Mahoutsukai no Yome #03 – Impressões Semanais

Na última semana Mahoutsukai encerrou com um clímax empolgante. A presença dos dragões logo de cara na história foi algo que mesmo um tanto jogado no final, indicava um bom plot para o episódio seguinte. O problema é que esse superou minhas expectativas.

Quando se pensa em dragões uma imagem clara vem a minha cabeça, algo com ação, chamas e indicação de cenas mais movimentadas. E se baseando no início desse arco, imaginei algo semelhante a isso.

Contudo, as coisas foram completamente diferentes.  A história te mantém confortável e completamente imergido no que está acontecendo de uma forma calma. Foi algo que se demonstrou tocante em pouquíssimos minutos e refletiu questões daquele universo que nenhum tipo de humano entenderia de cara.

Dragões gostam mesmo é de zoar

Não sou fã de flashbacks logo antes de retomar o episódio anterior, mas senti uma breve necessidade de rever o que estava acontecendo já que a última vez foi muito rápida. A partir disso a sequência de fatos se encaixa muito bem ao fluir com o enredo.

A presença do Lindel mostra a expansão que precisávamos ver para conhecermos os dragões. De certa forma, tanto os magos quanto eles são espécies em extinção, mas foi justamente um mago se dispôs a cuidar de outra raça em perigo.

Achei esse fato curioso, porque ao contrário da autossuficiência dos magos, os dragões realmente precisam de cuidado. E essa parceria acaba indicando algo muito positivo na personalidade dos magos, já que os apresentados até agora se mostraram extremamente amigáveis e beneficentes.

Tão lindo <3

Outro ponto curioso foi o design dos dragões em si, não fica claro se apenas aquelas três raças ainda se mantém vivas, mas as apresentadas têm designs extremamente diferentes.

Primeiro me surpreendeu o fato deles falarem, segundo foi a própria diferença de raças, algo que me agradou visualmente, principalmente o Uil, já que sua locomoção mais lenta dá um toque de graça nele.

Mudando da água para o vinho, a cena da Chise afundando merece ser comentada. Não pensei que chegaria ao ponto de uma cena engraçada se tornar algo tão intrínseco, mas me chamou atenção ela só ter vontade o suficiente para emergir ao ouvir a voz do Elias.

Que cena!

E falando no tal, o vimos pouquíssimas vezes durante esse episódio. Porém, já sabemos que sua importância é capaz de causar grandes murmurinhos entre a comunidade mágica e que sua idade comparada a Lindel é uma piada.

Algo que me chamou atenção foi o próprio Lindel o ter chamado de Thorn, mas seu significado faz todo sentido em conexão ao Elias. Thorn significa espinho e como já vimos em uma de suas magias, espinhos são características evidentes delas.

Já entrando na parte mágica em questão, os efeitos desse episódio foram visualmente muito bonitos. Vimos uma diversidade de efeitos e tivemos uma ideia do capricho visual que o anime levará em conta.

Cada cena mais elaborada que a outra

As partes de alivio cômico foram muito boas e mostraram um lado “tia” da Chise agradável de ver. Pode ser a partir disso que sua construção de personagem a transformem em alguém mais distante da sua atual personalidade triste. E a propósito, é a partir dessa construção que a própria obra consegue se sustentar.

Quando sua tia pede pra você cuidar dos seus primos…

Dessa vez tivemos um aprendizado claro e uma mensagem que foi de fundamental importância para entendermos a profundidade do anime. Já que metade do episódio foi voltado para isso, concluímos que há uma significância muito maior do que imaginamos.

Na cultura ocidental Europeia, os dragões eram considerados seres malignos e os vilões que designavam os respectivos heróis a combate-los. As histórias se enchem de atos de heroísmo contra feras que nem ao menos possuem uma participação maior que isso.

Aqui vemos o contrário. A raça Uil já demonstra um papel fundamental na natureza e possui um objetivo de vida positivo. Ainda é possível presenciar a onipotência que um dragão tem, mas esse em questão possui uma grandiosidade em relação a sua vida.

Nevin é o oposto da Chise, viveu a vida sem arrependimentos, com grandes feitos e alegrias. Em troca de não temer a morte, ele integra parte da natureza. Porém, ao mesmo tempo sua filosofia o coloca em posição igual a qualquer pessoa.

Os sentimentos de dor, alegria, tristeza é algo que todos sentem, mas cabe a cada pessoa lidar da melhor forma com eles. Chise é o tipo de pessoa que os prende, não admitindo que há algo extremamente doloroso a ela.

Nem a própria Chise sabe que está doendo

Mas ela não admitir isso também prova que ela não os conhece verdadeiramente. É analogia a ela não conseguir voar que reflete o sentimento dela estar presa dentro de si mesma.

É a partir disso que a construção de sua liberdade começa. Sobretudo, ela conseguir lidar com os pesos do passado com a ajuda de acontecimentos como esse.

O enredo vai se moldando a autodescobertas mágicas que se conflitam com a humanidade mais dura que ela possui agora. É com isso que vislumbramos a cena do voo com coração apertado. A OST é lindíssima e o cenários passam o sentimento exato de estar nos céus.

Sem palavras…

Mas a parte que toca é a ideia sobre o destino da Chise realmente ser voar. Voar no sentido de estar em liberdade e em paz consigo mesma. E a ficha dessa mudança só está começando a cair por agora.

Ironicamente é com uma morte que a mensagem de vida é passada para ela, mas não de uma forma tão negativa quanto o peso da palavra “morte” sugere. É através de uma transformação. A vida de Nevin reflete um ciclo de vida infinito que pacificamente compõe a natureza.

O problema é que a mensagem em si não contemplou a Chise 100%. No final, seu aprendizado ainda demonstrou uma dureza em entender o conceito de vida.

E vai levar um tempo para ela se entender consigo mesma

Isso acaba sugerindo que sua mudança e conhecimento será algo gradual. Aos poucos ela entenderá seus propósitos e sentimentos mais profundos, e aprenderá quem de fato ela é.

Os motivos para ela seguir feliz em sua vida ainda são mínimos, mas pelo desenvolver da história ser uma Sleigh Beggy não aumenta sua duração em muita coisa. Talvez esse fato seja um incentivo a mais ao desenvolvimento dela. Porém não deixa de ser preocupante o rumo daquele mundo estar indo numa direção final.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras

Carinha de quem pode zoar a galera mais nova

Claramente o Uil é o cansado do rolê

E a magia bonitinha foi por água a baixo, literalmente

Sequência de gifs bonitinhos

Esse feito visual e sonoro ficou tão maravilhoso!

Que coisa linda!

Cada detalhe mais bem trabalhado que o outro

O sumido da história

Cenários!

Aquela amizade de 15 minutos mais bem elaborada da história

UAU

Victoria Caroline

Engenharia, literatura brasileira, fotografia, vídeos de receitas, música boa e cultura japonesa. Não necessariamente nessa ordem. Às vezes acorda meio de humanas (quando consegue acordar).