Irozuku Sekai no Ashita Kara #10 a #11 – Impressões Semanais

E parece que as coisas estão finalmente começando a tomar um rumo mais interessante em Irozuku.

O grande destaque do décimo episódio fica por conta do passado da Hitomi, que trás um lado bem mais dramático do que eu imaginava que fosse ter.

O problema dela com a magia, naturalmente, deveria ter uma origem, mas confesso que não esperava que fossem usar algo mais pesado, como o abandono da mãe, até porque, o anime tinha uma cara mais leve desde o início, e o máximo que estava apostando, era em um situação onde ela se sentia inferior por ser diferente das demais pessoas.

O abandono, não importa como, não é justificável, mas sem muitas informações sobre a mãe dela, também não dá para vilanizá-la por completo.

A forma como a Hitomi pequena desenhava ela como uma Rainha, e o sentimento de culpa desenvolvido, dão a entender que ela não era um completo monstro, mas de qualquer forma, o que ela fez com a filha ainda é bem questionável, principalmente por não ser algo que não estava no controle da Hitomi.

Não é uma desculpa tão aleatória, mas também não justifica muito.

Já sobre o drama em si, eu diria que foi ok. Não é do tipo que te faça querer culpar os ninjas cortadores de cebola, mas consegue ter um certo peso mostrando a Hitomi pequena, em quarto escuro, desenhando a barreira que existe entre ela e a mãe, onde tudo tem um tom escuro que remete bastante a condição que ela vive.

Isso também vale para a cena final, onde ela conversa com o Yuito, não é uma cena impressionante, mas cumpre o papel, tanto em dar um pouco mais de relevância para a relação do casal, como para fazer com que a Hitomi desabafe sobre seus problemas.

Como um pouco de empatia, dá até para entender como deve ter sido complicado para ela carregar essa culpa durante a infância, e como isso teve efeitos na sua vida, justificando a aversão que ela criou pela magia.

Ou seja, para um episódio que começou com um ar mais relaxado, mostrando outra atividade divertida do clube, acabou entregando um desenvolvimento mais interessante sobre a protagonista, e construindo um pouco do seu passado.

As duas…

Em relação ao décimo primeiro episódios, também foi interessante de assistir, graças ao clima de tensão que a situação da Hitomi criou.

Terem adicionado esse lapso temporal faz com que a presença dela no passado tenha um peso, e a forma como isso acontece mantém um certo perigo na história, o que é interessante para quebrar um pouco desse ritmo mais lento que a obra tem.

Eu fiquei até um pouco curioso para saber como vão resolver esse problema, já que a ideia do Yuito ser o avô da Hitomi meio que morreu para mim (o cara de óculos tem mais chances, na minha opinião), e ao menos que o roteirista tenha uma noção bem estranha para romances, fica um certo mistério sobre como tudo vai acabar.

Se vão arrumar algum desculpa para manter a Hitomi no passado, ou levar o Yuito para o futuro (esse tem mais chances para mim), ou quem sabe, tenha um bad ending com ambos ficando nas suas respectivas épocas, e terminado por isso mesmo.

Vamos ver como vão terminar com isso.

O meu maior medo, no entanto, é que existe muita coisa para ser resolvida em dois episódios, e pode acabar ficando um festival de coisas acontecendo sem grandes aproveitamentos.

Nenhum dos casais secundários teve lá seu desenvolvimento, principalmente a Asagi e o Sho, que foram os que mais tiverem destaque, assim como ainda é meio nebuloso como o problema das cores vai ser resolvido, então dá para esperar que tenham muitas explicações nas próximas semanas.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Um final um tanto quanto… Interessante.

A velha jogada da opening/ending nos momentos dramáticos sempre funciona comigo, ainda mais quando essa ending em questão é da Yanagi Nagi, então esse reencontro entre os dois foi legal.

Acho bem legal a forma como a magia é usada, como no caso dessa imersão na fotografia, pena que parece não ter mais clima para continuar com a ideia.

Bem…

A consciência dela sobre a situação até que é interessante, mas, sinceramente, todo o resto foi tão clichê que dá até pena… A crise entre as duas não durou quase nada, a resolução veio de uma conversinha padrão sobre amizade, e esse conformismo da Asagi é apenas um jeito preguiçoso de dar desfecho para o romance dela, e não deixar algo completamente aberto, caso não de tempo de terminar isso.

Realmente… Ela evolui bastante com a magia… Devem estar tentando evitar parecer muito exagerado ela voltar para o passado sozinha :v

Não dá para saber ao certo como era a mãe dela, mas… De toda ruim, talvez não fosse.

Dá sempre para contar com o furacão-kun para trazer itens raros no exato momento em que alguém está preste a ser engolido pelo intervalo de tempo.

Curioso isso…

Logo a filha da Kuhako não ter magia, acaba sendo algo inusitado. Será que pode ter a ver com alguma coisa que ela fez para HItomi, tipo gastar magia demais, e com isso uma geração foi perdida? Não sei se faria sentido, mas daria um desfecho bem agridoce para história.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.