Origin – A obra desconhecida do autor de Dr. Stone que merece reconhecimento | Review
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Origin é um mangá escrito e desenhado por Boichi, mesmo autor e desenhista do mangá Sun-Ken Rock e desenhista do mangá Dr.Stone. Ainda está em lançamento e no momento conta com 70 capítulos em Pt-Br.
Sinopse: Em 2048 existem robôs entre nós. Alguns deles buscam supremacia e a aniquilação humana. Outros buscam apenas “viver apropriadamente entre nós”. No entanto, apenas uma das determinações prevalecerá. Qual delas?
Um dos maiores destaques de Origin é, sem dúvidas, a arte, que consegue passar uma grande intensidade, já que Origin se trata de um mangá classificado como Seinen (+18), e que precisa de grande impacto em algumas cenas. A arte de Origin não abusa do shock factor (uso de elementos para causar um grande impacto, como uma grande quantidade de sangue) tendo em vista que busca uma arte realista.
Outro grande destaque é o conhecimento que o autor tem sobre o assunto sobre o qual se trata sua obra, já que há sempre uma explicação lógica por trás de alguma ação que. A princípio, parece ser algo surreal, e, como se trata de uma obra que tem um tema um tanto quanto ficcional, é de grande importância que tenhamos explicações, e não apenas a ação ilógica, até porquê os robôs da obra são dotados de grande inteligência, algo que o autor consegue passar muito bem.
Encontramos nessa obra alguns clichês, como as garotas que terminam se apaixonando pelo protagonista, que por sua vez segue o raciocínio de não chamar atenção, algo bem comum em todos os tipos de obras, porém, essa perspectiva do protagonista em relação à atenção é bem explicada, já que ele é um robô que convive no meio humano, e isso vai contra os ideais humanos em relação aos robôs, criados apenas para um determinado propósito.
Os Robôs, na obra, acabam por desenvolver a capacidade de evolução na parte do raciocínio. Um dos objetivos do protagonista da obra é desenvolver algo que os humanos não conseguem reproduzir nas máquinas: os sentimentos. Tendo em vista que o protagonista foi o primeiro robô humanoide a ser criado, como é dito por ele próprio, seu dogma central foi definido pelas palavras do seu criador, o qual ele chama de pai, e, a partir das palavras dele, Origin (protagonista) acaba em situações sob as quais os sentimentos podem ser despertados, conforme diz a teoria exposta na obra.
Como um dos pontos a ser explorado da obra é o desenvolvimento de sentimentos, o desenvolvimento do protagonista é muito bem trabalhado e os sentimentos são desenvolvidos de acordo com o momento: a raiva é despertada diante a ira, por exemplo.
A obra acaba por deixar bem claro quem são os antagonistas, já que eles são os que querem derrotar o protagonista, porém, não nos deixa com a impressão de que eles são antagonistas apenas por serem, mostrando que eles têm um objetivo para fazer aquilo.
Origin consegue passar a sensação de que a qualquer momento um personagem pode morrer, o que é bem incomum no mar de obras genéricas que são lançadas atualmente, o que torna a obra boa de ser acompanhada, já que você pode sim ficar na expectativa de derrota do protagonista ou do lado do “bem”, e não apenas esperar que o protagonista dê a volta por cima.
Alguns personagens apresentados no começo da obra e que parecem que vão ter uma importância no decorrer acabam por ser deixados de lado, porém, alguns são de suma importância para o desenvolvimento do protagonista. A relação dos seres humanos com os robôs humanoides que têm raciocínio deixa em desejar, já que o único que foi mostrado interagindo com os humanos foi o protagonista e os outros foram mostrados apenas como vilões.
Outro ponto relevante é a maneira que o mundo é mostrado. Já que o mangá se passa em 2048, o mundo já é repleto de elementos tecnológicos, porém, o autor demonstra os dois lados da moeda. A tecnologia ajuda bastante os humanos, porém também os atrapalha, como os robôs roubando o serviço que antes eram dos humanos, deixando vários deles desempregados.
Concluindo, apesar de apresentar erros, como a parte da exclusão de personagens, Origin é um mangá com um grande potencial e que vem mostrando um bom desenvolvimento, ficando cada vez mais empolgante, com uma ótima arte e uma boa história e boas reviravoltas, o que ao menos na minha opinião a torna digna de ser acompanhada.