Mahoutsukai no Yome #07 – Impressões Semanais

“Talk of the devil, and he is sure to appear.” – Fale sobre diabo, e ele certamente aparecerá.

Ironicamente, esse episódio de Mahoutsukai foi uma calmaria antes da tempestade. Uma preparação para o que seria o desenlace mais intenso e misterioso de sua temporada.

O até agora conhecido como Black Dog, abre o arco com um ar mais denso e acima de tudo muito mais mórbido que os outros vistos. Inicialmente, isso não causa uma ligação com a surpresa final, mas aos poucos indica o nível com que estamos lidando.

Todos os outros desfechos tiveram seus respectivos pesos e dramas, mas com resultados até então visualmente suaves e vibrantes. Cada qual com um objetivo de aprendizado diferente.

Dessa vez o aprendizado foi voltado aos sentimentos do Elias e quiçá sua real forma. Imediatamente estamos lidando com uma transformação impactante ao ponto de não só levantar dúvidas, mas também provocar emoções diferentes.

Até certo ponto, as próprias cores do episódio acompanham o clima da situação. A exemplo da cena do Renfred, com o outro feiticeiro. O questionamento ali levantado é porque o Renfred foi escolhido para virar o capacho.

Mesmo com dúvidas, acredito que sua própria história deve explicar sua personalidade, suas escolhas e principalmente o grau de poder dele, já que ao que parece ele evitou ou simplesmente não conseguiu lutar.

Não acho que isso demonstre fraqueza, mas apenas uma perspectiva diferente do que realmente é ser poderoso naquele mundo. Ao menos Renfred teve compaixão pela Alice, então é quase impossível não o associar a algum tipo de Elias.

Por outro lado, aquela criança feiticeira é repugnante. A personalidade de seu personagem já é o tipo de caracterização irritante, e somado as crueldades feitas ele se torna um antagonista completamente odioso.

Saímos de um clima mais dark, para cores muito mais vibrantes e uma leveza ao tornamos a ver a Chise. Agora muito mais concentrada em seu papel de aprendiz e abrindo diversas portas para nós entendermos os conceitos de seu universo.

Além disso, Chise demonstra estar mais tranquila, empenhada em suas habilidades e completamente consciente dos resultados delas. Dessa forma, lidar com o fato de ser uma Sleigh Beggy já foi ultrapassado, o problema agora é como resolver isso.

Por outro lado, não conhecemos Elias. O sentimento de dúvida sobre quem ele é, começa a aparecer levemente na Chise, de forma branda, apenas para chamar atenção sobre alguns termos que devem ser explicados e justificados sobre sua história.

Há ainda o termo “familiar”, pincelado de leve nos diálogos da Chise e do Elias. Como já se sabe, Mahoutsukai tem um talento em juntar pontas soltas colocando informações novas em conversas mais casuais. Dentre essas, possivelmente veremos um familiar junto a Chise.

Na cena da igreja já começa a parte mais pesada do episódio. Claramente, associei isso ao Black Dog, mas ainda em dúvida sobre porque sua aparente característica zelosa iria desaparecer. Digamos que assistir os OVA antes do anime também não foi uma escolha muito inteligente para esse arco.

Contudo, a cena seguinte daquela criatura macabra atrás da Chise consegue deixar as coisas muito mais sinistras. Ao menos agora foi possível visualizar o crescimento dela em relação as situações de perigo e como ela está agindo com mais sabedoria.

Não se sabe exatamente o que o Black Dog é, ou muito menos sua história, contudo a semelhança de Isabelle com a Chise consegue ser tamanha ao ponto de ser curiosa. Elas não são meramente parecidas, são praticamente a mesma pessoa no visual.

Porém, dentre toda a história descoberta até agora, me conforta o fato de focarmos em um amor fraternal, saindo completamente da perspectiva de romance anterior. Nisso, é muito mais confortável visualizar o porquê do tal cachorro estar tão desolado.

Mais uma vez Chise sabe lidar muito melhor com a situação, desabrochando assim uma protagonista a quem devemos dar seu devido valor. Não o bastante, foram as boas decisões dela que nos colocaram frente a frente com diversas explicações.

A começar com o próprio cachorro e a história de Alice e Renfred. A partir daí muitos objetivos do outro feiticeiro ficaram extremamente claros, mas o real porquê de Renfred ter que o ajudar contra sua vontade, não. Além claro, dele ter perdido o braço e estar protegendo a sua aprendiz.

Nisso, a semelhança entre Alice e Chise começa a aparecer e uma certa afeição por ela também. Agora fica mais fácil entender o tipo de pessoa que Alice é, e dito isso, seu pedido a Elias não é tão surpreende. Ele aceitar também não é, mas partimos para o fato de que ele tem ótimos motivos de ir contra aquele bendito feiticeiro.

Um ponto negativo na Chise ter essas reações mais imediatas, é que nem sempre ela vai se deixar levar apenas pelo seu cérebro. Agora sua reação de defesa também se mostrou presente na pior forma possível.

A cena foi impactante, por não sugerir que algo tão intenso fosse acontecer rapidamente. Além disso, o episódio pareceu ser extremamente mais rápido que os outros, então em um piscar de olhos vimos a Chise ser atingida.

Claramente, ficou provado o quanto o Elias se apegou a ela, e como isso pode ser seu ponto fraco. Mas agir com uma mudança estava fora de minha cogitação. Pilum Murialis sem dúvida é um título grande e poderoso. Baseado não só no mistério por trás de suas habilidades, mas sim em como o Elias as conseguiu.

Mesmo que sua aparência física não seja mais humana, foi a partir dessa transformação que ficou claro sua profundidade e intensidade em relação ao significado que a Chise é para ele.

A frase de Alice define todo o sentimento sobre aquela transformação. Ele não é tão simplório. Elias pode não entender sentimentos humanos, mas ainda assim faz uso de uma das sensações mais intensas; a dor.

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E você, que nota daria ao episódio?

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