Mahoutsukai no Yome #14 – Impressões Semanais
Partindo do princípio que Mahoutsukai continua moldando o seu enredo da mesma forma previsível de sempre, mais uma vez tivemos um clímax rapidamente resolvido, sem muitas delongas.
Mesmo que jogada de uma forma não muito efetiva, a transformação da Chise teve um propósito simples: refutar ainda mais os sentimentos dos envolvidos. Seja a fidelidade do Ruth, da solidão do Elias e da vontade de estar em casa de Chise.
O que me leva a questionar de onde surgiu essa vontade equivocada de sair por ai sem rumo. Um surto de dúvidas ou simplesmente um efeito da maldição, talvez. No final, ela não lutou contra nada, porque já estava claro em sua mente o desejo de ficar em família, bastou o Elias aparecer que tudo voltou ao normal.
De fato, foi um presente estranho, algo que soou como um teste, mas que não teve nenhum efeito tão esperado, então porque o Olhos de Brasa quis colocar a prova algo que já estava na cara? Ou na verdade ele só queria colocar a prova o Elias e seus novos sentimentos indecifráveis? Fica a dúvida sobre esse misterioso personagem.
No final, mudamos da água para o vinho e revimos um casal inesquecível. Leanan Sídhe e Joel foi uma das histórias mal contadas. De início conhecemos a mitologia por trás da amante dos poetas e fixamos a imagem de uma personagem atrevida, porém com amor.
Ainda que possa ser difícil compreender toda a simbologia desse tipo de fada, o anime conseguiu transmitir o sentimento certo na hora da despedida. A relação deles não era algo proibido, mas era algo complicado.
Joel amou sua esposa e mesmo não vendo Leanan ele tinha uma mínima certeza que ela estava por ali e pôde continuar sua vida. O que leva a entender que ainda há umas entrelinhas na história.
Pergunto-me se ele era realmente um poeta, ou só um amante das flores, se foi o efeito da pomada ou ele já sabia que ela era uma Leanan, e se ele definitivamente teve sua vida sugada por ela todo esse tempo.
O doloroso na história talvez não seja só eles não terem se visto esse tempo todo, mas a condição que a Leanan Sídhe teve que cumprir durante isso. Fielmente seguindo seu script mitológico, amando de verdade alguém que não pode vê-la e ainda assim prejudicando sua vida aos poucos.
Mas como conclusão dos fatos ela não cumpriu seu papel completamente, apenas o amou de perto e ao mesmo tempo de longe como uma sombra. E mesmo que com um final triste, o próprio Joel conseguiu dizer suas palavras finais a respeito da história.
O que me entristece é a dependência de amor que ela criou agora tendo que espera-lo, mas entendo o fato de que depois de um bom tempo assim é difícil não só se apegar, mas também voltar a ser uma verdadeira Sídhe. Duvido muito que ela conseguisse simplesmente seguir em frente e achar outro humano.
No quesito de lágrimas esse não foi o episódio mais efetivo, porém não deixou de ser algo levemente emocionante. Ainda com pouco tempo em tela foi possível se afeiçoar com essa história, mas creio que se ela fosse contada de uma vez só teria sido ainda mais bonita de se ver.
No aspecto de divisão de enredo, Mahoutsukai consegue misturar bastantes acontecimentos sem relações entre si. Às vezes funciona, alongando o episódio, outra vezes só torna as coisas meio bagunçadas e sem muito propósito.
Esse foi um dos casos, começamos com uma raposa e terminamos com sangue. Ambos tratando a fragilidade da Chise e a quão azarenta ela consegue ser.
Falando nela, devo admitir que nesse episódio além de heroína, ela transmitiu um conhecimento genuíno sobre magia que começou a coloca-la em seu devido lugar como uma grande maga. Não menos importante, foi satisfatório ver a cena dela tentando significar a magia em poucas palavras.
Dentre as cenas mais bem elaboradas e animadas, essa foi puramente simples, mas passou uma tranquilidade e uma certa satisfação em ver o autor tentando nos aproximar do sentimento da magia e materializar mais ou menos como seria sua sensação.
Ainda assim, não devemos ignorar o fato de que a fragilidade de Chise é um enorme problema, porém que não parece ser levado a sério até certo ponto. As coisas começaram a ficar críticas no final do episódio. Algo imprevisível aconteceu novamente, como geralmente acontece.
Porém é sempre bom ter 1% de esperança que isso ainda será realmente sério na próxima semana. Já fiquei um pouco desconfiada com a magia da pomada ser exaustiva, mas chegar ao limite do corpo da Chise foi algo mais chocante que o normal.
No mais, ainda é válido destacar que provavelmente ao invés de tantos novos personagens, iremos rever alguns que tiveram uma rápida passagem no primeiro arco. Agora é Oberon, alguém que particularmente levanta meu interesse, então espero que ele continue sendo útil nessa história.
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E você, que nota daria ao episódio?
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