Mahoutsukai no Yome #10 – Impressões Semanais
E finalmente o episódio com gostinho de nostalgia chegou. Foi rápido, mas somado a prévia definição de dependência da Chise, ela teve que se virar bem longe do Elias e como prêmio ainda ficou próxima de sua história passada.
Por lógica, graças a instabilidade de seu corpo, estava tudo bem definido para a Chise partir sozinha, o que não me surpreendeu em muita coisa. O problema foi a sua condição relutante a isso, mas que não afetou sua viagem.
Claro que depois daquela conversa aberta com Angelica ficaria muito mais difícil encarar a verdade de estar dependente dele, porém o enredo soube alocar bem essa mudança mais drástica de cenário, e acredito que por uma boa causa.
Devo concordar que mesmo que o País dos Dragões seja um lugar já conhecido, ele não perdeu sua graça. Ainda mais por ter sido abordado com a presença de uma nova personagem e aquele dragão crescido. Prova de que Mahoutsukai tem uma construção de ambiente absurda ao ponto de não se tornar enjoativa.
Por um momento, achei que o salto temporal tinha sido enorme, mas passado o susto sobre o crescimento rápido de alguns dragões me perguntei se realmente estamos bem localizados temporalmente na obra. Em meados de temporada bastante coisa aconteceu, então se não soubermos lidar com a enorme sequência de fatos ocorridos em meses dá para se perder um pouco nisso.
A lenda sobre a Selkie também tem uma fundamentação teórica bastante impactante. Surgiu no norte da Escócia e foi difundida nas Ilhas de Faroé, Irlanda e Islândia. Querendo ou não, em uma simples frase do anime toda sua história foi contada.
Elas são realmente criaturas que vagam na forma de focas e humanos, tirando sua pele de foca para se tornar humano e as colocando para virar focas. Um tanto bizarro, mas a história é bastante usada em contos românticos.
Realmente adoro esse lado mitológico da obra, porque mesmo que minimamente explicado em seu próprio enredo, já estamos acostumados a associar automaticamente quando aquilo é uma referência externa.
Querendo ou não, o impacto nesse episódio foi saber tanto da história de Lindel quanto a de Elias. Sinceramente, ela não esclareceu metade das dúvidas, mas ainda assim foi confortável entender parte daquela criatura.
Achei a relação entre os dois, construída como uma família, não muito convencional, mas que ao menos pode ser considerada entre pai e filho, ou mestre e aprendiz. Essa parte é hilária por eu sempre associar o Elias como um mestre ou que ele seria mais velho que Lindel.
Assim, vemos a realidade da vida longa de um mago. É sempre meio desconfortável pensar na dificuldade em se ter uma vida longa, já que não fazemos ideia do que é isso. Entramos em um consenso de que tem lados bons e ruins, mas há sempre o confronto da eternidade ser muito solitária.
Nisso Lindel é uma prova de que a busca por respostas deixa as pessoas solitárias e, quem sabe até, levemente infelizes sobre o porquê de os magos serem diferentes. Afinal, há uma certa injustiça entre aqueles vivem muito e aqueles que vivem pouco.
Tendo uma vida relativamente normal já é difícil imaginar qual é nosso objetivo aqui em um período tão curto de tempo, imagine quando se vive o bastante para ter tempo e diversos propósitos diferentes. O conflito dele me acha atenção justamente por isso, e ainda mais por não saber que tipo de sentimento é esse.
Já o aparecimento de Elias é tão misterioso quanto. Ainda não se sabe sua origem ou ao menos o que ele é. Isso torna as coisas um tanto desafiadoras para a criatividade humana, já que só sabemos o que ele não é. A lista de opções diminui cada vez mais e talvez tenhamos chegado perto o bastante nesse episódio.
Fiquei curiosa em relação a Mestra de Lindel também. Seu design é muito bonito, mesmo que pareça ser mais uma cientista do que maga. E acredito que se nem ela sabe o que diabos Elias é, a coisa fica bem mais difícil de se imaginar.
Ainda assim, outro ponto importante no episódio foi a relação mútua de falta entre Chise e Elias. Ele admitiu a solidão sem a Chise e ela claramente já estava desconfortável ao se despedir dele. Porém, é sempre válido lembrar que ela tem Ruth e, mesmo que difícil, a desconstrução desse pensamento foi preciso até para ela mesma conseguir responder algumas questões.
O final do episódio para mim foi bastante vazado, e mesmo contendo diversas informações num curto espaço de tempo senti aquela sensação de “só foi isso?”. Ainda mais pela intromissão de Renfred e um sentimento de preocupação muito latente pelo Elias. Fica difícil de prever como vai ser o próximo episódio, mas pode ser que continuemos com a separação dos nossos personagens.
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E você, que nota daria ao episódio?
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