Irozuku Sekai no Ashita Kara #03 – Impressões Semanais

Continuando com seu clima leve, Irozuku trás um terceiro episódio um pouco mais movimentando, mostrando algumas pequenas mudanças no comportamento da Hitomi ao tentar aprender magia e se envolver com os novos colegas, além de criar uma linha sutil na relação dos personagens secundários para o que pode vir no futuro.

Um pouco mais de detalhes é sempre bom.

Uma das coisas que mais gostei nesse episódio foi ver algumas mudanças na Hitomi. Ainda são bem pequenas, e que talvez nem façam tanta diferença assim para a maioria das pessoas, mas para mim, quem sabe por ter criado com facilidade um certo interesse pela personagem, acaba sendo curioso de acompanhar.

Ela ter tomado iniciativa em aprender magia foi legal de ver, principalmente por aproveitarem para explicar alguma detalhes básicos sobre o uso.

Serem feitas na cozinha, em uma frigideira, meio que brinca com aquela imagem das bruxas cozinhando em caldeirões e dá uma cara divertida para ideia do uso da magia, que já vinha se mostrando algo bem casual no mundo do anime.

Porém, sendo justo, eu diria que as explicações seguintes, sobre os cinco poderes da natureza e o Fluxo, acabaram sendo meio vagas e não colaborando muito para aprimorar a experiência.

Quem sabe um apelo visual sobre o direcionamento desse Fluxo e coisa do tipo fosse mais interessante para exemplificar melhor tudo, do que apenas colocar o copo balançando depois de recitar algumas palavras.

Eu não espero que tenha uma longa explicação sobre magia, como aquelas encontradas em animes de colégio mágico, mas adicionar esses termos e conceito, e apenas esperar que as pessoas aceitem, meio que quebra aquele clima agradável que o anime tinha criado sobre essa naturalidade das coisas.

É um setup padrão, mas me deu uma sensação meio vaga apenas ouvir os termos e pronto.

De qualquer forma, e voltando para a questão das atitudes da Hitomi, além dessa iniciativa em criar interesse pela magia, foi legal vê-la se voluntariando para entrar no clube de fotografia/artes.

A Hitomi demonstrou ter interesse próprio em tentar entender essa ausência de cores na sua vida, o que é bacana, já que, pelo menos de inicio, ela não parece querer assumir aquele posto de personagem que fica no modo espectador esperando os outros a mudarem por osmose.

É uma quebra de expectativa simples, mas que funciona bem para ir afastando aos poucos essa imagem de “kuudere que precisa ser tocada pelos outros” que ela tem.

Tava esperando ela sucumbir a pressão, como o de costume…

Aproveitando a deixa sobre o mundo sem cores da Hitomi, esse episódio conseguiu desenvolver esse aspecto da sua vida de uma forma bem legal, mostrando situações onde isso acabou sendo um problema para ela.

A primeira parte, onde ela pintando um quadro, consegue apresentar bem as influências que isso causam no seu dia a dia, onde coisas simples, como reconhecer as cores de objetos, acaba sendo difíceis e a limitando.

Isso também é reforçado no final, onde ela confunde os frascos que precisava levar, já que não tinham um rotulo para ajudá-la a se guiar na hora das escolhas, o que levou aquele acidente na piscina.

Não deve ser nada fácil passar o tempo todo enxergando tudo em preto e branco, e isso conseguiu ser mostrado de uma forma que vai bem além de apenas perder imagens bonitas, como vinha acontecendo quando trocavam para a perspectiva dela.

São situações simples, que podem não ser exatamente dramáticas, mas que consegue expressar essa ideia de forma coerente, mostrando as angustias que a Hitomi passa no seu cotidiano, e que justificam ela querer mudar.

Uma situação delicada, quando você se coloca no lugar dela…

Para finalizar, e não deixar passar batido, esse episódio também serviu para acentuar algumas das relações entre os personagens.

O passeio pelo clube de fotografia/artes foi gosto de acompanhar, mantendo o clima mais leve e descompromissado da obra, enquanto desenvolvia um pouco mais de cada um dos membros.

Ainda é meio cedo para ter uma visão completa, mas dentro do possível, eu gostei de como eles se relacionam e criam suas interações.

Pela opening já dá para ter uma ideia de alguns possíveis casais ali dentro, então é questão de tempo para ver como isso vai se desdobrar e criar histórias paralelas, como a Kurumi e o Chigusa, que aparentemente deve forma algum tipo de relação mais para frente.

No entendo, o possível grande problema que dá para ficar meio preocupado depois disso, é a relação do Shou, Asagi e a Hitomi, onde devem criar aquela situação de triangulo amoroso, o que junto do já provável triangulo amoroso entre Hitomi, Aoi e Shou, pode deixar um situação maçante dentro da história.

Padrão do gênero, mas não chega a incomodar.

Trazendo outro episódio simples, Irozuku consegue elaborar um pouco mais dos problemas da Hitomi, e mostrar sua busca por uma solução para o mesmo.

A exploração dos personagens secundários também consegue ser satisfatória, e o surgimento da Koharu no final acaba servindo com um gancho interessante para semana que vem.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Hitomi no Jutsu.

Essa questão dela caminhar sobre a água é interessante porque aplica aquilo que a bisavó dela explicou no início do episódio, além mostra suas capacidades. Por mais que não tenha ficado muito claro como os poderes da natureza e o tal fluxo se relacionam ali, a magia está diretamente ligada a concentração, e quando a Hitomi se concentrou em andar pelas águas, acabou fazendo a magia funcionar por ela mesma, e ainda provocar outras situações com a neve.

Ela até que se saído bem.

Sou obrigado a concordar.

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.