ver.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Acho que a todo já imaginava que tinha relação com magia, mas vale a pena ouvir a confirmação.

Devo me preocupar por sentir satisfação pela satisfação dela?

Esse é o típico pensamento babaca que só serve para tirar a graça das coisas, mas…

Ver ela reagindo negativamente ao restaurante me fez pensar que eles aceitam muito fácil aquilo ali. Tudo bem que não teria graça o personagem entrar e sair correndo, ou não abrir a porta. Mas todo mundo tem uma reação relativamente amigável e tranquila ao perceber um cara estranho, te mando sentar em uma cadeira, em um lugar estranho…

Em um outro mundo… Isso seria fanservice para garotas lagarto?

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.