Sin Nanatsu no Taizai #11 a #12 – Impressões Finais
Assistir Sin Nanatsu no Taizai foi como ter uma experiência introspectiva a respeito dos questionamentos sobre a moral e ética relacionadas a igreja, em especial ao Cristianismos e sua concepções de certo ou errado com base nos conceitos de Deus.
Isso, claro, não passa de uma mentira e um exagero poético, afinal de contas, o anime é um Ecchi, e esse último parágrafo não passou de uma poetização exagerada da minha cabeça que não tem sentido algum, sendo assim, vamos apenas ignorar e seguir com o texto.
Como a grande parte dos outros episódios, o final de Sin Nanatsu entregou aquilo que precisava entregar, sem se propor a fazer muito mais do que fechar os pontos que foram abertos durante os outros episódios. O que aconteceu com a Maria por ter recebido sangue da Lúcifer. Quem era a verdade Beliel, além dos reais motivos do banimento da Onee-sama.
Comentar cada uma dessas partes acabaria tomando um grande tempo por conta da, já tradicional, dualidade de qualidade entre o roteiro e o mundo Ecchi, e que na prática, soa ilusória e sem propósito, já que é o que define o gênero.
Particularmente, achei até que foi um pouco acima do que esperava para o final da série. Aquela sensação de que “podia ser pior”, acaba surgindo para te consolar e fazer pensar que conseguiram finalizar bem, algo que foi bem inconstante o tempo todo.
Talvez, dentre todos os pontos, a resolução da luta contra a Beliel, tenha sido o que mais me chamou atenção. Ela carrega alguns problemas, mas foi interessante pela forma como usaram algo “inteligente” para gerar um pequeno plot twist.
Os 7 pecados estavam presos em uma punição, e eu já esperava o momento em que elas iram simplesmente tirar forças de vontade do além, e se livrarem daquilo, mas no lugar de fazer isso, o roteiro usou toda a condição do passado da Beliel para criar essa oportunidade.
Enquanto contava a sua história, e explicava que também era um anjo caído, a condição de rainha demônio foi quebrado, o que criou a chance das outras garotas superarem as punições e saírem de lá e irem se juntar a Lúcifer… Só para perderem de novo, mas ok…
A troca de coração com a Maria, e o sangue de anjo devolvendo os poderes para a Beliel “explicam” aquilo que foi aberto, no início do anime, e oferecem a chance de uma última luta para poder assim, introduzir o final do 11º episódio, e apresentar a última batalha contra Michael.
O último episódio é um tanto quanto estranho… Não no mal sentido. Ele é complicado de definir por duas questões: Primeiro, ele tenta uma grande luta, ao melhor estilo RPG/shounen com as garotas se unindo e mostrando parte das suas personalidades para “tirar pedaços” de Michael, e assim, a derrotas.
A luta não é grandes coisas, mas também não chega a níveis decepcionantes, ela é apenas ok. Personagens voando de um lado para o outro, troca de golpes enquanto falam, e rajadas de luz, vão sendo usadas para te fazer entender o que aconteceu para Lúcifer ter sido banida, e isso, é justamente onde entra o segundo ponto… Eles tentaram um drama.
A ideia em si não foi ruim, ou muito menos, mal executa, ela só não deveria estar ali. O sacrifício da Maria para salvar Lúcifer acaba sendo interessante (além de, religiosamente, muito questionável) e dando um certo valor para personagem, que há pouco tempo, era apenas um brinquedo sexual na mão das outras.
Se ela tivesse morrido de verdade, eu até bateria algumas palminhas para o roteirista, mas isso não aconteceu, e o mais complicado, acabou me deixando confuso por não saber exatamente como ela voltou. O coração está na Maria, mas era da Lúcifer, e quando ela morreu, o coração voltou para dona, porém, a Maria continuou vida, e eu não faço a mínima ideia do que foi aquilo. Aceitar como milagre é tudo o que você pode fazer, e seguir a vida.
Por fim, o 12º episódio acaba até se saindo bem como encerramento. As explicações são dadas de forma clara, e mesmo que haja alguns furo resultado de “empurrar” a história como segundo plano, o final é fechado, além de acrescentar uma explicação bem interessante para o banimento de Lúcifer, usando um lógica inversa ao que seria dito como certo perante a igreja católica.
Mas perto do que poderia acontecer, com uma resolução qualquer, um pouco de peitos, e uma quantidade enorme de coisas mal explicadas, o final do anime acaba sendo satisfatório para quem acompanhou até aqui. Por essa razão, sem mais delongas, vamos ao veredito final.
Se o seu objetivo era só assistir um Ecchi qualquer, com peitos, Yuri, fanservice, e personagens com bom character design, o anime deve ter sido bem satisfatório, principalmente por conta da animação que se manteve bem ( e teve aquele lindo episódio de música). Se seu objetivo era ver algo mais sério, explorando a temática dos 7 pecados capitais, com bom desenvolvimento de personagens, história cativante e ação, o anime deve ter sido horrível, e meus pesámos. Se você só queria ver algo para se martirizar em nome de ter a chance de hatear o trabalho alheio, provavelmente também saiu satisfeito, porque coisa do tipo é o que não faltam aqui.
No final, o anime não tem nada que faça ser um diferencial para o gênero, ou qualquer outra coisa. Para quem está acostumando com ecchi tudo devem ter ido de acordo com o esperado, e até mesmo gerado alguns momentos interessante.
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E você, que nota daria aos episódios?
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Extra
Mesmo com os problemas de roteiro, as explicações do passado, e motivos do banimento da Lúcifer e Biliel, foram bem elaborados, e conseguiram fugir até de clichês comum para explicações desse tipo, como serem simplesmente más e ponto. Ambas acreditavam estar fazendo o certo, porém, esse “certo” não ia de acordo o ponto de vista de Deus, o que ocasionou na punição.