Tokyo Ghoul: Re #04 – Impressões Semanais

Dando início ao arco do leilão, o quarto episódio de Tokyo Ghoul tenta impressionar criando um pouco de tensão, mas como o esperado, isso acaba não sendo assim tão impressionante, mantendo apenas o ritmo que vinha sendo apresentando nos últimos episódios.

Onde continuar errando?

Uma das coisas que me incomoda um pouco nesses primeiros arcos da história de Tokyo Ghoul é a forma como a construção deles parece simples demais e repetitiva, o que fica ainda mais apático com o anime.

O começo do episódio já te joga em um evento bem avançado em relação ao terminou da semana passada, mostrando a captura da Mitsuki e contextualizando isso apenas com um flashback rápido. Não é exatamente a melhor forma de fazer a entrada de uma cena de crise, mas pelo menos ajuda a localizar o espectador sobre os eventos que aconteceram até ali, e não deixa aquele vazio de informação, como aconteceu no episódio três.

A partir disso, o anime começa a mostrar todo o show, com os ghouls se reunindo para avaliar os humanos pegos, e pagar valores baseados na raridade/sabor, assim como aconteceu lá nos primeiros episódios da série original, onde o Tsukiyama faz o mesmo com o Kaneki.

Eu não sei a ideia do autor era provocar alguma nostalgia, ou tentar trabalhar o passado do Haise referenciando os acontecimentos principais da sua vida. Porém, um meio-ghoul que não consegue esconder o olho, as pessoas de máscara e o “clima de tensão”, pela ausência de uma rota de fuga, são coisas que a gente já viu no mangá original, e que não chegam a impressionar por não serem novidades.

No caso do anime, isso fica ainda mais fraco, já que a adaptação está “daquele jeito”, e acaba pecando em intensificar o real perigo que deveria existir ali.

E as tretas começam.

Em cima disso, os membros do esquadrão que são mortos também não conseguem pesar tanto assim. É interessante deixar claro que os personagens envolvidos ali podem morrer, e que a missão realmente é perigosa, mas fazer isso colocando aqueles monólogos mentais, deixa tudo previsível e fraco, já que não tem como simpatizar com os personagens que você acabou de conhecer, e entender o que perderam ali.

No caso do novato, até que conseguiu funcionar, como ele pagando pela a arrogância e tudo mais, porém, como o membro mais experiente do esquadrão, isso não causa muito impacto, por mais que ele parece ter uma relação de inspiração com o Arima, um dos principais nomes da série.

No final, as mortes podem até soar interessantes, por trazer um clima mais sério para a missão, porém, não conseguem ser tão relevantes para a construção da história, já que, tirando aqueles relatórios de baixa, ninguém vai dar muita importância para quem morreu, e é capaz de semana que vem eu já ter me esquecido do rosto dos membros do esquadrão.

Acho que ele nem faz parte de algum dos OVAs que tiveram.

Deixando de lado esses pontos mais técnicos. Para um início de arco, deveria ser esperado que os confrontos fossem mais “tímidos”. Eu não daria esperanças de que vão ser épicos, mas, por enquanto, esse episódio se foca em construir os atritos que vão surgir, e distribuir as informações necessárias para isso.

O relacionamento da trap Juuzo com a Madam deve ter ficado claro pelo final, e deixado um pouco de curiosidade sobre os motivos dele conhecê-la, enquanto que os perrengues da Mitsuki estão ali para gerar um pouco de drama e tensão, como o Tsukiyama 2.0 e o outro maluco querer pegá-la.

A cena dela sendo atacada ficou… Ok. Gostei de como colocaram a câmera na parte de trás, mas, novamente, tudo parece faltar impacto, então o que poderia gerar um espanto maior em quem assiste, acaba sendo só uma cena surpresa, e um pouco mais brutal, porém, que ainda assim não consegue bater as da primeira season.

Morreu, mas passa bem.

Construindo o início de seu arco, Tokyo Ghoul: Re começa a dar os primeiros passos para tentar trabalhar a tensão de uma invasão do CCG a um grupo de ghouls. Agora é esperar para ver como vão trabalhar os conflitos que abriram, especialmente os do Juuzo, que acaba sendo o mais interessante do arco.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Muita trap nesse perigo.

Famosa luta da preguiça… Ou do quadro estático…

Akira, porque sim.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.