Tokyo Ghoul: Re #07 – Impressões Semanais

Às vezes é complicado entender o que diabos se passa na cabeça da pessoa para ignorar um clímax interessante, e criar um lapso de tempo sem grandes eventos que impressionem,  e logo em seguida, colocar um slide show em forma de slice of life, em uma tentativa estranha de criar tensão sobre os dilemas existenciais do Haise, e achar que isso vai funcionar…

Não dá para entender…

Se não fosse pelo fato do anime estar sendo lançado semanalmente, esse, provavelmente, seria um daqueles casos em que, pelo início, você fica em dúvida se não pulou um episódio e perdeu algo.

Na semana passada tudo acabou em um cena “emblemática”, com o Takizawa e o Haise se atingindo, e que sugeria que poderia ter uma luta, ou ao menos um pouco mais de troca de golpes.

Porém, o anime ignora isso e joga uma cena da Hiname, que sim, é impressionante dentro dos contextos da história, já que ela está sendo presa por ninguém menos do que o Arima, mas que não é muito inteligente para fazer essa transição entre os dois episódios.

Você vai acabar ficando naquele loading mental de “não deveria estar rolando uma luta aqui?”, que a tensão da Hina acaba ficando em segundo plano, e isso só piora quando entra um compilado de imagens sendo narradas pela Akira, “fechando” todos os embates que estavam acontecendo no episódio passado.

A luta dos ternos brancos, a participação da Aogiri, o envolvimento do Torço, e até mesmo a dita luta contra o Takizawa são resumidas ali, sem indicar um verdadeiro desfecho, o que é completamente estranho, ainda mais pela segunda parte do episódio não justificar esses rush forçado.

Nem uma ilustração– quer dizer, animação da luta…

Dizer que aquele jantar é inútil seria exagero, já que é parte importante para construir um plano de fundo para as possíveis perdas do Haise, como a ligação que ele criou com o esquadrão, e o apoio que teve da Akira e o Arima, mas devido a qualidade 10/10 da adaptação, isso fica bem sem graça.

Boa parte dessa empatia que a história tenta gerar vem por conta das interações com os personagens, seja pela comédia, ou pelos momentos em que eles se abrem, como a cena do quarto do hospital. Mas, convenhamos, colocar os dubladores para interpretar os personagens com uma imagem estática não vai criar esse efeito.

O que por consequência, desaproveita o drama psicológico que o Haise vem passando, e deixando ainda maior aquele sentimento de que pouco importa.

É interessante ver essa instabilidade mental no personagem, ainda mais quando começa a envolver pessoas da temporada original, e criar aquele efeito de nostalgia, mas isso acaba não funcionando como deveria, já que os problemas técnicos pesam bastante quando se trata de emocionar o espectador.

Elaborar melhor essa transição dos eventos poderia, nem que fosse um pouco, levantar um sentimento mais complexo em quem assiste, mas parece que tentar se ajudar também está fora dos planos da adaptação, e tudo o que você pode fazer, é se esforçar em comprar aquilo como construção do enredo.

Ao menos teve mais Touka

No final, esse episódio acaba sendo bem estranho, resumindo muito dos confrontos, e não aproveitando essa “redução de tempo” de forma eficiente, o que para um episódio de transição, acaba sendo ainda mais pesado. Agora é esperar para ver se o drama com o Shirazu seja menos pior.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Gif de como não ajudar a colocar a mesa…

Como não cozinhar.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.