Tokyo Ghoul: Re #10 – Impressões Semanais

Mantendo o ritmo de adaptação do mangá, o décimo episódio de Tokyo Ghoul: Re traz o que daríamos para chamar de parte final do desenvolvimento dos personagens, onde ele acentua algumas relações, e deixa o gancho para o desenrolar dos dramas que a invasão aos Rose terá no próximo episódio.

Além de já começar a mostrar alguns personagens importantes para a história.

Esse episódio basicamente gira em torno de três pontos. O primeiro, é apontar os dilemas e peso que essa nova missão do CCG terá sobre os personagens envolvidos nela, tanto pelo lado dos ghouls, quanto dos investigadores.

O passado do Shirazu mostra bem como esse mecanismo funciona, explicando um pouco mais sobre o personagem e a sua relação com a irmã, além de dar um ponto final para a questão da insegurança que vinha carregando por conta de ter matado a Nutcracker.

A conversa do Tsukiyama com a empregada também segue uma linha parecida, ajudando a criar um ligação entre os envolvidos com a captura feita pelo investigador, e cimentando um terreno onde alguns dramas podem acontecer, como o peso que a vida dos funcionários têm, ou sobre como a sucessão a liderança da família coloca nas mãos do Tsukiyama a segurança de várias pessoas.

A necessidade da continuação…

A questão aqui, novamente, é o ritmo em que essas informações são passadas. Se por um lado o drama do Shirazu consegue manter uma certa consistência, e desenvolver as motivações do personagens, algumas coisas do lado do Tsukiyama deixam a desejar.

A cena da Yuna não é conduzida de forma que faça um peso ali. Ela estava em um momento conversando sobre seus medos, e no outro já estava sendo morta, o que nem mesmo é aproveitado nas cenas seguintes, já que o anime da início a retirada do Tsukiyama e os andamentos mais importantes para o arco.

Mesmo que possa ter sido essa a sequência de quadros no mangá, não acho que em uma adaptação seja a melhor maneira de conduzir esse drama. A direção, ou até mesmo o roteiro, poderiam ter orquestrado a transição para soar menos corrida, e gerado alguns resultados, além de “só matar um personagem porque ele tem que ser morto”.

Na verdade, em vista dos cortes que tem tido, essa cena poderia ser facilmente deixada de lado, já que a relação da empregada com o membro sequestrado tinha sido falada alguns episódios atrás, e a loucura do investigador foi bem apresentada da última vez.

Podiam jogar essa informação em um diálogo, ou criar um flashback curto em um momento chave para não perder completamente a relevância.

O segundo ponto do episódio, novamente, acaba sendo o Haise e sua crise de existência, que dessa vez, realmente chega a um situação de “explosão”, como ele questionando a própria Akira sobre quem é.

Essa dúvida tem aumentado, e agora, com a permissão de se infiltrar no mundo dos ghouls com o esquadrão, isso vai ficar ainda mais intensificado. Resta saber, se o anime vai conseguir explorar melhor o drama sobre isso, e criar um bom desfecho para a mudança.

Em uma primeira impressão baseada no que foi mostrado nesse episódio, eu diria que não foi tão ruim quanto imaginava, ainda mais levando em conta a qualidade geral da adaptação.

Não chegou a impressionar, mas conseguiu dar uma certa existência para o problema do Haise, com ele chorando e depois sendo abraçado pela Akira, além do diálogo com o Tsukiyama, onde ele consegue expor um pouco mais da dualidade que conviver com os humanos criou nos seus sentimentos.

#SadHaise

Por fim, o terceiro e último ponto, que não é o grande foco do episódio em si, mas que acaba sendo o gancho para a semana que vem, consiste em mostrar o Kanae sofrendo uma espécie de “lavagem cerebral” da Eto.

Falar muito sobre os acontecimentos aqui poderia acabar caindo em alguns spoilers, mas a participação da garota enfaixada deu uma boa vida para o episódio, criando várias perguntas em relação a sua existência, assim como, deixando um clima mais “pesado” sobre o psicológico do Kanae.

Agora é esperar pela semana que vem para ter algumas ideias dos efeitos que a tortura da Eto causou sobre ele, e se os esforços em fugir com o Tsukiyama vão ser o bastante para impedir os investigadores.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Quase creepy… Quase…

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.