Tokyo Ghoul: Re #06 – Impressões Semanais

Trazendo um episódio um pouco mais movimentado, Tokyo Ghoul: Re começa os grandes confrontos que prometia, entregando até mesmo um fanservice curioso para criar os climas necessários durante as lutas, mas se isso funciona bem, aí já é outra história.

Logo de cara, o episódio começa te levando para o perturbado psicológico do Haise, e a sua tentativa em negar o seu antigo eu. Não chegou a me incomodar, mas o corte feito do episódio passado para esse pode ser um pouco estranho para alguns, principalmente por não contextualizar bem como uma troca de golpes terminou em uma surra unilateral do Takizawa.

Seja como for, após essa tentativa de expor o quão forte o antigo investigador se tornou, o anime foca nos outros confrontos, começando pelo da Nutcracker contra dois membros do esquadrão do Haise.

Eu não definiria isso como progresso, mas a luta pelo menos teve um pouco mais de movimentos, com algumas esquivas e piruetas (sim, eu estou sendo otimista aqui). O grande problema ali, acaba sendo o rush, já que soa um pouco rápido demais a derrota da Nutcracker, devido ao fato do episódio passado ela ter subido de rank, o que indiretamente indicaria que era um inimigo forte, o que acaba não acontecendo, e tudo terminando com o Shirazu percebendo o segredo do Kagune dela em poucos minutos.

O rápido flashback sobre o seu passado também acaba caindo dentro desse mesmo problema. Não dá para comprar empatia com apenas uma imagem estática e muda da época em que ela era criança, o que chega a ser um desperdício maior ainda porque aquilo deveria gerar um contraste com o Shirazu, já que ambos dividiam a relação com a pobreza, e reforçaria o ponto de que humanos e ghouls não são tão diferentes assim, como o autor tenta fazer desde a série original.

Depois disso, temos os problemas do Urie, que  acaba se salvando e entrando em surto por conta disso. Essa parte deveria mostrar um pouco mais do personagem, e as questões do seu passado, como o investigador que ele fica repetindo o nome, e a relação com o pai.

Porém, a cena acaba terminado um pouco seca demais, com um golpe surpresa na Mitsuki, ela finalmente liberando o kagune e “abraçando” o Urie como conforto, mas sem deixar a sensação de que algo realmente aconteceu ali.

Em seguida temos a luta com o Juuzo, que também não chega a ser nada demais, e mantém a qualidade geral do anime. O único ponto que me agradou foi a maneira como o esquadrão agiu para preservar a inocência dele, enquanto a Madam falava.

É algo simples, mas eu gosto de ver esse contraste, mostrando que ele foi de um membro problemático, para um líder que tem um esquadrão que respeita e o protege. Por outro lado, terem cortado um flashback simples da cena, acabou deixando ela mais rasa e sem emoção, o que não ajuda muito o drama do Juuzo funcionar.

Para encerrar, a parte final do episódio volta a focar na luta contra o Takizawa e os dilemas internos do Haise. A intervenção da Hiname surge para mostrar mais um pouco das mudanças e evoluções que alguns personagens sofreram, levando ela de uma garotinha indefesa, para um membro importante da Aogiri, como a Miza sugere na cena do telhado.

A luta entre os dois acaba funcionando mais pelo lado emocional, do que pela ação, onde, junto do monólogo EDGY do Haise, você acaba ficando interessado em como aquilo vai terminar, já que envolve uma personagem importante para o Ken e tudo mais, e se as memórias vão voltar, o que claro, não acontece.

Em cima disso, usarem a opening da primeira temporada no momento de reviravolta acaba sendo… Somente ok. Vou dar alguns pontos pela nostalgia, mas é bizarro como, mesmo a temporada passada tendo sido terrível, ainda conseguiu acertar nisso, enquanto que essa, por mais que tenha usado um esquema clássico para “pescar” o espectador, parece desinteressante e mal aproveitado (a animação e direção ruim não ajudam em nada também).

Mantendo o que vinha sendo apresentando até agora, Tokyo Ghoul: Re desenvolve um pouco mais da sua trama, finalizando alguns dos conflitos prometidos de forma rápida, e sem aproveitar boa parte do potencial que tinham. Agora é esperar para ver como fica a batalha final, e o que vão trazer para o metade final da temporada.

[yasr_overall_rating size=”medium”]

 

E você, que nota daria ao episódio?

[yasr_visitor_votes size=”medium]

Extra