Darling in the Franxx #24 – Impressões Finais

 

O review em vídeo acima é do Marco, enquanto o review escrito é uma análise do redator Marcelo.

Nota do editor: É interessante ler/ver os dois reviews, já que são perspectivas bem diferentes: o Marco se importava com o romance e casal central da obra (é bem fácil notar isso nos vídeos), o que naturalmente fazia ela ficar mais interessante de acompanhar. Já o Marcelo nunca ligou para o romance do casal central, e assistia pelos outros aspectos, o que com certeza deve matar mais da metade da graça e aproveitamento do anime (Juro não dar mais obras focadas em romance para o Marcelo fazer impressões XD).

Darling é sem dúvida para quem busca Romance com ação. Para quem deseja foco no mundo e personagens coadjuvantes, eu não indicaria, porque claramente foi algo secundário no enredo. De qualquer forma, é interessante ver a opinião de ambos Marco e Marcelo, que combinou em alguns pontos e ficou bem diferente em outros.

Review final do Marcelo:

Assistir Darling foi como acompanhar uma partida de ping-pong. De um lado temos o desenvolvimento do casal,  e do outro o enredo. A partida começa, e por mais que você entenda que não tem nada de especial no movimento da bola (roteiro), você ainda acompanha aquilo com atenção.

No entanto, mesmo que o ritmo da bola possa ser divertido, os problemas começam quando um dos lados tenta levantar a plateia, e o que deveria ser uma grande jogada, acaba resultando em uma bola na rede, deixando a sensação de que o movimento foi perdido.

Se apenas isso não bastasse, os jogadores passam a criar as próprias regras, ignorando o turno do outro e iniciando suas próprias jogadas da maneira que bem entendem.

No final, a sensação que fica após acompanhar a partida, é a de que o único objetivo daquele “jogo” era deixar a bola em movimento, custe o que custar, em nome de entreter as pessoas.

Como o esperado desde alguns episódios atrás, o final de Darling tem aquele gosto estranho. O clima do episódio consegue ser até bonitinho, mostrando as crianças repovoando a Terra, e aprendendo a lidar com os próprios problemas, depois que os adultos abandonaram o lugar, mas isso, claro, não significa que tudo virou um mar de flores.

Sim, eu já falei disso em basicamente todas as últimas cinco reviews, e não vou entrar em muitos detalhes sobre as conveniências que esse episódio também têm, até porque deveria ser algo esperado, já que não seria aqui que consertariam os furos.

Porém, mesmo querendo evitar ser repetitivo, é inevitável ter que falar das decisões que o enredo tomou a respeito de como prosseguir com os eventos da semana passada.

A boa e velha amizade.

Dizer que tudo se resume a esse único ponto seria exagero, até porque, o episódio tem vários mini desenvolvimentos relevantes para quem esperava o final, como por exemplo, o destino do Goro, ou a visão do futuro onde todos cresceram e encontraram seu próprio lugar no mundo.

Mas seja como for, que o que toma mais a atenção em tudo ali é o desenrolar dos eventos do Hiro com a Zero Two.

O casal já vinha destruindo Deus e o mundo com o poder do amor, e mais uma vez consegue mudar qualquer rumo da história usando frases românticas de efeito, e um pouco de “consideração” ao próximo.

Até aí eu não reclamaria muito, já que tem sido o padrão, mas a questão é que, dessa vez, juntou-se um grupo de pessoas para enviar forças para os dois, no melhor estilo shounen, com direito a um discursinho meia boca do Mitsuru sobre amor e tudo mais.

Se apenas isso já não pudesse trazer um demérito para originalidade da série, a maneira como levam a essa situação é completamente desconexa, usando a filha da Kokoro para “ouvir” o pedido de ajuda da Zero Two e criar toda aquela comoção em volta de uma estátua.

Eu juro que não queria,  mas…

Esse tipo de manobra do roteiro é tão anticlimático para mim, que eu apenas fiquei rindo. Na minha perspectiva, inutilizou o romance, o drama com o casal, e qualquer outra coisa que pudesse fazer valer a crise que os personagens estavam passando.

O beijo do Goro com a Ichigo? Meio jogado, sem grande impacto… O nascimento da filha da Kokoro? Visualmente bem feito e dirigido, mas sem credibilidade “para mim”… Naomi voltando dos mortos e querendo pagar de membro funcional do esquadrão para o shipp com a Ikuno funcionar?  Não preciso nem responder…

Estão repletas de situações no episódio como as de cima, onde houveram desenvolvimentos, mas eu pelo menos não consegue dar importância para eles.

Essa “liberdade” que o roteiro deu para os espectadores montarem a própria história torna possível creditar várias explicações para o que aconteceu na história, ao mesmo tempo é possível desacreditar nelas pelas mesmas razões.

A única coisa que eu pessoalmente salvo é a poetização com as almas e a reencarnação do casal, mas que ainda assim, me soa mais como uma tentativa de agradar os fãs.

Ok, eu vou elogiar a aparência do Hiro, que ficou maneira com os chifres

Darling demonstrou um grande potencial de início, mas ao meu ver foi perdendo força a medida em que seu roteiro avançava, mesmo que tivesse uns pontos altos aqui e ali.

As constantes ideias deixadas no ar, na tentativa de se criarem teorias, acabaram se mostrando uma faca de dois gumes no final. Como entretenimento o anime até funciona, mas é inegável que está repleto de problemas. A gravidade deles e o quanto vão incomodar ou não incomodar a pessoa, vai depender de cada um.

Nota do Marcelo:

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Nota final Marco: 8/10

E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Acho que a única que ficou legal depois de envelhecer.

Goro desenvolveu síndrome de Sasuke :v

Próximo passo é o super instinto.

É errado rir dela ter virado um enfeite de jardim?

Futoshi conseguiu uma família por pena, gente, tá tudo certo agora.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.