Citrus #05 – Impressões Semanais
E a cada semana Citrus vai gerando um enredo embolado e com nós sem fim. Mesmo que tenha acontecido bastante coisa nesse episódio é meio difícil dizer onde ele quer chegar com tanta informação.
A Himeko continua sendo uma personagem bastante chatinha, mesmo que tenhamos visto uma série de acontecimentos que a colocaram como vítima na história. Ainda é um porre ter que aturar a personalidade dela, ainda que seja por uma boa causa e pela preocupação com a Mei.
Por outro lado, Yuzu ainda consegue se manter a personagem mais consistente. Meio que um tanto exagerada, mas entre todos os apresentados, ela é a que se mantém mais complexa e bem construída.
Sim, sua paixão repentina ainda sugere um enredo jogado, mas a forma com que ela acaba lidando com o romance e com a própria Mei a tornam uma adolescente com dúvidas perfeitamente normal.
O que me incomoda ainda são os abusos frequentes, mas que se comparados aos episódios anteriores foram bastante minimizados. A Yuzu começou a respeitar o espaço da Mei, e a mesma explicou algumas coisas sobre a Himeko.
O “ultrapassar a linha” foi uma história muito mal contada. Uma tentativa bem fraca de forçar um triângulo amoroso, mesmo que eu não consiga enxergar Himeko dentro dele. Digamos que dentro de um triângulo, a própria construção da personagem a tornaria uma oponente muito fraca.
Isso foi completamente quebrado pela Mei em uma única frase e a normalidade voltou a história. Porém, não menos importante, temos que refutar que como a Yuzu e a Himeko tem uma característica em comum, isso as torna rivais, mas ao mesmo tempo amigas.
Pouco a pouco o iceberg da Mei vai sendo quebrado, mostrando que ainda com um papel de liderança, na verdade ela é a personagem mais fraca do anime. Isso a colocou no clássico papel da febre por excesso de esforço, mas transmitiu uma fraqueza em sua personalidade fechada.
Volto a dizer que por outro lado, o excesso de expressão da Yuzu não a torna fraca por estar apaixonada, porém ela sabe lidar melhor com os acontecimentos se comparar com o resto da obra.
Uma prova disso é a morte de seu pai. Foi algo que me surpreendeu bastante e alocou bem o desfecho final do episódio, por exemplo. Ela demonstrou uma força bastante impactante e de certa forma acertou em cheio a Mei e seu problema com o pai.
No final das contas, não imaginaria a Yuzu se abrindo com tanta facilidade e desistindo do papel de amante, para apenas cuidar da Mei como irmã. Essa foi uma boa perspectiva sobre o quão mutável ela é, mas que obviamente ela não irá conseguirá manter até o final. Minha dúvida é sobre como a ficha dela vai cair ao admitir que não dá para ser apenas a irmã da Mei.
O aparecimento do pai da Mei foi outra surpresa boa. Seu casamento com a mãe da Yuzu já era algo muito desleixado na história e suas poucas aparições também. Agora a Mei terá que enfrentar algo que mesmo sendo seu maior desejo, ela frequentemente acabava evitando.
Admito que idealizei um pai completamente diferente para ela, o que mais uma vez acabou quebrando uma ideia que tinha sobre a relação deles no anime. Inicialmente, ele realmente parece ser um cara legal, mas fica a dúvida.
Esse era o ponto mais delicado da história, o que é curioso pensar estar sendo resolvido logo no comecinho dela. Então, se resolvido poderemos ter uma visão diferente da Mei e outros possíveis problemas da relação dela com a Yuzu, porque querendo ou não essa é uma das partes que mais foram deixadas de lado nessa parte do enredo.
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E você, que nota daria ao episódio?
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