Mahoutsukai no Yome #11 – Impressões Semanais

E em um ritmo ainda mais calmo tivemos a continuação da jornada da Chise longe do Elias. O que diria que não foi tão válido nesse episódio por eles terem um leve contato. Ainda assim, foi em meio a calmaria e a diversas cenas silenciosas que os sentimentos dos nossos personagens começaram a aparecer.

Provavelmente a ficha do Elias acabou de cair após ter se dado conta do perigo que pode estar oferecendo a Chise. Ainda o associo como um personagem mais teimoso e poderoso do que devidamente sábio, então seu silêncio pensativo foi algo que acaba chamando atenção no episódio.

O desfecho da história de Lindel foi para um lado bastante impactante. O que acaba sendo surpreendente, mas faz surgir ainda mais dúvidas sobre o Elias. Com as novas informações dadas, é quase impossível não o confrontar agora como algum tipo de ex-vilão.

Mas o que acaba quebrando o clima de duvidas e inseguranças quanto ao personagem são as pessoas que o cercam. Seja o Lindel e sua aceitação absoluta dele como uma espécie de filho, seja a Chise sempre enxergando seu lado mais solidário.

Ainda assim, de todas as vezes que vimos o Elias perder o controle alguém importante para ele estava em perigo. Não só isso, mas também vimos o imenso cuidado que ele conseguiu oferecer a Lindel depois de bastante tempo juntos.

O problema em si está em sua personalidade inexplicável. Ele poderá aprender o que for, mas lidar com sentimentos e sensações pelas quais motivam alguém normal viver, é quase impossível.

Provavelmente, isso fica ainda mais claro após entendermos o quão vazio parece ter imortalidade, mas não saber de fato como usa-la. Porém, em relação a Elias não é só tempo que passada devagar.

Sua definição como “coisa” é algo provavelmente que nem ele não tem 100% de certeza sobre. E mesmo que ele não possua capacidade o bastante para distinguir o que sente, sua inquietude pode estar relacionada tanto a isso, quanto sobre sua personalidade.

Como um personagem reservado e sem muitas delongas fica extremamente de entende-lo, mas é isso que faz o anime seguir um tom de mistério que acaba mexendo com nosso lado mais humano.

Sabemos sentir ou imaginar muitos daqueles personagens, mas encarar Elias deve ser tão difícil para ele mesmo, quanto para seu criador e quanto para nós que não fazemos ideia do que pensar sobre.

Até agora tivemos informações válidas que batem com muitos relatos cruéis sobre ele, talvez alguns pontos soltos ligados a mitologia, mas acredito que de forma mais complexa seu autor tenha feito uma junção de diversas características ao cria-lo.

Já mudando da água para o vinho, Chise nessa história consegue ser o equilíbrio entre a curiosidade e aceitação. Seu ritmo tem mudado a cada episódio e tem a tornado uma personagem extremamente assertiva.

Ainda que em descoberta de seus sentimentos, aos poucos ela consegue se libertar tanto de seu passado quanto de suas dúvidas, mesmo que ainda sinta uma leve necessidade de compreender Elias.

O que faltava em si é seu autoconhecimento antes de tentar entender outra pessoa. Acredito que seria muito mais tumultuoso caso tudo fosse revelado antes dela se encontrar como pessoa, ou conseguir lidar com outras pessoas.

A naturalidade com que toda essa descoberta aconteceu também reflete muito positivamente nisso, já que não poderíamos ter um ritmo tão leve se todo episódio fosse uma chuva de acontecimentos inesperados.

Assim, como a cena dela moldando sua varinha cuidadosamente pensando em cada detalhe dela e de si mesma, acaba sendo a explicação mais prática sobre como Mahoutsukai consegue moldar os aspectos de sua história de forma atenciosa e paciente.

É como se cada parte daquela cena fosse um reflexo familiar da construção da própria obra. O que acaba sendo bastante lento, mas foi a escolha de alguém que propôs essa devida lentidão.

Ainda assim, depois de um toque de passividade temos a surpresa mágica de sua animação mais colorida e vivida. Não só exaltando seus impecáveis pontos técnicos, mas agora colocando uma trilha sonora tão mágica quanto.

A cena pareceu uma grande recompensa após esperarmos longos momentos em silêncio, e maior recompensa que isso só foi ver nossos protagonistas tendo um contato sincero. O que não é preciso muita coisa para nos afeiçoarmos com o carinho que os dois acabaram desenvolvendo.

A parte boa é que isso foi visto de uma forma muito paciente, o que nos faz sentir muito parecidos com o Lindel observando tudo como se fosse um pai. No mais, minha maior curiosidade também se diz respeito a varinha da Chise pronta e claro, qual será o próximo passo lento da obra.

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E você, que nota daria ao episódio?

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