Sword Art Online 3 Alicization – Estaca Zero| Impressões Semanais

E este episódio de SAO praticamente encerra a primeira parte da jornada do herói em Underwold, designando uma missão e dando fim aos backgrounds iniciais dos personagens e do mundo. Então estou bastante crente que depois destes treze episódios, relativamente bem calmos, que o clímax vai começar a ser construído de fato.

Principalmente porque a missão do Kirito, atribuída pela Cardinal, não é uma tarefa louvável, basicamente ela se resume a matar uma pessoa, já que acredito que não haverá outro modo de deter a Quinella por ela ser uma nobre ambiciosa e ardilosa que não vai querer descer de seu pedestal de Deus.

O fato é que, todo o ser humano é tentado pelo poder, e quando está em posse dele há dois caminhos a serem seguidos: o de arcar com a responsabilidades de ter este poder  e o peso de manter este poder.

E pessoas como Quinella levam esta segunda tarefa ao nível de a qualquer custo, sem ligar para outros indivíduos e a quem possa matar ou machucar. Como observado nestes dois episódios, temos um Deus tirânico que não tolera que outras pessoas cheguem ao seu nível, e não quer que sua autoridade seja contestada.

Sendo que para isto, tira basicamente o livre arbítrio de seus “semelhantes” e trata as outras IA’s como meros objetos a seu bel prazer ao alterar suas memórias e basicamente não ligar em manipular a “alma” delas.

Essa mulher é um demônio mesmo ashuahsuahsuahusa

Contudo, o que dizer de Cardinal?  Como ela mesmo disse: “ela apenas opera o processo de corrigir erros”, em suma, ela não está confrontando Quinella porque é uma personagem heroica e luta pelo o que é certo.

Ela basicamente é outro aspecto deste Deus tirânico, como bem dito, e não tolerando os erros e as anomalias sistêmicas (mesmo ganhando aspectos humanos pelo ritual feito pela Administrador), ela apenas optará pela opção que cumpra a missão para o qual ela foi criada.

E para corrigir os erros, e não tolerando as intenções do Rath de produzir apenas uma simulação que leve as IA’s a se matarem,  segue pelo caminho e decisão mais controversa de retornar a estaca zero: Reinicializar o sistema e apagar todos os Fluchlight.

É como se ela dissesse a humanidade “deu errado e não quero mais servir a estes deuses tirânicos que nos tratam apenas como objeto, mas vou tratar toda uma população de seres humanos artificiais como simples objetos e exterminar suas existências para isto”.

Entendem como esta decisão também quebra com o livre arbítrio? Basicamente, para não ver um evento pré-programado acontecendo ela não dá a opção das IA’s de poderem combatê-lo e seguirem por outro caminho.

Por mais que ela torça para Kirito encontrar um terceiro caminho, a frase dita por ela me faz crer que no fundo ela sabe que desencadeará o evento, ou apagará as outras IA’s, ao dizer que ele futuramente terá que lidar com o fato de não conseguir realizar o que intenta.

Não sinto que este aviso seja uma coisa boa :/

Ou seja, talvez seja um prelúdio de que esta jornada não vai terminar tão bem para nosso espadachim otimista, com relativas perdas ou com a estaca zero planejada pela Cardinal.

Então o que vemos é literalmente duas fases de uma mesma moeda: dois seres onipotentes com poderes extensos fazendo apenas o que objetivam fazer. Sinceramente, além de mostrar uma preocupação sincera pelas outras IAs’s do mundo, não vejo diferenças nas duas personagens.

Talvez a única coisa que realmente lhes dão uma sutil diferença, é que após deixar seu manto de apenas um observador e ganhar um avatar e aspectos humanos, o sistema tenha sofrido realmente uma humanização, ao contrario de Quinella que aparentemente sofreu um processo contrario, apesar de ainda guardar aspectos humanos.

Em suma, saindo de sua imparcialidade, e como apenas um mantenedor dos alicerces e estruturas daquele mundo, é interessante perceber que o sistema praticamente sofre com algo inerente a seres sencientes e que se relacionam com os conflitos do mundo: a solidão.

Basicamente, com a consciência humana pré adquirida, o que a bibliotecária sentia em seus 200 anos de confinamento é a falta de relacionamento humano, ou seja, a falta de um companheiro que compartilhasse com este deus; os seus fardos.

Portanto, por mais que ela tivesse a Charlotte (aranha) ao seu lado, e este ser tivesse consciência e inteligência parecida com a humana, afinal ela aconselhou e acalentou o Kirito,  ela queria o apoio de um “semelhante”.

200 anos de solidão deve ser tenso T.T

Outro aspecto interessante é que aparentemente a Catedral tem 100 andares, o que claramente foi uma ironia proposital de Kawahara pra referenciar o arco de Aircrand (e pela cara do Kirito, ele detestou).

Mas também me leva a crer que o autor é pouco criativo, em suma, ele esta se reaproveitando de detalhes de um projeto anterior , basicamente, é novamente a mesma mecânica da primeira temporada de SAO e claramente eles não vão subir e lutar todos os 100 andares.

O que eu gostei (desde o episódio passado, pra ser sincera) é que as armas deles também são objetos sagrados e carregam memórias mesmo não sendo Fluchtlight, e por causa disso também  possuem algum tipo de ultimates, ou poderes especiais, vindo das memórias e aspectos dos objetos que as originou.

Isto me lembrou mesas de RPG, já que objetos com estas características e peculiaridade são bastante comuns nas campanhas e aventuras narradas. Contudo, acho bastante conveniente os personagens possuírem armamentos assim.

Em suma, para mim , eles quase ganharam elas de mão beijada. Eugeo na caverna onde Bercouli enfrentou o Dragão (provavelmente perdida pelo cavaleiro, já que obviamente as historias dão evidencias que ela era uma arma dele) e Kirito por derrubar uma árvore demoníaca.

Contudo, é perceptível que os elementos que geraram as armas eram especiais, mas a historia não toca tanto nesses objetos, o que eu lamento bastante, já que eu queria saber mais sobre eles e o que os torna tão diferentes com mais detalhes.

Concluindo, o episódio foi de certo modo satisfatório e apesar de ser aquele básico episódio de background e mais informativo, ele é dinâmico e não apenas uma porrada de texto , se utilizando de flachbacks e imagens ilustrativas animadas.

O que aprovo bastante, já que é um porre você observar apenas imagens estáticas ou um bando de diálogos com nada em movimento na tela e que prenda sua atenção, além de gerar o gancho para provavelmente a luta contida na opening.

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E você, que nota daria ao episódio?

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#Extras

Caros diretores, eu quero POV dessa Aranha pra ontem ok?

Né que a guria luta bem XD – Mas o bastão seria cortado não, ele é de metal?

Só acho que esta pessoinha vai dá trabalho.

 

Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.