Koi wa Ameagari no You ni #03 – Impressões Semanais

Terceiro episódio finalmente assistido, e eu só posso dizer que as minhas impressões sobre essa anime estão ficando cada vez mais positivas.

A dúvida que tinha sobre a possibilidade do romance ser um pouco lento acabou sendo respondida, e de uma maneira muito divertida e cativante, mas, novamente, o que me deixou muito satisfeito com esse episódio, foi a maneira como os personagens são trabalhados, e em como a direção consegue se expressar de forma sutil, mas sem deixar de ser profunda.

A primeira parte do episódio é inteiramente dedicada a Tachibana e o seu drama pessoal. Aquilo que já tinha sido falado antes – sobre ela ter sofrido um acidente –, finalmente toma forma e temos um ideia de como as coisas aconteceram.

É interessante ver a relação dela com as antigas companheiras do clube, e a maneira como se sente desconfortável por se envolver nas atividades relacionadas a corrida.

Essa suposição já tinha sido transmitida antes, durante uma das conversas com a garota chamada Kyan, mas foi bom terem aprofundando um pouco mais, em especial, por terem gerado uma boa sensação de desconforto nela.

Os closes nos olhos, a insegurança na aproximação da amiga, e os flashbacks sobre o acidente, além dos momentos felizes que teve no clube, preenchem bem o espaço de tempo do anime, aproveitando o máximo para conduzir a uma cena incrível que expressa o atual estado emocional da Tachibana após a bagunça que o acidente causou na sua vida.

Em uma tradução literal, o título do anime poderia ser “O amor é como o final de uma chuva”. Talvez não soe tão legal quanto a ocidentalização oficial do nome, mas, ao menos para mim, esse é o exato sentimento que a direção tem conseguido passar.

Seja no primeiro episódio, com o sol se abrindo no final do encontro entre os dois, ou nesse terceiro, onde a Tachibana caminha embaixo de um temporal até encontrar o Gerente, tudo ali remete a um sentimento pesado.

A chuva carrega esse tom melancólico, e a maneira como contextualizaram isso na cena, fazendo parecer que, literalmente, estava tudo indo por água abaixo na vida dela, logo após “fugir” do seu passado, é incrível.

A forma como a Tachibana vai até ele, apenas para “gritar” seus sentimentos, deixa uma sensação complexa de solidão, ainda mais quando a chuva se intensifica, e o Gerente não consegue reagir.

Isso é apenas suposição minha (não li o mangá, só para constar), mas com esses três episódios, a ideia de que a Tachibana ainda está descobrindo os próprios sentimentos ficou ainda mais forte em mim.

A insegurança ao tentar falar com as amigas (que não parecem ser tão amigas assim, mas tudo bem), e a maneira como ela fica constantemente pensando sobre as coisas, me fazem interpretar os sentimentos dela dessa maneira, como se tivesse um “o que é isso que estou sentido” no fundo das suas atitudes.

O próprio Gerente, quando pergunta a ela o porquê de ser ele a pessoa quem ela gosta, acaba criando esse tipo de pensamento em mim.

Gostar, de fato, não precisa de um porquê, mas é onde entra o problema. Se não existe um motivo para ser ele, então, indiretamente, qualquer pessoa poderia tomar o lugar, e quando isso é ligado a diferença de idade, como o Gerente ressalta, se torna um pouco mais complexo.

Ele está se aproveitando da experiência para tirar vantagem? Ela está fazendo isso a troco de algo? Dá para dizer que é um relacionamento natural? O Gerente aponta alguns dos clássicos problemas que acabam surgindo em relações do tipo, e criando esse peso para o que existe ali na história.

Esse tipo de questionamento demonstra uma boa maturidade para obra, além de instigar querer saber o que pode resultar disso, e o melhor, é feito em um momento cômico, transformando a seriedade da cena em algo bem subliminar e simples.

A sugestão do encontro também segue os mesmo moldes, dando um passo na relação entre os dois, sem perder a sutileza ao fazer isso.

Como mais um ótimo episódio, Koi wa consegue dar mais uma passo em direção aos grandes nomes da temporada. Me deixa bem satisfeito perceber que, mesmo sendo um anime de romance, o que sustenta o enredo é o desenvolvimento dos personagens, por consequências, de suas relações também,  e não somente a crianção de um novo casal.

Espero que o próximo episódio consiga entregar uma experiência parecida, e caminhar um pouco mais com esse curioso romance.

[yasr_overall_rating size=”medium”]

 

E você, que nota daria aos episódios?

[yasr_visitor_votes size=”medium”]

Extra

Achei muito bacana a forma como exploram os pensamentos do Gerente através de alguns monólogos. Conseguiu passar uma maturidade boa, mesmo sendo avoado, como ele sempre demonstra.

Inclusive, essa forma que ele acaba se enxergando mais novo, implica que ele meio que deseja “voltar” no tempo, mas que, não necessariamente, seja a Tachibana a responsável por isso.