Yakusoku no Neverland #03 – Impressões Semanais

Continuando nos mesmos moldes da semana passada, Yakusoku no Neverland mostra um pouco dos efeitos que a nova babá trouxe para os planos de fuga das crianças, assim como acrescenta novas informações para aumentar o nível de tensão dentro do orfanato.

Nem tudo talvez seja elogiável no episódio, mas de maneira geral, o anime ainda consegue manter um bom entretenimento, e fechar a semana com um ótimo clima de pressão psicológica nos personagens.

Só observando…

Já que os problemas do episódio são menores, na minha opinião, vamos começar por eles para já passar por essas formalidades logo.

Assim como na semana passada, alguns cenas não conseguiram impactar tanto quando se esperaria depois de ver o nível de qualidade que a direção poderia alcançar, lá naquele primeiro episódio.

Não são erros monstruosos ou que prejudiquem a experiência, mas, situações como a aproximação repentina da Sister Krone poderiam ser melhoradas com efeitos sonoros, ou closes que causassem mais impacto, já que ela está ali na posição de novo problema, então reforçar o peso da existência dela seria bacana.

Semana passada a Mama fez uma entrada muito boa, podia ter repetido aqui.

Seja como for, isso acaba sendo uma aspecto mais crítico que nem chegou a me incomodar muito.

O que realmente me incomodou foi uma cena bem em especifico durante o pega-pega com a Sister Krone.

As coisas estavam indo muito bem até ali. A Emma tinha sido colocada contra a parede, a Krone estava entregando informações importantes por conta dos seus interesses pessoais, e o próprio pega-pega em si estava sendo interessante, mas depois disso tem um corte bizarro que me fez ficar incomodado.

Não sei se é paranoia minha, mas me causou um estranhamento grande ver aquela mudança repentina de cenários, onde, a segundos atrás, a Krone estava com quase total domínio sobre o jogo, e então foi colocada sobre pressão, reconhecendo o potencial das crianças e perdendo o jogo.

Estava tudo indo tão bem, então…

Acho que faltou um pouco de controle na distribuição das informações e no tempo do pega-pega para fazer essa transição e não criar uma situação inesperada demais.

Se tivesse seguindo um pouco da perspectiva do Ray e do Norman, ou terem efeito a krone sentir essa diferença de habilidade durante o pega-pega, talvez tivesse ficado melhor e não me feito ficar com a sensação de que correram com o final da brincadeira.

… Deu ruim no final.

Problemas comentados, vamos a parte positiva do episódio, que basicamente envolve a adição da Sister Krone.

Não só pela personalidade estranha (a cena dela conversando com o bebê de mentira foi bizarra), a inclusão da nova babá ao elenco faz com que a história crie dimensões bem mais intrigantes.

Ela se tornou mais um par de olhos em cima das crianças, o que cria uma dificuldade maior para a fuga, assim como para os próprios planejamentos, já que ela está ali para vigiar.

Mas, além disso, é interessante ver que ela tem seus próprios interessantes dentro da história, e que pode agir tanto como uma inimiga, quanto como uma aliada para as crianças, dependendo do que melhor for a beneficiar.

Isso também cria um válvula de escapa para a complexidade que a fuga de meras crianças poderia significar, já que, tendo uma pessoa de dentro da organização para “colaborar”, acaba sendo mais prático executar os planos, ou tirar vantagens dessa situação.

Bora brincar, crianço.

Outra coisa que continua bacana no anime é o clima de investigação por parte dos três protagonistas.

As descobertas que eles vem fazendo conseguem manter um bom interesse na história, e algumas situações mais extremas, como a sutil sugestão Ray em matar as duas babás, fazem com que o enredo ali comece a ficar bem mais complexo e perigoso.

A decisão de criar um pega-pega para treinar as crianças menores e mais fracas foi muito bem bolada, já que servem para vários aspectos necessários para fuga, como percepção, estratégia e força física, além de dar uma movimenta maior no episódio.

Mesmo com o problema que falei lá em cima, a disputa contra Krone também foi muito legal de acompanhar, trazendo um tensão e competitividade por conta da possibilidade de ter uma noção de quão capaz as crianças são de lidar com os adultos.

Outras informações menores também apareceram, como o grupo de alienígenas, ou sei lá o que, conversando em nome de um aparente Deus, além de um pouco mais de detalhes da Isabella, como o fato dela ser uma espécie de prodígio na criação das crianças, e as formas que ela tem de contatar o mundo fora do orfanato.

Esperando por mais detalhes.

Para completar, o anime encerra com um gancho muito bom em cima do psicológico da Emma, logo após a suposição de que uma das crianças do orfanato está vazando informação.

Realmente dá para sentir como a Emma ficou aterrorizada com aquele novo problema, já que as crianças são o seu maior objetivo em querer sair dali, e a sensação de desespero que o ambiente cheio delas criou ao inserir a dúvida de quem pode ser o informante, acaba sendo ótima.

Desespero.

Yakusoku no Neverland continua sendo um bom anime. A história está ficando cada vez mais intrigante, e os eventos do episódio consegue te prender a atenção durante os vinte minutos de exibição.

Vamos ver como vai ficar na semana que vem, e esse toda essa pressão psicológica na Emma vai ter alguma efeito maior.

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E você, que nota daria ao anime?

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Extra

Doidinha
interessante… Só faz a curiosidade para saber o que tem lá fora ficar maior
O foco fica em cima dos três principais, mas tem que lembrar que as crianças mais velhas lá também deve ser bem inteligentes.
Hum..

Com base nisso, dá para supor que as duas vieram de um fazendo onde também eram crianças que gabaritavam os testes, ou seja, deve ter algum tipo de seleção ou algo do tipo para transformar as crianças em futuras babás.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.