Tate no Yuusha #06 |Impressões Semanais
O vídeo é review do Marco do episódio. O texto é review da redatora Sirlene.
Depois de uma série de episódios dramáticos, emotivos e divertidos, com um plus do protagonista ganhar um choccobo que se transforma em uma loli, imaginava que chegaria a famosa calmaria.
Este episódio de Tate particularmente não teve nada de impressionante ou marcante, foi exatamente uma pausa antes de engatarem o próximo ato. Para pessoas que gostam das coisas em constante movimento, pelo menos em fantasia, acaba sendo um episódio um tanto monótono por não acontecer realmente nada que gere tensão, ação, etc.
E note que, o protagonista viajar e comercializar, não representa uma real movimentação no roteiro, o movimento dentro da história é gerado por sequências de eventos que levam a acontecimentos mais densos, emotivos , desencadeando outras ações, ou geram algum desenvolvimento nos personagens.
O que foi apresentado é uma rotina que ele desenvolve para obter sua autossuficiência, e o episódio serviu para praticamente expor os avanços que o protagonista faz para conseguir dinheiro, já que o rei lhe paga uma miséria propositalmente.
Basicamente, desde o episódio passado ele virou um caixeiro viajante, o que é legal porque isto proporciona que o herói aprofunde seus contatos com a população e, consequentemente, vá agregando mais conhecimento da realidade e geografia do reino.
Além de acabar lembrando um pouco das mecânicas do próprio RPG em sua raiz, já que os aventureiros são forçados a sair perambulando e se virar para conseguirem sobreviver, e o comercio é uma das formas mais clássicas e praticas de se consegui o pão nosso de cada dia.
Além de ressalta a melhora no comportamento dele em relação a outras pessoas. Depois do que aconteceu com a lança, praticamente ele não esta mais tão rancoroso e receoso em estabelecer relações, ou confiar em alguém, mas apenas se tornou mais precavido e sério.
Como se pode observar, o escudo esta estabelecendo um comportamento comercial, ele ajuda as pessoas em troca de benefícios que elas podem lhe oferecer de acordo com a situação financeira delas, em suma, ele faz o bem olhando a quem.
Não extorque as pessoas, mas também não faz as coisas sem proveito próprio, até porque a vida no qual o Naofumi se encontra atualmente não permite filantropia.
Sendo algo bem mais realístico do que o altruísmo desmedido, porque, normalmente, as relações humanas se dão em busca de trocas que sejam vantajosas para os lados envolvidos.
E vou ser sincera, o evento com os salteadores foi engraçado, o comerciante fala que ele estava sendo um verdadeiro mercante, mas praticamente é o que Raphtalia disse: Naofumi sendo um herói estava roubando de ladrões.
O que demonstra novamente o caráter dual do personagem, já que adquiriu mercadorias roubadas e não estava nem um pouco incomodado em lucrar com elas. Ele fica oscilando entre ser moral e imoral quando lhe convém.
Como um completo personagem neutro, que basicamente defini todas as suas ações mediante as situações. Se puder ele vai usar veneno, se puder ele vai matar, se puder ele vai mentir, etc. Mas este tipo de personagem, apesar de ser mais divertido de se trabalhar por se poder fazer estas oscilações, é mais complexo, porque ele é muito instável.
Mas além de ressaltar novamente esta personalidade “distorcida”, o evento também serviu para o Naofumi estabelecer suas linhas de contato, já que ao se introduzir a rede dos mercadores, provavelmente ele vai ter mais acesso a informação privilegiada e úteis.
Além disso, é legal notar que ele esta praticamente agregando novas habilidades para si, estudando magia e herbologia ou aprendendo ofícios novos, como a lapidação e confecção de joias.
E, sinceramente, o que eu não gostei muito neste episódio foi as disputas bobas entre Filo e Raphtalia. Realmente não curto este tipo de construção dentro da história, porque considero algo fútil e desnecessário que infantiliza demais os personagens.
Para muitas pessoas acaba sendo algo engraçado e até fofo, mas particularmente para mim este tipo de humor raramente desce, até mesmo em comédias românticas e, dependendo da construção da cena, acho exagerado.
Que não é o caso do anime de Tate, já que as situações são bem levinhas e sem aquela famosas discussões acaloradas entre as partes, mas para mim não faria falta alguma. Sendo que o que eu gostei mesmo foi a parte da caverna com cristais mágicos.
Não por causa da ação contra o nue, mas por assinalar que o Naofumi, mesmo tendo superado o seu trauma inicial, ainda tem muito receio em ser traído, principalmente pela Raphtália, por quem criou um vinculo bem forte que pode ser demonstrado por este medo e os cuidados que ele dá para ela.
Em suma, a escrava se tornou a pessoa que ele mais preza e que se o traísse desencadearia uma queda em um poço que eu acho que este dificilmente voltaria. Seria até interessante se por algum motivo ela realmente o traísse, mas acho que a autora não fará isto.
Sendo engraçado o fato que o herói acaba tratando e vendo a guaxinim como filha, que ele esboça verbalmente para Filo, mas claramente ela não gosta disso porque quer que este a enxergue como companheira e mulher. É um tanto clichê, mas faz sentido porque o Naofumi literalmente a criou, então não consegue ver e conceber outra coisa.
Apesar de que esta parte foi modificada, já que no original e no mangá a demi-humana não acompanha eles, tanto que o Naofumi lamenta que Raphtália não pode ver a caverna de cristais. E no original é deixado mais claro esta visão paternal do protagonista também.
E para mim foi um episódio razoável, não foi ruim e serviu para mostrar algumas coisas em relação ao cotidiano do herói, mas foi meio monótono porque eu confesso que gostaria de algo bem mais movimentado e divertido do que apena uma viagem em busca da roupa da Filo.
Nota do autor: 3/5
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